Fábrica da Letra – Espaço do Conhecimento UFMG
 
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A palavra, manuscrita e impressa, constituiu, ao longo dos seus longos percursos de inscrição e circulação, inúmeras modalidades técnicas e estéticas expressas em diferentes materialidades: a pedra de todas as antiguidades, a argila da Mesopotâmia, o papiro do Egito, o bambu da China, a palmeira da Índia, a madeira e o pergaminho do mundo romano. Até chegar ao papel, hoje tão familiar, que sai do extremo Oriente para então seguir seu percurso do mundo islâmico ao cristão.

A essa diversidade de suportes, sobrepõe-se uma grande variedade de formas adaptadas às características físicas dos materiais e aos usos atribuídos pelos diferentes sistemas de escrita: blocos de pedra, tabletes de argila e madeira, tiras de bambu e palmeira, rolos de papiro e pergaminho, páginas de papiro, pergaminho e papel.

A extensa história dos livros e das letras nos impõe aqui um recorte, marcando dois grandes momentos de transformação das formas e dos suportes do livro no Ocidente: do volumen ao códice e do manuscrito ao impresso. A passagem de uma forma a outra ocorre de maneira lenta e progressiva, e não descarta a coexistência de materiais distintos e as transferências entre diferentes culturas. Lembremos que, no início da era cristã, os chineses e árabes usavam o papel, enquanto o uso do pergaminho é consolidado no Ocidente e o papiro está ainda presente no Mediterrâneo.

 

Curadoria: Ana Ustch e Verona Segantini