Musicalização na Primeira Infância – Espaço do Conhecimento UFMG
 
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Aperte o play: musicalização na primeira infância é aliada no desenvolvimento cognitivo e motor e na interação de bebês

Professoras e estudante da Escola de Música da UFMG participam do Papo em Pauta de outubro, no sábado (15) às 10h,  aberto ao público no Espaço do Conhecimento UFMG

 

11 de outubro de 2022

 

Desde que o mundo é mundo, o hábito de cantar para acalmar ou entreter os bebês se faz presente em várias culturas. Ao pensarmos em música no primeiro ano de vida, é comum associarmos a imagem de uma mãe embalando o bebê ao som de uma canção de ninar.  Sabe-se hoje que os bebês estão atentos à música que escutam bem mais do que julgava a nossa vã filosofia.  E por falar em filósofo, o próprio Platão descreveu, em uma de suas obras, intitulada “As Leis” o processo no qual o choro do bebê é acalmado e transformado em sono após entoada uma canção de ninar, acompanhada pelo gesto maternal do balanço. 

 

Especialistas garantem que a música tem uma conectividade cerebral muito alta. Trocando em miúdos, a musicalização na primeira infância ajuda no desenvolvimento cognitivo e motor e na interação dos bebês, que entendem de música e são ouvintes sofisticados, capazes de discriminar melodias, timbres, modulações de voz, ritmos e até frases musicais. Mais do que isso, durante o primeiro ano de vida, os bebês já exibem preferência e memória musical de longo prazo. Esse tema estará em debate no próximo sábado, 15 de outubro, a partir das 10h, presencialmente no Espaço do Conhecimento UFMG, em mais uma edição do Papo em Pauta, uma parceria do Instituto Unimed-BH, Cemig e o museu.

 

Intitulado Musicalização na Primeira Infância: Cognição, Desenvolvimento e Interação, o bate papo tem como objetivo falar de musicalização de bebês, citando estudos que comprovam a importância do contato precoce com a música para a formação da criança, além do estímulo musical para o cérebro – audição, visão, coordenação motora, emoção, incluindo funções cognitivas. 

 

Deste encontro participarão as professoras da Escola de Música da UFMG Betânia Parizzi  e Angelita Broock (também diretora do Centro de Musicalização Integrado da UFMG – CMI) e, ainda, Sol e Mares Monteiro (aluno da Escola de Música da UFMG, professor do CMI, intérprete, compositor e produtor musical).

 

Importância da música na primeira infância

Com o passar do tempo, o bebê que tem estímulos musicais torna-se mais ativo nas brincadeiras, fica mais atento e tem um repertório sensorial melhor, mas na falta dessa interação compartilhada, o bebê pode desenvolver déficits cognitivos, como alerta a professora Betânia Parizzi. “Existem pesquisas que comprovam que a música é a atividade humana que mais mobiliza simultaneamente todas as partes do cérebro e a interação musical dos bebês com as pessoas é vital para o seu desenvolvimento. Portanto um bebê que é pouco estimulado nesse sentido estará em desvantagem cognitiva, motora e emocional em relação aos bebês que têm esse engajamento com os adultos”, alerta. 

 

Há vários estudos que comprovam ainda que a música ativa diversas áreas do cérebro relacionadas à cognição social, ativando sentimentos como empatia, sentido de pertencimento, vínculo, tato, além de áreas que estão relacionadas aos movimentos. Alguns desses estudos serão discutidos durante a roda de conversa. 

 

 

 


O Espaço do Conhecimento UFMG, por meio da Fundação de Apoio da UFMG (Fundep), estimula a construção de um olhar crítico acerca da produção de saberes. No museu, a programação diversificada inclui exposições, cursos, oficinas, apresentações culturais, palestras e debates. O Espaço é ligado à Pró-reitoria de Cultura da UFMG (Procult) e integra o Circuito Liberdade. É amparado pela Lei Federal de Incentivo à Cultura e conta com patrocínio do Instituto Unimed-BH, viabilizado por mais de 5,2 mil médicos cooperados e colaboradores e da Companhia Energética de Minas Gerais – Cemig.

Sobre o Instituto Unimed-BH

Associação sem fins lucrativos, o Instituto Unimed-BH, desde 2003, desenvolve projetos socioculturais e ambientais visando à formação da cidadania, estimular o bem-estar e a qualidade de vida das pessoas, fomentar a economia criativa, valorizar espaços públicos e o meio ambiente. Ao longo de sua história, o Instituto destinou cerca de R$155 milhões por meio das Leis municipal e federal de Incentivo à Cultura, fundos do Idoso e da Infância e Adolescência, com o apoio de mais de 5,2 mil médicos cooperados e colaboradores da Unimed-BH. No último ano, mais de 6,5 mil postos de trabalho foram gerados e 4,8 milhões de pessoas foram alcançadas por meio de projetos em cinco linhas de atuação: Comunidade, Voluntariado, Meio Ambiente, Adoção de Espaços Públicos e Cultura, que estão alinhados aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030. Acesse www.institutounimedbh.com.br e saiba mais.

Sobre a Cemig

A Cemig é a maior incentivadora de cultura em Minas Gerais e uma das maiores do país, investindo em projetos culturais, esportivos e sociais, por meio das leis de dedução fiscal estadual e federal; preservando o patrimônio, a memória e a identidade dos mineiros. Além de incentivar produtores e artistas, o apoio da Cemig traz benefícios diretos à população, que passa a ter acesso aos bens culturais de maneira mais segura e democrática. A experimentação também está aliada ao negócio da empresa que, além de trabalhar com fontes de energia limpas e de matrizes energéticas sustentáveis, busca continuamente a inovação, aliada à pesquisa e ao desenvolvimento.