Cartazes das 50 edições do Festival de Inverno da UFMG viram exposição no Centro Cultural UFMG 

No próximo sábado, dia 21 de julho de 2018, a partir das 10 horas, o Centro Cultural UFMG recebe a exposição “Festival de Inverno da UFMG: 50 anos de arte, cultura e conhecimento”. A mostra tem curadoria de Fabrício Fernandino e poderá ser vista até o dia 31 de agosto de 2018. Entrada franca.

O Festival de Inverno da UFMG, com o seu poder transformador, vem ao longo de mais de cinquenta anos promovendo a cultura e arte. Este evento eì citado como uma referência por ser o maior evento cultural de uma universidade puìblica brasileira. A sua permanente busca pela evoluçaÞo conceitual e estrutural de conteuìdos e praìticas tem sido um elemento caracterizador constante e marcante em suas atividades.

1967 a 1979
O que motivou a criação do Festival, em 1967, foi a iniciativa de alguns professores da FundaçaÞo de EducaçaÞo Artiìstica de Belo Horizonte e da Escola de Belas-Artes da UFMG em abrir um espaço de diaìlogo do artista, da arte e dos processos criativos com a populaçaÞo e com a cidade de Ouro Preto. Frente ao sucesso da iniciativa e da favoraìvel acolhida da maioria da populaçaÞo de Ouro Preto, o Festival passou a ser um evento de extensaÞo universitaìria, promotor da arte e da cultura extramuros da universidade. Sobretudo a arte em sua praìtica e por sua natureza intriìnseca, tem a liberdade como a base de toda sua fundamentação. Sob a bandeira dessa liberdade, o Festival passou a ser um espaço livre para a expressaÞo artiìstica tornando um terreno favoraìvel para a disseminaçaÞo de ideias do movimento da contracultura durante os mais duros anos da ditadura militar. Essa liberdade ou tolerância vigiada durou ateì 1979, periìodo em que a sede do Festival foi em Ouro Preto, e acontecendo tambeìm em outras cidades do interior e em Belo Horizonte. 

1980 a 1992
Em 1980, por problemas de ordem poliìtica envolvendo a FundaçaÞo Nacional de Arte-Funarte, a UFMG e os produtores, o Festival naÞo teve condiçoÞes de ser realizado. Contornada a crise e os descontentamentos gerados em 1980, o Festival inicia sua fase itinerante. Foi transferido para Diamantina, em 1981, adquirindo um caraìter mais liìrico e poeìtico, buscando, na pesquisa de campo, um novo patamar evolutivo. Com o desencadeamento de outra grave crise poliìtica, em 1984, uma greve envolvendo todas as universidades puìblicas impediu a realizaçaÞo do projeto naquele ano. Superado o impasse, foi retomada sua programaçaÞo em 1985, e ainda por mais um ano, o Festival aconteceu em Diamantina. A partir de 1986 foi transferido para SaÞo JoaÞo Del Rei, onde permaneceu por dois anos. Em 1988 foi realizado em Poços de Caldas e a partir de 1989 veio para Belo Horizonte, ficando ateì 1992.

1993 a 1999
O Festival de Inverno da UFMG cresceu em conceito, em densidade e reconhecimento, retornando em 1993 a Ouro Preto, sua cidade de origem, ficando ateì 1999. Nesse periìodo adquiriu grandes proporçoÞes, pelo volume de cursos ofertados, pelos grandes eventos de rua e pela massiva frequência de puìblico. Apoìs sete anos em Ouro Preto, novos rumos tornaram-se necessaìrios. 

2000 a 2010
Com o objetivo de buscar uma linha de frente para a produçaÞo artiìstica contemporânea, o Festival de Inverno da UFMG transfere-se novamente, em 2000, para Diamantina, eìpoca do seu tombamento como Patrimônio Cultural da Humanidade. Um momento feìrtil e criativo num espaço de rara beleza. A partir de toda experiência adquirida, em mais de 30 anos, eì indiscutiìvel que o Festival de Inverno se consolida como um espaço privilegiado para a pesquisa, a experimentaçaÞo e a ousadia criativa. Inicia-se, em 2000, uma estrateìgia de grande reformulaçaÞo conceitual. Com objetivos de continuar a conquistar patamares diferenciados para a produçaÞo e o pensamento da arte, arquiteta-se um projeto para o Festival de Inverno mais voltado para o aprofundamento na pesquisa das novas linguagens artiìsticas. Propostas de vanguarda que se manteìm ateì 2011. Em 2012, novamente o Festival muda o direcionamento conceitual do evento, voltando suas açoÞes para atividades de caraìter social e inclusivo. O Festival permanece ainda em Diamantina ateì 2013, sendo transferido para Belo Horizonte em 2014.

2011 a 2018
Nos uìltimos quatro anos, de 2014 a 2018, o eixo conceitual que tem direcionado o Festival de Inverno da UFMG tem sido a busca de uma aproximaçaÞo da Universidade com a comunidade de Belo Horizonte, abrindo ainda mais os espaços para as atividades culturais perifeìricas, a inclusaÞo social e a democratizaçaÞo ao acesso e participaçaÞo do puìblico. Aproximar a academia ainda mais da sociedade, eliminar as fronteiras e trocar experiências tem sido a tônica do Festival, tudo isto propiciado pela arte e pela açaÞo cultural.