Café Controverso: Carnaval de BH – Espaço do Conhecimento UFMG
 
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Café Controverso celebra os 120 anos de Belo Horizonte com debate sobre o carnaval de rua da cidade

 

 

É na época mais quente do ano que a festa mais animada acontece, e a cidade inteira se transforma. O carnaval de rua de Belo Horizonte tem ganhado cada vez mais foliões. A festividade acompanha as mudanças sociais e políticas da capital, desde a sua inauguração, e continua, ainda hoje, sendo palco de debates importantes como o respeito à diversidade, o uso do espaço público e as lutas políticas.

Entre novos e antigos costumes, embates têm surgido: quais são as potenciais formas de diálogo entre a população e o poder público? É possível uma conciliação com os interesses de marcas e produtos? Essas serão algumas das questões discutidas na próxima edição do Café Controverso – Carnaval de BH: reinvenção da tradição ou mera mercantilização?, que acontece no sábado, 21 de outubro, às 11h, na Cafeteria do Espaço do Conhecimento UFMG.

Participam do debate Guto Borges, músico, historiador e mestre em História pela UFMG, e Paola Coda, arquiteta e urbanista da Prefeitura de Belo Horizonte e mestre em Arquitetura pela UFMG.

 

Carnaval de todos e para todos
Antes mesmo da inauguração de Belo Horizonte, o carnaval já dava as suas caras por aqui: foram os trabalhadores responsáveis pela construção da nova capital que fizeram o primeiro carnaval da cidade. De lá pra cá, muitos foram os blocos, concursos, desfiles, batalhas de confetes e lança-perfumes que ganharam ruas e avenidas. Se a década de 1990 marca o esvaziamento da festa em função do desgaste das escolas de samba e questões políticas, é em 2009 o ano de sua retomada.

Com bandeiras que defendiam o uso democrático do espaço público, a mobilidade urbana e o respeito às diferenças e às diversidades, o carnaval ressurge intrinsecamente aliado aos movimentos sociais, afirma Guto Borges, músico e historiador que participou ativamente dessa retomada. “Nesse primeiro momento, houve muita resistência da Prefeitura. Mas, com o crescimento do carnaval, quando grandes multidões começaram a participar, ela começa a entrar no evento com uma lógica de mercado, investindo em publicidade de turismo e fechando acordos com grandes empresas, de forma pouco criativa”, ele destaca.

Públicos muitos grandes, necessidade cada vez maior de infraestrutura e de diálogo entre múltiplos interesses se tornaram as principais marcas desse carnaval. Para a arquiteta e urbanista da Prefeitura de Belo Horizonte, Paola Coda, é preciso ter cuidado para atender às demandas dos diferentes públicos. “A bandeira do carnaval democrático tem que ser para todos. Não é só reinventar a tradição, mas também há mercantilização, luta política e quem só quer diversão. Tem que ser democrático, também, para quem não gosta de carnaval e quer se locomover na cidade”, afirma Paola, que desenvolveu sua dissertação de mestrado sobre o evento.

Quer saber mais sobre o assunto com especialistas que estudam e participam do carnaval de Belo Horizonte? Venha participar com a gente da próxima edição do Café Controverso. Após a fala dos debatedores, o público poderá participar fazendo perguntas.

 

 

Café Controverso
Carnaval de BH: reinvenção da tradição ou mera mercantilização?
Quando: Sábado, 21 de outubro, às 11h
Onde: Cafeteria do Espaço do Conhecimento UFMG – Praça da Liberdade, 700, Funcionários, BH
Entrada gratuita