Café Controverso: astrofísica em pauta – Espaço do Conhecimento UFMG
 
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Especialistas debatem a ciência por trás do filme Interestelar em evento no Espaço

 

 

Não é difícil acreditar nos eventos ocorridos em Interestelar diante da qualidade dos efeitos visuais do longa, ganhador de uma estatueta do Oscar nessa categoria. O sucesso da ficção científica, dirigido por Christopher Nolan, também é resultado de uma consultoria com Kip Thorne, físico teórico norte-americano. Ainda assim, até que ponto é possível dizer que o enredo é fiel aos conceitos da física?

Discutir a coerência científica do filme é a proposta do Café Controverso de outubro, que acontece no dia 06 de outubro, às 10h. Para falar sobre o tema A ciência em Interestelar: ficção científica ou realidade?, o Espaço do Conhecimento UFMG recebe o professor de Engenharia Aeronáutica da PUC Minas José Tadeu de Oliveira e o professor do Departamento de Física da UFMG Nelson Yokomizo.

Para outras galáxias e além!
Em Interestelar, um grupo de exploradores realiza viagens intergalácticas com o objetivo de encontrar um novo lar para os habitantes da Terra. Fazer trajetos como esse, no entanto, não é tão simples assim. José Tadeu de Oliveira, que vem trabalhando com sistemas de gerenciamento de voo, explica que, para alcançar outras galáxias, teríamos que alterar os nossos sistemas de propulsão. Ele acrescenta que o tempo também é um fator limitador: “Mesmo na velocidade da luz, não conseguiríamos atingir um planeta que orbita uma outra estrela no tempo de uma vida humana”, pontua.

Para os personagens do filme, o tempo não foi um problema: a dilatação temporal fez com que os tripulantes da nave envelhecessem de forma muito mais lenta do que as pessoas que estava no nosso planeta. Além disso, os buracos de minhoca foram usados para levar os tripulantes de uma galáxia para outra, atuando como uma espécie de atalho pelo espaço-tempo. O físico Nelson Yokomizo afirma que o campo gravitacional é capaz de alterar, de fato, a forma como o tempo passa. O conceito de buraco de minhoca, por outro lado, é apenas uma especulação física. “Essa ideia é estudada e não contradiz nada, mas ninguém sabe, com certeza, se esses atalhos existem ou não”, esclarece.

O Café Controverso de outubro abordará ainda outros elementos do filme, como a representação dos buracos negros, cujo aspecto visual foi construído a partir de uma simulação numérica com equações reais. O público pode participar fazendo perguntas aos palestrantes.

 

 

Café Controverso: A ciência em Interestelar: ficção científica ou realidade?
Quando: Sábado, 06 de outubro, das 10h às 12h.
Convidados: José Tadeu de Oliveira, professor de Engenharia Aeronáutica da PUC Minas, e Nelson Yokomizo, professor do Departamento de Física da UFMG.
Participação: gratuita
Onde: Espaço do Conhecimento UFMG – Praça da Liberdade, 700, Funcionários, BH