Dos 90 programas, 65,5% obtiveram notas de excelência (5, 6 e 7); 27 cursos elevaram e 55 mantiveram os conceitos alcançados na edição anterior do levantamento
Resultados preliminares da avaliação quadrienal dos programas de pós-graduação (PPGs) brasileiros realizada pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) divulgados na semana passada demonstraram uma evolução consistente na qualidade dos programas mantidos pela UFMG. Dos 90 PPGs (79 acadêmicos e 11 profissionais), 27 elevaram suas notas e 55 mantiveram a nota obtida na avaliação anterior – 65,5% desses cursos receberam conceitos 5, 6 e 7, considerados de excelência. O resultado final será divulgado em dezembro, após análise dos pedidos de reconsideração de programas que entrarem com recurso para rever sua avaliação.
A avaliação, que compreende o período de 2017 a 2020, pontuou os PPGs com conceitos que vão de 1 a 7 (para programas com mestrado e doutorado) e de 1 a 5 (para aqueles que ofertam apenas mestrado, como os de mestrado profissional). Entre os 79 programas acadêmicos da UFMG, 39 alcançaram notas 6 e 7, ante os 34 que obtiveram essas notas na avaliação anterior. Sete programas avançaram do conceito 6 para o 7: Biologia Celular, Matemática, Filosofia, Saúde Pública, Arquitetura e Urbanismo, Economia e Direito. No âmbito do mestrado profissional, três cursos passaram de conceito 4 para a nota máxima (5): Ensino de Biologia, Promoção de Saúde e Prevenção da Violência e Odontologia em Saúde Pública.
“Quando fazemos uma avaliação comparativa com a quadrienal anterior, percebemos que a UFMG avançou na avaliação de seus programas: 27 tiveram suas notas elevadas e 55 mantiveram a anterior. Se o programa tem a nota máxima, manter esse patamar é o que desejamos. Então, a gente começa a fazer uma avaliação qualitativa do impacto desse resultado. Comparando com a avaliação anterior, o número de programas classificados de 3 a 5 diminuiu, porque houve aumento de notas. Por isso, quando se analisa a curva completa de distribuição, é possível ver claramente a tendência de crescimento em todos os programas da UFMG, em todos os níveis”, destaca a pró-reitora de Pós-graduação, Isabela Almeida Pordeus.
Evolução positiva
Quanto aos cursos considerados de excelência, o aumento global nas notas da UFMG foi de 23,5% em programas com nota 7 (de 17, na avaliação anterior, para 21, na atual) e 5,9% naqueles com conceito 6 (de 17 para 18). Os de nota 5 registraram redução de 4,8%, o que se justifica pelo aumento dos cursos com notas 6 e 7. Houve, portanto, aumento de 7,3% entre programas de excelência (5, 6 e 7), o que corresponde a 65,5% de todos os cursos, diante dos 61,1% registrados na última edição da avaliação, cujos resultados foram divulgados em 2017. Considerados apenas os cursos com notas 6 e 7, o aumento é de 14,7%.
“Se levarmos em conta o fato de que a nota máxima dos mestrados profissionais é 5, então passamos de 18 cursos com a nota máxima (17 acadêmicos nota 7, 1 profissional nota 5) para 25 cursos (21 acadêmicos com nota 7 e 4 profissionais com nota 5), o que significa um aumento de 38,9% em relação à avaliação anterior. Esse incremento significa, objetivamente, que saímos de 20% dos cursos com a máxima nota possível para 27,8%”, quantifica o pró-reitor adjunto de Pós-graduação, Eduardo Soares Neves Silva.
Segundo Neves, o movimento positivo também pode ser visto nos demais segmentos, o que demonstra a consistência da evolução da qualidade nos cursos de pós-graduação da UFMG. A “fotografia” desse crescimento poderá ficar ainda mais nítida em dezembro, quando serão anunciados os resultados dos pedidos de revisão, que podem resultar em mais programas com notas de excelência na Universidade.