PET-Saúde UFMG / Linhas de Pesquisa

Índice de Projetos

Rede Urgência e Emergência / SOS Emergência
Hospital Risoleta Neves e UPA Venda Nova

Hospital Risoleta Neves

Rua das Gabirobas, 01, Bairro Vila Clóris

Telefone:

3459-3200

3459-3229 (FAX)

Como chegar:

Saída do Campus Saúde
Saída do Campus Pampulha

Unidade de Pronto Atendimento Venda Nova

Rua Padre Pedro Pinto, 322, Venda Nova

Telefones:

3277-5570

3277-5436

Como chegar:

Saída do Campus Saúde
Saída do Campus Pampulha


NOME: Ciomara Maria Pérez Nunes
ATIVIDADE NO PET-SAÚDE: PROFESSOR TUTOR
ATIVIDADE PROFISSIONAL: PROFESSOR DO CURSO DE TERAPIA OCUPACIONAL 


Subprojeto “Rede de Urgência e Emergência”

Devido ao aumento na expectativa de vida do brasileiro e ao envelhecimento da população, o Brasil tem observado um aumento dramático na incidência de doenças crônicas. O aumento da urbanização, da violência e do número de veículos aumentou, também, o número de vítimas de trauma. Os serviços de atendimento em urgência e emergência (SAUE), atualmente disponíveis, mostram-se sobrecarregados, não conseguindo responder às demandas de forma completa, gerando verdadeiros gargalos no atendimento populacional. As consequências são previsíveis e potencialmente preocupantes, necessitando de um olhar diferenciado da necessidade de desenvolvimento de novas estratégias. As restrições de ampliação deste setor se dão por falta de profissionais qualificados e pela escassez de estudos e inovações tecnológicas brasileiros. O ensino de emergência da UFMG nos cursos de graduação voltados para a área da saúde tem se mostrado insuficiente para a aquisição das habilidades necessárias aos graduandos.

Observamos um aumento substancial nos custos gerados pelas complicações, muitas vezes evitáveis, relacionados a uma abordagem inicial ineficiente. A longa permanência nos serviços de urgência e emergência, em leitos de terapia intensiva e suas consequências para a rede pública de atendimento mostram uma dicotomia entre a formação e a demanda por especialistas. A literatura aponta que o aumento no tempo de permanência no SAUE é o principal marcador da superlotação. A falta de leitos para internação a principal causa quando não se atua diretamente na gestão do tempo de permanência. O atraso no diagnóstico e tratamento, a principal consequência do aumento do tempo de internação, levando ao aumento da mortalidade (Bittencourt & Hortale 2009; Bittencourt 2010). O tempo de internação nos SAUE aumenta a fragilidade do usuário pela longa permanência e constantes adiamentos das intervenções restauradoras, incluindo os elementos da superlotação.

O maior desafio e de maior significado é reconhecer e manejar as discrepâncias entre as preferências individuais e sociais. A qualidade da assistência é julgada pela conformidade com o padrão derivado de três fontes: ciência na assistência à saúde, que determina a eficácia; os valores e expectativas individuais, que determina a aceitabilidade; e os valores e expectativas sociais, que determina a legitimidade. Por um lado temos uma estrutura hospitalar constituída por setores dedicados ao tratamento de pacientes críticos e de alta complexidade – pronto-socorro e CTI – cada vez mais ampliada. De forma contrastante, há uma escassez de centros dedicados à formação de recursos humanos específicos para a área nos mais diversos níveis, desde a graduação, passando pela especialização e culminando com a pós-graduação e pesquisa. Esses fatores contribuem para a piora na qualidade da assistência ao paciente criticamente enfermo, com sérias repercussões sobre sua qualidade de vida e capacidade funcional, resultando em um significativo aumento da morbimortalidade. Sabe-se que dois fatores fundamentais para a melhora na qualidade do atendimento de pacientes criticamente enfermos é o trabalho em equipe multiprofissional e a comunicação no Pronto Socorro.  Seus papéis estão intimamente ligados, com propósitos significativos e comuns para melhorar a segurança do paciente, reduzindo os erros clínicos e reduzindo os tempos de espera. Neste sentido este projeto diferencia-se e inova trazendo a proposta de um seguimento em longo prazo, multiprofissional e em equipe do paciente gravemente enfermo, incluindo médico, enfermeiro, terapeuta ocupacional, fonoaudiólogo, farmacêutico, nutricionista e psicólogo.

Do ponto de vista científico os resultados provenientes deste estudo pode nos ajudar a entender melhor vários fatores que podem contribuir para a melhora do atendimento de pacientes criticamente enfermos. Além disso, o aluno de graduação e os preceptores dos diversos cursos terão contato com diversos aspectos importantes de cada especialidade. Considerando a mudança do Modelo de Atenção à Saúde no SUS, onde a atenção às condições agudas, atendidas dentro de um sistema fragmentado dá lugar à atenção às condições crônicas e agudas, com atendimento organizado dentro de uma Rede de Atenção, o objetivo da Rede de Atenção às Urgências e Emergências que visa articular e integrar todos os equipamentos de saúde para ampliar e qualificar o acesso humanizado e integral aos usuários em situação de Urgência e Emergência, e o desconhecimento sobre os resultados dos atendimentos realizados nas unidades que compõem a Rede de Atenção às Urgência e Emergências do município de Belo Horizonte, propõem-se a realização deste estudo.

1. Objetivos:

2.1. Avaliar os fatores prognósticos de mortalidade, morbidade e qualidade de vida dos pacientes adultos e pediátricos admitidos em situação de urgência ou emergência que necessitam de atendimento imediato em sala de emergência ou encaminhamento para Centro de Tratamento Intensivo. Estes pacientes serão acompanhados desde o seu atendimento inicial. Os pacientes serão acompanhados por um grupo multiprofissional composto de aluno/preceptor das seguintes áreas: medicina, enfermagem, terapia ocupacional, fonoaudiologia, farmácia, nutrição e psicologia.

2.2. Objetivos Específicos:

2.2.1. Avaliar o perfil clínico, demográfico e funcional dos pacientes em situação de Urgência/Emergência

2.2.2.Identificar fatores relacionados a funcionalidade e à dependência para atividades de vida diária básicas e instrumentais.

2.Atividades a serem desenvolvidas pelo aluno e preceptor:

  • Estudantes: identificação dos usuários, registro em ficha individual dos dados de identificação e contatos, acompanhamento do usuário em seu percurso durante o período de pesquisa. Ao final, registro e compilação dos dados do acompanhamento, sob supervisão do tutor/supervisor
  • Preceptor: orientação do estudante nas várias etapas do processo, discussão do caso e entrega de relatório final ao coordenador do projeto
  • Coordenador: registro do projeto, compilação final dos dados e entrega do projeto final.

3. Métodos e resultados esperados relacionados à IES e/ou aos serviços de saúde:

  • Métodos: pesquisa de campo, prospectivo, com preenchimento dos dados da admissão e acompanhamento.
  • Resultados esperados: conhecimento da trajetória do usuário atendido em caráter de urgência, desde o primeiro atendimento; identificação dos fatores de risco; identificação dos problemas relativos ao fluxo de pacientes.

4. Cenário(s) de práticas:

  • UPA Venda Nova, Hospital Risoleta Tolentino Neves (HRTN),
  • Pronto Atendimento do Hospital das Clínicas (HC), Hospital João XXIII.
Portfolio

Produção Científica