Novo artigo alerta para o perigo do rápido colapso dos Campos Rupestres!

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Os campos rupestres são complexos vegetacionais antigos, datando de milhares de anos e megadiversos que abrigam mais de 5000 espécies de plantas e um dos níveis mais altos de endemismo no mundo. Este ecossistema ímpar ocorre em solos pobres em nutrientes e sob condições ambientais extremas, em geral nas montanhas de quartzo e ferro de Minas Gerais e Bahia.  Os campos rupestres foram até o momento poupados das principais intervenções humanas de agricultura e pecuária intensiva. No entanto eles têm experimentado uma das mais extremas mudanças no uso da terra entre todos os ecossistemas brasileiros, sofrendo com políticas precárias que levam a intensas atividades de mineração, turismo descontrolado e construção de estradas mal planejadas. A descoberta de grandes reservas minerais, a adoção de políticas de conservação ineficazes e mudanças climáticas em curso estão ameaçando esse ecossistema. O artigo “The deadly route to collapse and the uncertain fate of Brazilian rupestrian grasslands” acaba de ser publicado no periódico Biodiversity and Conservation, liderado pelo Prof. Geraldo Wilson Fernandes e com participação do Prof. Ricardo Solar, ambos do ECMVS e  co-autorado por pesquisadores da UFMG, Unesp-Rio Claro e Stanford University, lança luz sobre as ameaças severas impostas pelas mudanças no uso da terra sobre os campos rupestres, modelando sua distribuição futura sob diferentes cenários de mudanças climáticas. O estudo inédito faz uma previsão catastrófica que, se não for interrompida, levará à perda de 82% desse ecossistema no futuro, impactando os serviços ecossistêmicos em escalas regionais, incluindo água e segurança alimentar, potencialmente afetando mais de 50 milhões de pessoas no Brasil.

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