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Nº 1908 - Ano 41
15.06.2015

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De novo entre as melhores

UFMG é a 11ª universidade da América Latina no QS University Rankings; impacto na web é item que a instituição deve aperfeiçoar para melhorar posição

Ana Rita Araújo

A UFMG se mantém entre as universidades mais bem posicionadas no QS University Rankings – Latin America 2015, segundo classificação divulgada, no último dia 9, pela Quacquarelli Symonds (QS), empresa de consultoria britânica especializada em avaliações da educação superior. Nesta edição, a UFMG aparece em sexto lugar entre as melhores instituições brasileiras e na décima-primeira na região, logo após a Universidade de Brasília (UnB).

O pró-reitor de Graduação, Ricardo Takahashi, vê com naturalidade a variação de posições que ocorre a cada ano, lembrando que em 2014 a UFMG e a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) estavam empatadas na décima posição – neste ano ocupada pela UnB.

As outras universidades brasileiras nas primeiras posições são a de São Paulo (USP) e a Estadual de Campinas (Unicamp), respectivamente em primeiro e segundo lugares, seguidas pelas universidades Federal do Rio de Janeiro, Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp) e UnB. “O elenco de instituições que ocupam os primeiros lugares é mais ou menos o mesmo há cinco edições, com as naturais mudanças de posições que ocorrem de ano para ano, devido à variabilidade natural dos indicadores”, reitera Takahashi.

O QS University Rankings – Latin America 2015 avaliou 409 instituições e classificou 300, com base em sete indicadores: reputação acadêmica, reputação da universidade no mercado de trabalho, proporção entre número de professores e de alunos, quantidade de publicações por docente, citações por artigo, professores com doutorado e impacto da universidade na internet.

Takahashi observa que a UFMG pode melhorar significativamente seu desempenho em relação ao indicador de impacto na web, que compõe a avaliação do QS América Latina. “Esse critério diz respeito à quantidade de informações acadêmicas que a instituição publica em suas páginas na internet. Eles contam o número de páginas abrigadas sob o domínio UFMG, dando grande peso para documentos em formato PDF e PostScript que, se supõe, contenham textos acadêmicos”, explica o pró-reitor. Em sua opinião, nesse aspecto, ações institucionais podem resultar em crescimento da visibilidade da produção acadêmica.

“Não significa que a UFMG tenha que produzir mais, mas precisa informar melhor o que faz. Nossa produção não tem sido completamente capturada por essa métrica porque não está abrigada em um repositório único”, pondera o diretor de Produção Científica da Pró-reitoria de Pesquisa, Sérgio Cirino. “Temos, por exemplo, 70 periódicos, e cada um se encontra em um lugar. A Universidade produz, mas o instrumento que o ranking utiliza não consegue enxergar isso integralmente”, diz. Para Takahashi, esse indicador é relevante e precisa ser observado, pois indica uma das principais missões das instituições de ensino superior: disponibilizar informações para a sociedade. “Se a universidade não fizer isso, quem o fará?”, ressalta.

Lições

Na opinião de Sérgio Cirino, essa é uma das lições trazidas pelos ranqueamentos. “Eles têm sido importantes na percepção da imagem das universidades e podem ser úteis para mostrar que nossos mecanismos de coleta e disponibilização das informações precisam ser aperfeiçoados”, comenta. Além da organização da produção acadêmica na internet, Cirino faz referência à prestação de contas relativas à aquisição de equipamentos e à presença de alunos estrangeiros, avaliados por outros rankings. “Informamos menos do que o necessário, porque nossas plataformas são organizadas em outra lógica. Nas instituições norte-americanas, por exemplo, os docentes são estimulados a declarar todos os recursos captados por meio de projetos, porque isso tem valor acadêmico.”

O diretor de Produção Científica acredita ser possível, inspirado em experiências internacionais, criar modelos de coleta, administração e publicação de dados. “Muito além da posição que ocupamos em relação às outras instituições, os rankings têm o efeito muito positivo de nos instigar a cuidar melhor da produção de informações”, diz Cirino, ressaltando que a discussão sobre as métricas de avaliação pode ser uma boa oportunidade para que a Universidade faça uma reflexão madura sobre como se vê e como gostaria de ser vista pela sociedade.

As 12 primeiras do ranking

1 USP
2 Unicamp
3 Pontificia Universidad Católica de Chile
4 Universidad de Chile
5 UFRJ
6 Universidad Nacional Autónoma (México)
7 Universidad de Los Andes (Colômbia)
8 Unesp
9 Tecnológico de Monterrey (México)
10 UnB
11 UFMG
12 UFRGS