Período da Residência: 1º de agosto de 2017 a 31 de julho de 2018

Residente do IEAT, professora Maria Angelica Melendi de Biasizzo é graduada em Letras pela Facultad de Filosofia y Letras – Universidad de Buenos Aires (1967) e em Artes Visuais pela Escola Guignard da Universidade do Estado de Minas Gerais (1985). Doutora em Estudos Literários pela Universidade Federal de Minas Gerais (1999). Atualmente é professora associada Universidade Federal de Minas Gerais, pertence ao Conselho Editorial da Revista Pós da mesma instituição. Tem experiência na área de Artes, com ênfase em Fundamentos e Crítica das Artes, atuando principalmente nos seguintes temas: arte contemporânea, memoria, arte, corpo e fotografia. Investiga as estratégias de memória desenvolvidas pela arte contemporânea na América Latina em relação aos terrorismos de estado e à violência social assunto sobre o qual tem publicado livros e artigos em jornais e revistas acadêmicas nacionais e internacionais. É coordenadora do Grupo de Pesquisa Estratégias da Arte na Era das Catástrofes (www.estrategiasarte.net.br) e editora da Revista Lindonéia (on-line).


PROJETO: O QUE RESTA DA DITADURA: TRANSGRESSÃO NA ARTE DE AMÉRICA LATINA ENTRE DOIS SÉCULOS.

O projeto pretende investigar as práticas artísticas de alguns países da América Latina — Argentina, Chile, Brasil, Uruguai, entre outros — a partir do processo de redemocratização que se inicia, aproximadamente, nos anos 1980. Não se pretende elaborar uma historia crítica da arte latino-americana dos últimos anos, mas de investigar a latência dos processos autoritários nos trabalhos de arte e nos discursos críticos realizados durante o período da redemocratização. O projeto propõe, em primeiro lugar, investigar os diversos processos de redemocratização no continente, analisar suas especificidades e as possibilidades de estabelecer estudos comparativos com os países em que vigoravam democracias “autoritárias” ou de fachada. Para isso pesquisaremos artistas e obras latino-americanos do período considerado com a finalidade de estabelecer um corpus de trabalho, estabelecer algumas categorias e pô-las a prova em relação aos avanços da pesquisa. Concluiremos examinando a categoria de “brasilidade” como proposta por Adriano Pedrosa, para entender se essa categoria faz sentido e, nesse caso, compreender o conjunto de especificações formais e significativas que a caracterizam.