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Nº 1841 - Ano 40
21.10.2013

Mostra e mobiliza

UFMG Conhecimento e Cultura, que acontece esta semana, expõe mais de 2 mil trabalhos e oferece atividades cada vez mais variadas

Bárbara Pansardi

Há 22 edições, o UFMG Conhecimento e Cultura atua como vitrine da produção acadêmica, em que bolsistas de ­graduação, extensão e iniciação científica expõem seus trabalhos. O evento, que começou reunindo aproximadamente cem expositores no saguão da Reitoria, hoje congrega 2.090 trabalhos de iniciação científica, 272 de graduação, 672 de extensão, 87 do Programa de Iniciação Científica Júnior, 17 de servidores técnico-administrativos e 46 de pós-graduação, que concorrem ao Prêmio UFMG de Teses.

Antônia Vitória Soares Aranha, pró-reitora de Graduação e presidente da comissão organizadora do evento este ano, lembra que o objetivo é mostrar o que a Universidade vem fazendo em três áreas – ensino, pesquisa e extensão – com relação a seus bolsistas. Além disso, do ponto de vista da pesquisa, é uma determinação do Ministério de Ciência e Tecnologia. “Vêm profissionais de fora da UFMG para avaliar nosso programa de bolsas. Então, a importância do evento é muito grande, tanto porque ele revela o que tem sido feito e mobiliza nossos bolsistas, quanto porque é uma forma de prestar contas para o próprio Ministério”, afirma a pró-reitora.

Atualmente, o UFMG Conhecimento e Cultura se configura como o maior evento acadêmico da instituição. Desde seu surgimento, em 1992, cresceu muito, incorporou novas mostras e sofreu mudanças na sua estrutura e denominação – inicialmente, tratava-se apenas da Semana de Iniciação Científica. “A evolução é muito positiva, mostra o crescimento do número de bolsas e do investimento que a Universidade vem fazendo. E a cada ano ainda surgem atividades diferenciadas”, comenta Antônia Vitória.

Acadêmico, esportivo e cultural

Saúde, esporte e qualidade de vida é o tema deste ano que precede a Copa, e o futebol permeia as atividades da semana. Na abertura do evento, que acontece na segunda-feira, 21, no auditório da Reitoria, Neylor Pace Lasmar, ex-médico da seleção brasileira, profere palestra sobre a influência do esporte na saúde. Na terça, 22, é a vez de Eduardo Pimenta Guimarães, fisiologista da equipe profissional de futebol do Cruzeiro, falar sobre técnicas modernas para controle de carga de treinamento de atletas de alto rendimento.

Na Praça de Serviços, durante o horário de almoço, a Blitz da Saúde atende o público de segunda a sexta, oferecendo aferição de pressão arterial, cálculo de índice de massa corpórea e aplicação de questionário sobre o perfil de risco de doenças cardiovasculares.

Caminhada, dança do ventre, ginástica laboral, alongamento, dança de salão com percussão e aula coletiva de ritmos estão entre as alternativas para movimentar o corpo, enquanto a programação também garante entretenimento ao som de música. Entre terça e quinta-feira apresentam-se a orquestra de flautas Flutuar, a banda de música experimental Derivasons, que conjuga elementos cênicos e lúdicos ao show, e o grupo Cataventoré, que entoa referências da cultura popular mineira e nordestina a partir de instrumentos artesanais.

“A apresentação dos trabalhos é fundamental, mas o UFMG Conhecimento e Cultura não se resume a isso. As pessoas aprendem e interagem muito com as outras atividades que ocorrem ao longo da semana; não se aprende só em sala de aula”, afirma a pró-reitora de Graduação, que convoca a comunidade acadêmica a participar da programação. Confira as atrações no site www.ufmg.br/conhecimentoecultura/.

Muitos atores

O UFMG Conhecimento e Cultura envolve a participação direta das unidades acadêmicas. Além da Escola de Educação Física, que realiza atividades interativas de promoção de saúde (Blitz da Saúde), a Faculdade de Educação promove o Fórum das Licenciaturas, espaço de reflexão e debates. O Instituto de Ciências Biológicas (ICB), por sua vez, solicitou a reserva de um dia para a realização de atividades específicas: o Dia do ICB (quarta, 23 de outubro) vai abordar o impacto das políticas de inclusão nas universidades federais e a forma como elas repercutem para a mobilidade social e o desenvolvimento do país.

De acordo com o diretor Tomaz Aroldo da Mota Santos, o ­objetivo é refletir sobre o papel social do Instituto como membro da Universidade”. Ele ressalta a importância do trabalho em torno da consciência dos problemas e desafios sociais e nacionais, e da contribuição que as unidades podem dar. “Achamos conveniente que o ICB (e isso talvez possa ser estendido a todas as unidades) disponha de um período durante a semana para desenvolver questões de seu interesse. Seria saudável que os grandes eventos da UFMG tivessem sempre espaço para acolher iniciativas das unidades, de modo que as atividades fossem complementares”, defende Tomaz Mota Santos.

A participação das unidades, nas suas diversas formas, é uma marca da Semana do Conhecimento. “Quanto mais atores e parceiros pudermos envolver, mais ela vai se enriquecendo”, observa a pró-reitora, sugerindo envolvimento maior das unidades para além da participação dos docentes na seleção dos melhores trabalhos de cada área. “A universidade, afinal, é muito plural. E essa pluralidade deve ser expressa na Semana do Conhecimento”, defende.