Período da Residência: 01/08/2011 a 31/07/2012

Marcos A. Pimenta nasceu em Belo Horizonte, Brasil, em 11 de abril de 1958. Ele obteve seu mestrado em física pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), em Belo Horizonte. O assunto de sua tese de mestrado foi o estudo de transições de fase incomensuráveis por EPR (electron paramagnetic resonance) e seus orientadores foram os Profs. Ramayana Gazzinelli e Alaor S. Chaves. Em 1985, ele foi para Orléans, França, e em 1987 ele obteve o seu doutorado em física pela Université d’Orléans. Em sua tese de doutorado, ele trabalhou com transições de fase incomensuráveis e superiônicas usando as técnicas de refletividade infravermelho e espalhamento Brillouin, e seu orientador de doutorado foi o Prof. François Gervais. Ele se tornou professor adjunto no Departamento de Física da UFMG em 1989 e pouco tempo depois criou o Laboratório de Espectroscopia Raman, no Departamento de Fìsica da UFMG. Em 1997-1998 ele passou um ano sabático trabalhando no grupo da Profa. Mildred Dresselhaus, no MIT, onde realizou contribuições importantes no estudo de nanotubos de carbono por espectroscopia Raman. Desde então, ele vem trabalhando na UFMG com nanotubos de carbono e, mais recentemente, com o grafeno.

Ele foi coordenador da Rede Nacional de Pesquisa em Nanotubos (Ministério da Ciência e Tecnologia) de 2006 a 2010 e coordena atualmente o Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia (INCT) de Nanomateriais de Carbono. Em 2002, ele se tornou Professor Titular na UFMG. Ele já orientou cerca de 20 teses e dissertações de pós-graduação e já publicou mais de 160 artigos científicos, que já foram citados mais de 7000 vezes. Ele é também músico e violonista, tendo lançado em 1997 um CD com próprias composições.


O QUE É E PARA QUE SERVE NANOTECNOLOGIA

A nanotecnologia tem um caráter transdisciplinar, uma vez que rompe as fronteiras entre as ciências básicas (física, biologia e química), dá origem a aplicações tecnológicas em engenharias, medicina e agricultura, e envolve questões de natureza jurídica, social e econômica. Como ela certamente afetará a vida de todos os cidadãos, a informação para a sociedade dos aspectos positivos e negativos da nanotecnologia é uma tarefa de grande relevância. Buscarei neste ano de residência no IEAT pesquisar maneiras de difundir os conceitos de nanotecnologia para um público leigo e produzir materiais que permitam a transmissão deste conhecimento para a sociedade.