Projeto “Educação na Praça” do Espaço do Conhecimento UFMG promove roda de conversa sobre povos indígenas no Brasil Contemporâneo

A atividade acompanha a programação do Abril Indígena no museu

 05 de abril de 2023 

Em 2022 foi aprovada a Lei 14.402, que institui o dia 19 de abril como Dia dos Povos Indígenas. A nova lei revogou o Decreto-Lei nº 5.540 de 1943 que havia criado, na mesma data, o Dia do Índio. Essa mudança no nome da data comemorativa é uma vitória do movimento indígena e consagra o reconhecimento, por parte do estado brasileiro, da diversidade de povos indígenas que vivem no território nacional, em substituição à genérica categoria “índio”, presente na lei anterior. A mudança, entretanto, precisa ser acompanhada por medidas amplas que levem ao conhecimento da população não-indígena brasileira a complexidade e sofisticação dos modos de vida e saberes indígenas. A população indígena brasileira, em 2010, era de 817.963 indígenas, segundo dados do Censo Demográfico, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os dados também indicaram que são cerca de 300 povos, falantes de aproximadamente 180 línguas, e que em todas as Unidades da Federação, incluindo o Distrito Federal, há populações indígenas. 

Para discutir tal diversidade de “Povos Indígenas no Brasil Contemporâneo”, o projeto Educação na Praça, do Espaço do Conhecimento UFMG, promove uma roda de conversa no próximo sábado, 15 de abril, às 14h, direcionada a professores da educação básica, alunos dos cursos de licenciaturas, educadores de museus e demais interessados. A escola, como espaço privilegiado para formação de cidadãos, constitui-se em importante lugar de aprendizagem sobre os mundos indígenas do presente, de modo a desconstruir ideias recebidas que retratam os povos indígenas de modo equivocado e preconceituoso. 

Os estudantes indígenas da UFMG Anaine Taukane e Ka’a Membyra, jovens que têm se engajado ativamente no movimento indígena no Brasil, são os convidados desta atividade. Anaine Anikualo Taukane é do povo Pankararu, estudante de Direito e membro do Coletivo Indígena da UFMG. Ka’a Membyra, do povo Potiguara, é técnico em Guia de Turismo, estudante de Antropologia, membro do Coletivo Índígena e da Comunicação Indígena da UFMG.

A atividade gratuita integra a programação do Abril Indígena no Espaço. A participação ocorrerá mediante preenchimento de formulário on-line, terá duração aproximada de duas horas e conta com a emissão de certificados, além de acessibilidade de tradução em Libras.

Estudante Anaine Taukane, do povo Pankararu

Estudante Ka’a Membyra, do povo Potiguara

Serviço: Educação na Praça: Povos Indígenas no Brasil contemporâneo

Data: 15 de abril (sábado) – 14h

Onde: Espaço do Conhecimento UFMG – Praça da Liberdade, 700 – Funcionários

Número de vagas: Até 40 inscritos

Descrição: O projeto Educação na Praça, voltado para professores da educação básica, alunos dos cursos de licenciaturas, educadores de museus e demais interessados, abordará, no mês de abril, o tema “Povos Indígenas no Brasil contemporâneo”, com os convidados Anaine Taukane e Ka’a Membyra.

Formulário de inscrição:  https://forms.gle/ywQ5k32siDMLRtwx8

O Espaço do Conhecimento UFMG, por meio da Fundação Rodrigo Melo Franco de Andrade (FRMFA) e da Fundação de Apoio da UFMG (Fundep), estimula a construção de um olhar crítico acerca da produção de saberes. No museu, a programação diversificada inclui exposições, cursos, oficinas, apresentações culturais, palestras e debates. O Espaço é ligado à Pró-reitoria de Cultura da UFMG (Procult) e integra o Circuito Liberdade. É amparado pelas Leis Federal e Estadual de Incentivo à Cultura e conta com patrocínio do Instituto Unimed-BH, viabilizado por mais de 5,2 mil médicos cooperados e colaboradores, e da Companhia Energética de Minas Gerais – Cemig.

Sobre o Instituto Unimed-BH

Associação sem fins lucrativos, o Instituto Unimed-BH, desde 2003, desenvolve projetos socioculturais e ambientais visando à formação da cidadania, estimular o bem-estar e a qualidade de vida das pessoas, fomentar a economia criativa, valorizar os espaços públicos e o meio ambiente. Ao longo de sua história, o Instituto destinou cerca de R$155 milhões por meio das Leis municipal e federal de Incentivo à Cultura, fundos do Idoso e da Infância e Adolescência, com o apoio de mais de 5,2 mil médicos cooperados e colaboradores da Unimed-BH. No último ano, mais de 6,5 mil postos de trabalho foram gerados e 4,8 milhões de pessoas foram alcançadas por meio de projetos em cinco linhas de atuação: Comunidade, Voluntariado, Meio Ambiente, Adoção de Espaços Públicos e Cultura, que estão alinhados aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030. Acesse www.institutounimedbh.com.br e saiba mais.

Sobre a Cemig

A Cemig é a maior incentivadora de cultura em Minas Gerais e uma das maiores do país, investindo em projetos culturais, esportivos e sociais, por meio das leis de dedução fiscal estadual e federal; preservando o patrimônio, a memória e a identidade dos mineiros. Além de incentivar produtores e artistas, o apoio da Cemig traz benefícios diretos à população, que passa a ter acesso aos bens culturais de maneira mais segura e democrática. A experimentação também está aliada ao negócio da empresa que, além de trabalhar com fontes de energia limpas e de matrizes energéticas sustentáveis, busca continuamente a inovação, aliada à pesquisa e ao desenvolvimento.