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Quinteto da pianista Luísa Mitre lança show Oferenda

terça-feira, 24 de julho de 2018, às 14:58

No dia 25 de julho, o quinteto da pianista Luísa Mitre apresenta um show com composições autorais inéditas que irão fazer parte de seu primeiro disco, Oferenda, que será lançado no dia 4 de agosto. As obras exploram a linguagem do piano brasileiro em gêneros como o samba de roda, choro e baião. A apresentação faz parte da 50ª edição do Festival de Inverno da UFMG e acontece às 18h, no auditório da reitoria da UFMG, Campus Pampulha. A entrada é gratuita. A programação do Festival vai até o dia 28 de julho, com shows, espetáculos, perfomances e conferências.

O processo de composição de Luísa Mitre ganhou força a partir 2017, quando participou do projeto Música Nova, do Savassi Festival, que encomendou uma obra inédita para a pianista. O processo chega ao fim em agosto de 2018, com a gravação e lançamento do disco Oferenda. O trabalho da pianista é marcado por uma sonoridade acurada, equilibrando o refinamento da música de concerto e o balanço da música popular brasileira, em arranjos criativos e cuidadosamente elaborados para seu Quinteto. Luísa Mitre nota que um dos diferenciais do trabalho é justamente essa brasilidade, já que muitos pianistas são mais influenciados pelo jazz, que, em seu trabalho, existe em menor grau. No Quinteto, há uma instrumentação mista, com elementos de tradição popular, como a bateria e o baixo elétrico, e outros mais na linha erudita, como a flauta e o vibrafone.

Algo que também vem ganhando destaque é a formação do grupo, com quatro mulheres e um homem: Marcela Nunes na flauta, Natália Mitre no vibrafone, Camila Rocha no baixo e Paulo Fróis na bateria. Luísa Mitre pontua que a ideia inicial não era montar um grupo majoritariamente feminino, mas que naturalmente tomou esse formato, pois a pianista já conhecia as instrumentistas e gostava da forma como tocavam juntas. Contudo, Luísa também destaca que é importante afirmar a posição da mulher nesse meio: “ Estou percebendo a importância de aparecermos, mostrar nosso trabalho e fazer nossos trabalhos autorias, como compositoras, arranjadoras e instrumentistas, porque no meio da música instrumental e popular é muito incomum ter mulheres tocando, já que elas geralmente são mais intérpretes. Quanto mais a gente aparecer com um trabalho sério e bem feito, iremos incentivar outras mulheres que, por não verem isso acontecendo, nem imaginam a possibilidade de tocar um instrumento diferente, compor ou ocupar outros lugares na música que comumente a mulher ainda não ocupa”, afirma Luísa.