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Máscara e ritmo orientam as oficinas de teatro; educadores mergulham no universo da pedagogia Waldorf

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016, às 17h48

Com abordagens distintas sobre o universo do teatro, as oficinas Iniciação à máscara teatral e Rítmica corporal na encenação teatral mobilizaram os participantes na tarde desta segunda-feira, no Centro Cultural UFMG.

Professor da oficina sobre máscara teatral, Fernando Linares explicou que o ator deve procurar anular todos os seus trejeitos pessoais, como o modo de andar, olhar e falar, para a construção de um personagem. “A máscara transfere para o artista um novo sujeito, autônomo. É preciso se entregar totalmente à máscara para que surja essa segunda natureza”, disse.

Fernando Linares explicou também que “o ator precisa ter todos os seus sentidos muito aguçados, inclusive o sexto sentido, que corresponde à intuição, para transmitir sentimentos ao público, fazendo parecer que realmente os sente”.

Na oficina sobre rítmica corporal, foram ensinadas técnicas de aquecimento vocal, envolvendo exercícios com a boca e a língua. Também foram desenvolvidas atividades que visam ao alongamento e ao equilíbrio do corpo [foto abaixo].

A agilidade foi trabalhada por meio de exercícios com bastão. “No palco, são fundamentais a noção de espaço e a habilidade para fazer ações simultâneas, como andar, falar e manipular objetos”, demonstrou o instrutor Jonnatha Horta.

Pedagogia holística Caracterizada principalmente pela concepção que leva em conta o amadurecimento das crianças e adolescentes segundo sua faixa de idade, a oficina Ritmo, tempo e arte como aliados – a pedagogia Waldorf como ferramenta para ensinar desperta interesse especial entre os educadores.

A professora Patrícia Oliveira Morais explica que, conforme essa corrente pedagógica, as crianças e jovens devem ser instruídas seguindo uma divisão que considera diferentes “janelas do aprendizado”.

“Crianças até sete anos (primeiro setênio) vivenciam o aprendizado de forma muito ligada aos aspectos que envolvem o próprio corpo. Já no segundo setênio, que vai até os 14 anos, devem ser explorados elementos da arte, da beleza e das cores. Conceitos como mecânica, ótica, evolução e outros que explicam o funcionamento do mundo só devem ser abordados no terceiro setênio, dos 14 aos 21 anos”, explicou.

A Pedagogia Waldorf é baseada nas ideias do filósofo alemão Rudolf Steiner, fundador da antroposofia. Sua abordagem busca integrar, de maneira holística, o desenvolvimento físico, espiritual, intelectual e artístico dos alunos. Está presente em escolas de mais de 60 países.

A programação do Festival de Verão segue até o dia 4.

Fonte: Agência de Notícias UFMG