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Nº 1906 - Ano 41
01.06.2015
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Itamar Rigueira Jr.
O Fórum UFMG de Cultura, instância de consulta à comunidade acadêmica destinada a subsidiar a formulação de uma política cultural para a Universidade, chega, neste mês de junho, à fase de audiências públicas. A comunidade está sendo convidada para três encontros, nos dias 9, 10 e 11, na Praça de Serviços do campus Pampulha e na arena da Faculdade de Medicina.
O objetivo do Fórum – que começou a coletar sugestões no ano passado por meio de formulário online – é reunir elementos para definição de princípios, diretrizes, processos, instâncias e mecanismos de uma política cultural. “Estamos buscando a construção coletiva de uma nova forma de lidar com a cultura, no longo prazo”, afirma o professor Fernando Mencarelli, diretor adjunto de Ação Cultural da UFMG.
O professor lembra que a universidade, cuja missão principal está associada à educação, tem o papel também fundamental de constituir lugar privilegiado de compreensão, debate e ampliação de visibilidade das manifestações culturais. “Educação e cultura são indissociáveis, e a UFMG tem feito movimento para promover a diversidade no campo da cultura, valorizando concepções ainda minoritárias, como as dos grupos indígenas e das periferias de grandes cidades, que são muito potentes”, continua Mencarelli, que é professor da Escola de Belas Artes.
O Fórum UFMG de Cultura tem como uma de suas perspectivas centrais a convicção de que cultura é direito básico do cidadão, o que ressalta a relevância de aspectos como democratização de produção e acesso, responsabilidade socioambiental e diálogo entre diferentes sujeitos e territórios [veja quadro com os temas propostos para o debate nas audiências].
A ênfase “demasiada” na cultura como produto e como atividade econômica aumenta a responsabilidade de uma instituição como a UFMG, na visão de Mencarelli: “A cultura é, sim, uma atividade econômica, mas também um direito, como a saúde e a educação. A Universidade precisa encontrar mecanismos para oferecer resistência a essa lógica do mercado. E nosso papel fundamental é contribuir para que todos possam fruir e atuar como produtores de cultura.”
A participação da comunidade vai influenciar no desenho de novas iniciativas e mesmo na avaliação de projetos consagrados como o quase cinquentenário Festival de Inverno e ações em ambientes como o Centro Cultural e o Conservatório UFMG. “A manifestação de expectativas e desejos da comunidade vai ajudar a Administração Central a lidar com questões concretas como a viabilização do fluxo de professores e alunos para o Campus Cultural de Tiradentes e a sustentabilidade de projetos de continuidade como o Festival de Inverno, que foi, tempos atrás, mantido integralmente pela Universidade e depois precisou disputar verbas de patrocínios via leis de incentivo”, exemplifica o diretor adjunto de Ação Cultural.
As audiências serão abertas por breve exposição da professora Leda Martins, titular da DAC, sobre a atuação da Diretoria e as perspectivas do debate. Logo depois, será aberta a palavra. O conteúdo dos encontros e as sugestões reunidas anteriormente serão consolidadas e apresentadas em documento à Reitoria.
A UFMG e outras 97 instituições federais de ensino, entre universidades e institutos de educação técnica e tecnológica, aguardam a divulgação dos resultados do edital Mais Cultura, iniciativa conjunta dos ministérios da Educação (MEC) e da Cultura (MinC). O governo federal está selecionando planos de ação apresentados por essas instituições para definir repasse de recursos.
A UFMG lançou edital interno e recebeu 63 propostas, com valor total de R$ 9,76 milhões. Foram aprovados 30 projetos, que somavam cerca de R$ 4,17 milhões. Após os devidos recortes – nos itens das propostas e nos respectivos orçamentos –, chegou-se ao valor de R$ 1,5 milhão, teto estabelecido pelo edital Mais Cultura.
Quando e onde
9 de junho, das 11h30 às 13h, Praça de Serviços, campus Pampulha (Avenida Antonio Carlos, 6.627)