Fotografia em expansão

Exposição na Belas Artes reflete espalhamento e presença dessa linguagem na sociedade contemporânea

Hugo Rafael

O avanço tecnológico tem proporcionado, de forma constante, múltiplas possibilidades de produção artística. Essa realidade pode ser observada no campo da fotografia. Na avaliação de Adolfo Cifuentes, professor do Departamento de Teatro, Fotografia e Cinema da Escola de Belas Artes (EBA), esse cenário, caracterizado pelo espalhamento da atividade fotográfica na sociedade contemporânea da informação, reforça uma presença cada vez mais forte da imagem.

Como reflexo desse fenômeno, a Mostra de Fotografia EBA 2014 reúne trabalhos desenvolvidos por estudantes da Escola de Belas Artes e do curso de Comunicação Social da Fafich. Nas obras, expostas no Espaço f da EBA, campus Pampulha, algumas dessas articulações de composição fotográfica poderão ser vistas até o dia 25 de setembro.

Um dos curadores da exposição, Adolfo Cifuentes acredita que a fotografia é um campo com infinitas possibilidades e em constante expansão. “Os espaços sociais, políticos, econômicos e simbólicos ao redor dos quais se articulam a produção e a circulação da imagem fotográfica abrangem amplo leque de práticas, usos e abusos.” Na opinião do professor, os trabalhos expostos são prova dessa constante presença do fazer fotográfico. “Esse espalhamento também fica evidente nas estratégias de criação usadas pelas diferentes propostas apresentadas nesta mostra”, avalia.

Entre os trabalhos, conta Cifuentes, estão obras que vão da performance à atitude documental, do quase-cinema à quase-pintura, da poesia do instante à viagem pelo país exótico, do desenho à montagem construtiva, do objeto colorido à mão aos diálogos entre fotografia química e digital. “Esses trabalhos dão conta desse universo rico e disperso que se esconde por trás da aparente unidade revelada na denominação genérica de fotografia”, explica.

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