O câncer de mama é o mais comum entre as mulheres no mundo e responde por cerca de 28% dos casos novos a cada ano. Conforme publicação do Instituto Nacional de Câncer (INCA), estima-se para o Brasil, no biênio 2018-2019, 60 mil diagnósticos da doença na população feminina. De acordo com um estudo recente, divulgado pela Sociedade Brasileira de Mastologia e Rede Brasileira de Pesquisa em Mastologia, o percentual de mulheres brasileiras que fizeram o exame de mamografia foi o menor dos últimos cinco anos. O número também é bem menor do que o recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Para discutir esse assunto, convidados se reúnem no sábado, 27 de outubro, a partir das 10h, durante o Café Controverso: Saúde em Pauta, com o tema Outubro Rosa: Prevenção e tratamento do câncer de mama. O projeto é uma parceria entre o Espaço do Conhecimento da UFMG e o Instituto Unimed-BH.
Um dos participantes do encontro será o presidente da Sociedade Brasileira de Mastologia – Regional MG e mastologista da Unimed-BH, Waldeir José de Almeida Júnior, que alerta sobre a importância da mamografia. “No Brasil, apenas 24% das mulheres na faixa de 50 e 69 anos fizeram o exame de mamografia ano passado, abaixo da recomendação da OMS que é de 70%”, afirma. De acordo com o médico, a mamografia é essencial para detectar a doença ainda no estágio inicial, quando há mais chances de cura. O especialista falará ainda das formas de prevenção, reforçando a importância da prática de atividade física aeróbica regularmente.
A outra participante será a presidente da ONG Pérolas de Minas, Maria Luiza de Oliveira. Criada em 2015, a organização apoia mais de 300 mulheres diagnosticadas com câncer de mama em Minas Gerais. Além do suporte emocional, o grupo também ajuda as mulheres que não têm apoio da família nesse momento difícil. “Nosso objetivo é nos unir e dar apoio às mulheres que foram diagnosticadas com o câncer de mama, levando sempre uma mensagem positiva e de carinho durante o tratamento”.
O Café Controverso: Saúde em Pauta será mediado pelo clínico geral da Unimed-BH, mestre e doutor pela Universidade Federal de Minas de Gerais (UFMG) e pós-doutor em Epidemiologia Clínica pela Emory University e CDC, nos Estados Unidos, Nilton Rezende. A entrada é franca, haverá intérprete de Libras e não é necessária inscrição prévia.