Clébio Maduro propõe nova leitura sobre o Hospital Colônia de Barbacena em vídeo do projeto Aulas Abertas

Clébio Maduro propõe nova leitura sobre o Hospital Colônia de Barbacena em vídeo do projeto Aulas Abertas

O convidado do projeto Aulas Abertas de dezembro é o desenhista, gravador e professor Clébio Maduro, que nos apresenta uma “Leitura bidimensional sobre o Hospital Colônia de Barbacena” através de suas gravuras, encerrando o ano de 2021 com uma reflexão sobre o hospital psiquiátrico que estigmatizou o município mineiro como ‘Cidade dos Loucos’.

A partir de um documentário que assistiu sobre a referida cidade e a colônia, o artista se viu instigado a conhecer pessoalmente o primeiro manicômio de Minas Gerais e ficou sensibilizado com o que presenciou no local. Para se libertar do que testemunhou, Clébio desenvolveu uma série impactante de gravuras que imprimem as dores vivenciadas nesse lugar, principalmente pelas mulheres, traduzidas em “Holocausto Feminino”, que lhe rendeu um poema de Amílcar de Castro, em 1989. As gravuras “Banho de Sol”, “Centro S.P.” e “Jogo da Velha” também lhe concederam o primeiro prêmio na Bienal Internacional de Gravura de Santos, em 2011.

Segundo Fernanda Medina, médica psiquiatra e doutora em história da arte, “o artista, que se viu assombrado pelas imagens produzidas no Hospital Colônia de Barbacena, precisou, durante três décadas, lidar com esse assombro, utilizando os meios que possui: a arte”.

E completa, “Clébio não poupa o espectador da angústia, da solidão, do desespero vivenciado naqueles pavilhões. Ele não usa eufemismos. Ao contrário, suas imagens são uma espécie de denúncia. Por traz da sutileza de suas linhas e do rigor da sua composição, marcas da sua obra, o que enxergamos são os olhos e a alma da loucura”.

Assista à aula aberta e conheça essa série de gravuras e seu processo de criação:

Clébio Maduro

Clébio Maduro é desenhista, gravador e ex-professor de gravura da Escola de Belas Artes da UFMG (1978-2014). De 1972 a 2020 participou de 120 exposições coletivas e 16 individuais, incluindo 59 participações em vários salões nacionais, alcançando 12 premiações. Tem ministrado vários cursos de gravura e desenho nas principais cidades históricas de Minas Gerais, tendo como destaque em sua trajetória o 1º prêmio na Bienal de Gravura da cidade de Santos/SP e uma individual de 106 trabalhos intitulados “Obra Gráfica”, na Reitoria da UFMG.

O projeto Aulas Abertas foi elaborado para oferecer um espaço de compartilhamento de ideias, conceitos e experiências, buscando a construção do conhecimento reflexivo e crítico pelo público, que terá acesso à fala de professores, pesquisadores e artistas convidados, não sendo assim aulas propriamente ditas, mas discussões contextualizadas pelo olhar científico e humano, essenciais neste momento de que estamos vivendo.

A cada mês será publicada uma nova aula através do Facebook, Instagram, YouTube e Site da Instituição.

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Projeto Aulas Abertas

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