Na escola, é comum escutar que todo ser vivo nasce, cresce, se reproduz e morre. Essa jornada, no entanto, não é tão simples: os seres humanos possuem autonomia e são capazes de fazer escolhas que alteram suas vidas. Diante de grandes sofrimentos, viver também pode ser uma decisão. Por essa razão, existem pessoas que optam por antecipar a morte por meio de procedimentos como a eutanásia e o suicídio assistido.
Debater as práticas que abreviam a vida de alguém e suas implicações éticas é a proposta do Café Controverso, que, em novembro, traz o tema Eutanásia e suicídio assistido: temos direito à morte?. Participam da discussão o Coordenador do Programa de Residência de Cancerologia Clínica do Hospital das Clínicas da UFMG, Munir Murad, e a advogada e Doutora em Ciências da Saúde pela UFMG Luciana Dadalto.
O evento, que acontece no dia 17 de novembro, às 10h, tem entrada gratuita. O público também poderá participar fazendo perguntas aos palestrantes.
Uma escolha pelo bem-estar
Até que ponto é positivo prolongar a vida biológica de um indivíduo que não responde mais aos tratamentos médicos tradicionais? Essa questão norteia o pensamento daqueles que veem na eutanásia e no suicídio assistido uma alternativa em prol da morte digna. No nosso país, contudo, esse assunto não é discutido: “Não se fala sobre isso no Brasil e acredito que ainda vamos demorar a tratar desse tema”, afirma a advogada atuante em Testamento Vital Luciana Dadalto.
Para o médico Munir Murad, esse tabu é resultado de uma visão da morte como falha, consequência de um erro no sistema médico. “Isso não é, necessariamente, uma verdade, e essa mentalidade faz com que o país esteja mal colocado no ranking de qualidade de morte. Morre-se mal por aqui”, conclui.
O Café Controverso de novembro abordará ainda o cuidado paliativo, aquele que busca controlar os sintomas e dar conforto a pessoas com doenças graves. Ele acontece paralelamente às medidas médicas tradicionais e tem se mostrado eficaz em aliviar o sofrimento do paciente e de seus familiares diante da finitude da vida.
Café Controverso – Eutanásia e suicídio assistido: temos direito à morte? Quando: Sábado, 17 de novembro, às 10h Convidados: Munir Murad Júnior, Coordenador do Programa de Residência de Cancerologia Clínica do Hospital das Clínicas UFMG, e Luciana Dadalto, Doutora em Ciências da Saúde na Faculdade de Medicina de Minas Gerais. Advogada atuante em Testamento Vital. Onde: Cafeteria do Espaço do Conhecimento UFMG – Praça da Liberdade, 700, Funcionários, BH Entrada gratuita |
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