Diogo Domingues/UFMG |
O cineasta português Manoel de Oliveira, morto aos 106 anos, nesta quinta-feira, dia 2, foi agraciado, em novembro de 2009, com o título de Doutor Honoris Causa da UFMG, principal honraria concedida pela instituição a figuras que contribuíram significativamente para o desenvolvimento social, científico e cultural da humanidade. Ele foi a 14ª personalidade a receber o título. Na época, Oliveira tinha 100 anos. A entrega do título, feita pelo então reitor Ronaldo Pena, coincidiu com participação no projeto Sentimentos do Mundo. Em sua conferência, o cineasta disse que sua obra foi construída, em grande medida, pelo acaso: “Não tive verdadeiramente consciência”. Sobre a relação com a tecnologia, o cineasta, nascido 13 anos depois da primeira sessão de cinema, declarou: “Sinto-me bem com as coisas artísticas, e a parte técnica pertence à ciência. A arte é a expressão da vida, da imaginação”. Manoel de Oliveira era o cineasta mais longevo em atividade, tendo dirigido 62 filmes, entre longas e curtas-metragens. Ele estreou no cinema como ator, em 1923, e dirigiu seu primeiro filme, Douro, faina fluvial, um documentário mudo em preto e branco, em 1931. Leia mais sobre a presença de Manoel de Oliveira na UFMG Manoel de Oliveira, ‘um aluno do cinema’, recebe da UFMG título de Doutor Honoris Causa O cineasta que transformou a palavra em protagonista Entrevista/Manoel de Oliveira
Eterno aprendiz