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50º Festival de Inverno da UFMG recebe inscrições para residências artísticas e oficinas

segunda-feira, 27 de março de 2017, às 14:48

Em uma cidade grande como Belo Horizonte, produzir experiências de imersão artística se tornou cada vez mais difícil. Pensando nisto, a programação do 50º Festival de Inverno da UFMG apresenta um diferencial este ano: oito residências artísticas, com sete horas diárias durante oito dias do festival, que acontece de 20 a 28 de julho. As atividades cobrem várias manifestações, como música, teatro, cinema, artes, comunicação e som. As inscrições são gratuitas e começam nesta quarta-feira, 20, indo até 20 de julho, aqui no site do festival, tanto para residências quanto para quatro oficinas.

Das oito residências, seis são interdisciplinares. A atividade “Residência Artística na intersecção entre Dança e Música – Mover e Som”, por exemplo, coordenada por Dudude Herrmann, estará em diálogo com a residência “Ateliê de Música – Interdisciplinaridade com dança”, ministrada por Benjamim Taubkin.  Um dos objetivos da primeira atividade é buscar na improvisação uma espécie de bússola entre a música e a dança. E um dos objetivos da segunda residência é traduzir o movimento em música.

Destinada a artistas e estudantes ligados as áreas da dança, teatro, perfomance ou música, a residência “Mover o Som buscará uma conexão entre o desenho sonoro e o desenho do movimento do corpo, tendo o espaço como lugar de criação. Pensando em como se dará o processo da residência, Dudude Herrman, que é bailarina, performer, coreógrafa e professora de dança, afirma que não quer instrumentalizar um artista, pois isso demanda uma vida, mas principalmente construir em conjunto. “Não quero achar nada. Não penso no futuro antes de começar de fato, só sei que estarei junto, somando e escavando junto com todos os que ali estiverem para valer a pena. E nestes tempos que estamos a viver, nunca foi tão importante trabalhar na produção de sensibilidade. Estarei atenta a isto, porque a vida é agora e precisamos amaciar esta realidade dura e ácida que presenciamos”, conclui Dudude.

Já a residência “Ateliê de Música” é destinada a músicos com experiência ou que tenham interesse em improvisação e composição espontânea. Ampliando a percepção musical durante o processo para os estímulos que partirão da dança, a atividade vivenciará aspectos da composição musical em grupo. Ainda que parta da improvisação, a atividade apresenta outras camadas, como explica Benjamin Taubkin, pianista, arranjador, compositor, curador e produtor musical: “Vem surgindo uma nova tendência na música, mas também em outras áreas, que é a composição espontânea. Algo que vai além da improvisação, trabalhando com a inspiração do momento, mas buscando gerar uma composição bem acabada. É algo que requer atenção, disciplina, mas também muita liberdade e escuta – de si e dos outros”.

O 50º Festival de Inverno da UFMG ainda conta com mais seis residências artísticas  e quatro oficinas de quatro horas diárias (duas atividades para crianças, uma para adolescentes e uma para a terceira idade). Sinopses de todas as atividades, inclusive das conferências, colóquio e eventos culturais, você confere aqui no site. Lembrando que o Festival será realizado de 20 a 28 de julho no campus Pampulha e no Conservatório UFMG, que fica no Centro de BH.