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Em sua décima edição, evento propõe debate sobre memória e passagem do tempo

sexta-feira, 15 de janeiro de 2016, às 12h12

Neste ano, o Festival de Verão da UFMG alcança a sua décima edição. O evento será realizado de 31 de janeiro a 4 de fevereiro, na semana que antecede o Carnaval, e ocupará os três principais equipamentos culturais que a Universidade mantém em Belo Horizonte: o Centro Cultural, o Conservatório e o Espaço do Conhecimento.

Além disso, o Observatório Astronômico Frei Rosário, que fica na Serra da Piedade, em Caeté (em foto abaixo, de Leonardo Barçante), receberá a oficina O balanço do tempo. Nela, o professor Renato Las Casas, do Departamento de Física do Instituto de Ciências Exatas (ICEx), vai levar o participante a “ver o passado”, como ele diz. “Passaremos uma noite observando objetos a distâncias diferentes. Consequentemente, os veremos em épocas distintas da história do Universo”, escreve o professor na descrição da atividade.

A oficina de Las Casas ilustra a ideia que tematiza toda a programação do Festival: Tempo e memória é uma chave conceitual que metarreferencia a própria trajetória do evento. A ideia é que as diferentes atividades do Festival propiciem estabelecimento de um olhar para a própria trajetória, iniciada em 2007, com o intuito de oferecer a Belo Horizonte uma alternativa cultural para as férias de verão, especificamente no período do carnaval.

Denise Pedrón, professora do Teatro Universitário e coordenadora geral do evento, lembra que a proposta do Festival é aliar o universo teórico-acadêmico à vivência prática cotidiana. “A ideia é que os participantes possam produzir conhecimento a partir das vivências coletivas e das próprias experiências”, diz. Assim, explica Denise, a temática possibilita explorar vários campos de conhecimento, da neurociência à arte, proporcionando reflexões diversificadas.

No ano passado, devido ao crescimento do carnaval de Belo Horizonte, o evento deixou de ser realizado durante a festa, para se situar na semana que o antecede, de forma a funcionar como um aquecimento para a folia.

A programação das oficinas, palestras e atividades culturais já pode ser acessada no Facebook do Festival e no site do evento. A página também reúne as informações necessárias para a participação nas atividades e um registro da história do Festival.

As oficinas são as únicas atividades cobradas, por isso demandam inscrição. O custo é de R$ 20 por oficina, e a pré-inscrição de pessoas que necessitam de algum recurso especial de acessibilidade já pode ser realizada. Os interessados devem enviar e-mail para festivalveraoufmg@gmail.com, informando a atividade de interesse e os recursos de acessibilidade de que necessitam. O prazo para essa etapa se encerra nesta quinta, 14.

No dia 19, serão abertas as inscrições para o público amplo, com prazo que se encerrará na véspera das atividades ou até se esgotarem as vagas. Essas matrículas devem ser feitas no posto de atendimento que a Fundep mantém na Praça de Serviços do campus Pampulha ou pelo site da Fundação.

Programação diversificada Neste ano, o Festival de Verão repete o seu Ciclo de Palestras, iniciativa inaugurada na edição de 2015. Gratuitas, todas as palestras serão realizadas no miniauditório do Conservatório UFMG. Essas atividades serão realizadas das 10h às 12h (duas palestras por dia, sequenciais), de segunda a quarta-feira, 1º a 3 de fevereiro.

Outras informações sobre o Festival podem ser obtidas pelo e-mail festivalveraoufmg@gmail.com ou pelo telefone (31) 3409-6410.

Aquecimento para o carnaval Um dos destaques da edição 2016 do Festival de Verão é a programação cultural, que acaba por fazer do evento um aquecimento para a folia prevista para tomar as ruas da capital mineira na semana seguinte.

No domingo, 31, após a solenidade de abertura do evento, o multi-instrumentista senegalês Mamour Ba fará apresentação no Centro Cultural UFMG, com a banda Conexão African Beat. Sua música tematiza ritmos tribais africanos, marcadamente percussivos, que estão na origem do blues, do jazz e do pop internacional. A apresentação ocorre às 19h30 e tem entrada franca, assim como toda a programação cultural do evento.

No dia seguinte, 1º, às 18h, o Conservatório UFMG abrigará apresentação musical com Kanatyo Pataxó e Siwê Pataxó, pai e filho, que em suas músicas abordam a cultura tradicional Pataxó, de forma a pôr a temática indígena em questão, fazendo dela um método de alfabetização.

Na terça-feira, 2, o Centro Cultural UFMG receberá, às 18h, a apresentação de Coral de Trombones (foto abaixo) da Escola de Música. Seu repertório inclui música erudita e popular, com arranjos para obras de Milton Nascimento, Tom Jobim e Luiz Gonzaga, entre outros. Na quarta, 3, o mesmo espaço recebe às 19h apresentação do grupo Meninas de Sinhá, cujo repertório mescla músicas de domínio público e autorais, além de releituras de clássicos brasileiros.

No encerramento do Festival, na quinta-feira, 4, o Conservatório UFMG será tomado pelo Bloco Magnólia Brass Band, agremiação carnavalesca que se propõe a trazer a experiência do carnaval de New Orleans para o Brasil. O repertório do bloco se vale da obra de grandes nomes do jazz americano, como Dizzy Gillespie, Louis Armstrong e Duke Ellington. A apresentação começa às 18h30.

Além das apresentações musicais, o Festival contará com exposições, visitas guiadas e espetáculos teatrais. O Festival de Verão da UFMG é promovido pela Diretoria de Ação Cultural (DAC).

Endereços dos equipamentos culturais Conservatório UFMG - Avenida Afonso Pena, 1.534, Centro. Centro Cultural UFMG - Avenida Santos Dumont, 174. Espaço do Conhecimento UFMG - Praça da Liberdade, 700, Savassi.

Fonte: Agência de Notícias UFMG