Laboratório do curso de Engenharia de Minas. Foto: Pedro Antuña | Universidade Federal de Minas Gerais
O PrInt UFMG é composto por um conjunto de 28 projetos distribuídos nas quatro áreas temáticas mencionadas. As iniciativas traduzem alguns dos desafios contemporâneos que estimulam a discussão em diversas áreas do conhecimento.
Clique nas áreas abaixo para entender um pouco mais sobre cada um.
A discussão sobre desenvolvimento sustentável se destaca cada vez mais pelo mundo. Situações de inclusão e exclusão articulam-se diretamente a esse pensamento. Dessa forma, existe o consenso de que a redução das igualdades socioeconômicas é fundamental para a promoção do desenvolvimento, visando à promoção de convergências e soluções sustentáveis.
A UFMG realiza pesquisas na interface entre desenvolvimento e sustentabilidade, com foco nos processos de inclusão e exclusão, nas áreas de ciências sociais aplicadas, humanidades, engenharias e ciências da saúde. O projeto adota uma perspectiva transversal e de caráter transdisciplinar e tem como um dos objetivos abordar o desenvolvimento socioeconômico, a globalização e o desenvolvimento local e regional sustentáveis.
Ao longo das últimas décadas, mudanças relacionadas ao clima tornaram-se cada vez mais evidentes. Esse eventos representam uma grande ameaça para a humanidade, afetando a saúde, a segurança hídrica, alimentar e energética. Várias pesquisas já indicam que o aquecimento global impactará significativamente os ecossistemas e a biodiversidade.
A UFMG desenvolve pesquisas sobre mudanças climáticas na interface entre as áreas de demografia, ecologia e economia. O projeto tem um caráter interdisciplinar e irá discutir os impactos, vulnerabilidades, adaptação e políticas públicas, além dos efeitos das mudanças climáticas sobre a biodiversidade e os processos ecossistêmicos.
A modernidade contribuiu para a expansão de territórios e, consequentemente, para o estabelecimento de fronteiras entre países - complexo processo que acabou culminando na inclusão ou exclusão de pessoas em função de seu pertencimento a uma nação. As migrações também representam outra temática que pede por um olhar atento por parte de pesquisadores e líderes mundiais. Seja por razões econômicas, de segurança, religiosas ou profissionais, elas envolvem milhões de indivíduos em todo o mundo, tornando-se responsáveis por um fluxo crescente de dinheiro e dados.
A UFMG realiza pesquisa na interface entre fronteiras e migrações nas áreas de ciência política, demografia, economia, geografia, direito e história. O projeto adota uma perspectiva transdisciplinar e tem como objetivo discutir as fronteiras do trabalho e das tecnologias, a mobilidade espacial da população, além da dinâmica da economia mundial.
Mais da metade dos habitantes do planeta vivem em áreas urbanas, o que levanta questionamentos sobre o impacto ecológico que essas pessoas trazem para os territórios que habitam. São esses os espaços que abrangem o dia-a-dia das grandes comunidades, comportando perspectivas de trabalho, circulação econômica, produção de conhecimento, e opções de lazer, esporte e saúde.
A UFMG desenvolve pesquisas sobre a sustentabilidade de cidades e territórios nas áreas de arquitetura e urbanismo, ciências da computação, história, odontologia, saneamento, meio ambiente e recursos hídricos e saúde pública. O projeto tem caráter interdisciplinar e visa discutir a sustentabilidade, a preservação do meio ambiente, os territórios e a circulação de conhecimento do mundo moderno ao contemporâneo, além da geoinformática e computação urbana.
Recursos naturais compreendem todos os meios do ecossistema, renováveis ou não, que podem ser utilizados como matéria-prima para produção de qualquer bem industrializável ou na prestação de serviços para a humanidade. A conservação e o manejo sustentável dos recursos naturais em todas as escalas são de fundamental importância para a riqueza e o bem-estar da população mundial. No entanto, para preservação da biodiversidade e do meio ambiente, surge a necessidade de um novo paradigma de desenvolvimento socioeconômico mundial, focado no uso sustentável e otimização desses recursos.
A UFMG desenvolve pesquisas sobre recursos naturais nas áreas de biologia vegetal; microbiologia; ecologia; engenharia metalúrgica, de materiais e de minas; geografia; saneamento; meio ambiente e recursos hídricos; zoologia. O projeto adota uma perspectiva complementar às diversas áreas do conhecimento e apresenta como um dos objetivos a exploração e utilização de recursos naturais em equilíbrio com o meio ambiente.
O esgotamento das fontes de energia não renováveis e o impacto ambiental dos atuais processos de produção de energia representam um desafio urgente para a humanidade. Esta questão deve ser abordada considerando os sistemas de produção, armazenamento, fornecimento e uso eficiente da energia, além do aspecto cultural do pensamento orientado para a sustentabilidade.
A UFMG atualmente desenvolve pesquisas de fronteira em energia na interface entre as áreas de Ciência da Computação, Engenharia e Química. O projeto de pesquisa tem como objetivo desenvolver subprojetos relacionados às tecnologias eficientes de processos e equipamentos com fontes limpas de geração de energia, além do desenvolvimento de novas tecnologias para produção, conversão e armazenamento de energia.
A Biotecnologia compreende todos os processos tecnológicos que envolvem a utilização direta ou indireta de organismos para a produção de bens e serviços na agropecuária, indústria, saúde e meio-ambiente. O desenvolvimento de produtos e serviços biotecnológicos envolve atividades sinérgicas de pesquisa básica, aplicada e de desenvolvimento tecnológico, por isso a Biotecnologia é, essencialmente, uma área interdisciplinar e transversal. Ela é prioritária e indispensável para o desenvolvimento socioeconômico de qualquer nação.
A UFMG realiza pesquisas de fronteira em biotecnologia entre as áreas de Ciências Biológicas e da Saúde, Ciências Exatas e Engenharias. O projeto de pesquisa tem como um dos objetivos desenvolver subprojetos relacionados a biotecnologia aplicada à saúde humana e animal.
O setor de agro e bionegócios apresenta potencial para expansão e consolidação no Brasil, em virtude da extensão territorial, de características climáticas e da disponibilidade de recursos naturais, além de toda uma tradição de pesquisa científica básica e aplicada já desenvolvida no país. O setor tem um importante papel a desempenhar no que diz respeito à segurança alimentar da população mundial. Para isso, faz-se necessária a inclusão, na agenda de desenvolvimento do setor de agro e bionegócios, da dimensão da sustentabilidade - articulada com questões tais como a preservação ambiental e a redução dos impactos de mudanças climáticas.
A UFMG tem importante função no aprimoramento do agro e bionegócios, fortalecendo o desenvolvimento de tecnologia de ponta na área e a transferência desta tecnologia para empresas. A universidade realiza pesquisas relacionadas a esse setor nas áreas da Ciência Animal, de Alimentos e Direito. O projeto tem como objetivo a inovação e expansão do conhecimento em ciência animal; qualidade e segurança de alimentos; além da regulação em defesa agropecuária (direito agroalimentar).
As Ciências básicas estudam as propriedades de fenômenos da Natureza. Elas permitem entender o mundo em que vivemos e impulsionam o desenvolvimento de novas tecnologias para avançar na exploração e compreensão do nosso universo. Tais estudos são imprescindíveis para o desenvolvimento de teorias, experimentos e metodologias inovadoras na análise de sistemas complexos que ocorrem nas mais diversas escalas temporais e espaciais.
A UFMG desenvolve pesquisas de fronteira em áreas da ciência básica como Estatística, Física, Matemática e suas interfaces. O projeto visa discutir metodologias avançadas para análise de dados; formação e evolução de estrelas e planetas; entre outros temas.
Recentemente, diversos avanços tecnológicos possibilitaram a geração de grandes conjuntos de dados, referentes a diversos aspectos da natureza e da sociedade. A capacidade de explorar significativamente esses dados está sendo constituída, neste momento, nos campos de Inteligência Artificial e Big Data. Essa capacidade já está produzindo impactos significativos numa grande variedade de processos diários, permitindo o surgimento de sistemas que interagem com seres humanos em diferentes contextos e respondem a eventos em ambientes não estruturados.
A UFMG desenvolve pesquisas de fronteira em big data e inteligência artificial na interface entre as áreas de Ciência da Computação, Gestão e Organização do Conhecimento, Ciência Política e Comunicação Social. Este projeto pretende atuar em duas vertentes. A primeira no desenvolvimento de novas técnicas de big data e inteligência artificial, de forma a avançar a utilidade e desempenho das técnicas existentes. A segunda foca na sua aplicação nos mais variados campos das atividades humanas.
A indústria 4.0 é uma tendência contínua para a criação de plantas industriais visando ampliar a integração de peças para a construção de um sistema complexo, por sua vez capaz de responder às demandas externas e às mudanças internas de maneira rápida e flexível. Enquanto a terceira revolução industrial focou na automação e aquisição de dados; a Indústria 4.0 centra-se na conectividade, no tempo real e no uso de dados para a tomada de decisões autônomas e otimizadas.
O projeto apresenta três pilares: digitalização, sensorização e otimização. Seu objetivo é desenvolver novas tecnologias em cada um deles, para reduzir custos, melhorar a qualidade, aumentar a eficiência produtiva e maximizar o retorno financeiro e o benefício social dos processos de produção modernos.
Linguagens, em suas inúmeras variantes, configuram um tema complexo e um grande desafio contemporâneo. No século XXI, os vários tipos de linguagem humana evoluíram com novas formas e novos usos, refletindo mudanças em suas formas de produção, consumo e comunicação.
Este projeto tem como objetivo estudar como as diversas formas de linguagem operam e evoluem em um mundo cada vez mais conectado, mapeando o uso da linguagem oral e escrita em ambientes digitais assim como o uso de ferramentas computacionais para a produção e tradução automática de textos técnicos e coloquiais.
Mudanças sociais constantes e cada vez mais rápidas, além da emergência de novos atores e processos ao redor do mundo, fizeram com que a educação alcançasse preocupação global. A fim de conter a crescente ascensão de ideologias radicais e pôr fim a ocorrência de atos de violência, políticas educacionais e culturais foram incluídas em debates de alto nível desde o início do século XX, com vistas ao reforço da solidariedade e da paz.
A educação é um tema importante para as sociedades contemporâneas por seu potencial de evitar conflitos e criar caminhos alternativos para desafiar a globalização de capitais, a revolução das mídias de massa e das técnicas de comunicação e o advento de novas tecnologias e seu impacto massivo sobre a formação das pessoas - fato que pode acentuar a desigualdade social existente entre indivíduos e nações. O projeto tem como objetivo trabalhar a educação para a sustentabilidade; a formação de tecnologia social e educacional destinada à infância, juventude e instituições; e a formação de educadores e pesquisadores na área da saúde para o século XXI, entre outras temáticas.
A implementação de novas tecnologias - da idade da pedra à biologia molecular - baseia-se fundamentalmente no desenvolvimento de novos materiais. Afinal, produção e armazenamento de energia, processamento de informações, maquinarias e soluções biomédicas, entre outros, são baseados no uso das propriedades desses materiais. Dado o suprimento limitado de minerais e a ameaça do aquecimento global, novos materiais devem ser desenvolvidos para alcançar melhor eficiência energética e, ao mesmo tempo, causar menos impacto no meio ambiente. A nanotecnologia é o estágio mais avançado da ciência dos materiais, lidando com a matéria em nível molecular para permitir o controle de processos nessa escala ou para desenvolver materiais superiores em grande quantidade.
A UFMG desenvolve pesquisa de ponta em novos materiais e nanotecnologia na interface entre as áreas de Ciências da Computação, Ciências Farmacêuticas, Engenharias, Física, Odontologia e Química. O projeto busca desenvolver subprojetos relacionados a nanocomputação e nanotecnologia computacional; e desenvolvimento de materiais com propriedades avançadas para aplicações biomédicas, entre outras temáticas.
Cada cidade, independentemente do seu tamanho, tem o potencial de fomentar as suas atividades culturais e indústrias criativas, padrões sustentáveis, estruturas inteligentes e redes de conectividade, assim como bem-estar e princípios de igualdade de gênero, valores sociais e tradições políticas. Mais da metade dos habitantes do planeta estão assentados em áreas urbanas, enquanto cerca de 60% do PIB mundial está diretamente relacionado a eles.
A UFMG desenvolve pesquisa de referência sobre cidades e territórios na interface entre as áreas de Arquitetura e Urbanismo, Ciência da Computação, Direito, Economia, Estudos do Lazer, História, Geografia, Odontologia e Saúde Pública. Este projeto tem como objetivo desenvolver subprojetos relacionados a diálogos contemporâneos sobre urbanização, território, natureza e desenvolvimento; e políticas de esporte e lazer, entre outras temáticas.
O Brasil atravessa uma transição demográfica marcada pelo acentuado envelhecimento da população. Entre os segmentos populacionais, o que mais cresce são pessoas com 60 anos ou mais, número que deve alcançar a marca de 41,5 milhões no Brasil em 2030. Tal situação demanda o desenvolvimento de pesquisas e soluções inovadoras para melhorar a saúde e o bem-estar desse grupo. A UFMG desenvolve pesquisas relativas a várias questões do envelhecimento, especialmente planejadas para melhorar a qualidade de vida dessa população, envolvendo particularmente as áreas de ciências da reabilitação, ciências do esporte e odontologia.
Neste projeto, a Universidade pretende focar o cuidado integrado durante o envelhecimento, enfatizando principalmente os cuidados necessários à saúde bucal nessa faixa etária e o papel das atividades físicas para a manutenção e o desenvolvimento integrado do corpo humano ao longo dos ciclos da vida. Serão desenvolvidas, ainda, colaborações internacionais que permitam interpretar as complexas interações entre a dinâmica demográfica e o envelhecimento, sob as óticas do estado, mercados e famílias.
A capacidade de explorar significativamente um conjunto de dados gerados sobre vários aspectos da natureza e da sociedade vem constituindo, neste momento, os campos de Inteligência Artificial e Big Data. Tais estudos podem ser empregados para a análise e interpretação de grandes bases de dados nas áreas de saúde e da biologia.
A utilização dessa grande massa de registros pode gerar informações consistentes para comparar práticas clínicas e trajetórias assistenciais e, por sua vez, orientar a política, o planejamento e gestão dos serviços de saúde. A UFMG vem protagonizando pesquisas de grande relevância utilizando Big Data e Inteligência Artificial nas áreas de bioinformática e saúde pública e na gestão e organização do conhecimento. Este projeto pretende promover a integração de dados para a interpretação de sistemas biológicos complexos, com foco nos dados do paciente, para a avaliação epidemiológica, econômica e de trajetórias assistenciais no Sistema Único de Saúde (SUS).
No Brasil, as doenças crônicas não transmissíveis constituem um problema de saúde responsável por 72% das mortes, relacionadas principalmente a problemas cardiovasculares e respiratórios, câncer e diabetes. Estas doenças também são agravadas pelo envelhecimento da população. Conhecer a ocorrência, a magnitude e a distribuição das doenças crônicas e de seus principais fatores de risco no país, bem como identificar os seus determinantes econômicos, sociais e ambientais, são partes do trabalho de vigilância epidemiológica que depende, continuamente, das pesquisas.
Este projeto tem como foco discutir a história natural das doenças crônicas e seus determinantes sociais, comportamentais, biológicos e genéticos durante o curso de vida, além da prevenção dessas enfermidades por meio da nutrição adequada.
O Brasil tem sofrido com diversos indicadores negativos referentes a doenças emergentes e negligenciadas. O país é um dos que têm maior número de casos de tuberculose, com cerca de 69 mil casos novos. Além disso, aproximadamente 800 mil brasileiros vivem com o HIV. Doenças parasitárias, consideradas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como negligenciadas pelos governos e empresas farmacêuticas, são agravadas pelo grande número de pessoas vivendo em situação de pobreza nas cidades e causando elevação das taxas de morbidade e mortalidade da população. Em nível mundial, mais de um bilhão de pessoas em 149 países sofrem dessas doenças negligenciadas.
A UFMG tem ampla e destacada atuação na temática deste projeto, incluindo as áreas de análises clínicas e toxicológicas, bioinformática, ciência de alimentos, fisiologia e farmacologia, microbiologia, ciências da computação, infectologia e medicina tropical, parasitologia e patologia.
Da assistência médico-farmacêutica à prevenção de doenças, as políticas públicas sobre saúde têm elevada repercussão mundial e ocupam lugar de destaque na imprensa internacional. O mundo tem assistido ao aumento na incidência de doenças crônicas e degenerativas, paralelamente ao aumento da expectativa de vida das populações. Doenças virais tidas como controladas têm causado surtos em vários países, notadamente no Brasil, colocando a população mundial em constante estado de preocupação e alerta.
Nesse panorama de instabilidade e de ameaças aos sistemas de saúde dos diversos países, faz-se necessário pesquisas que indiquem as melhores práticas a serem adotadas pelos gestores no sentido de prevenir epidemias que não respeitam limites territoriais nem culturais.O projeto pretende executar o planejamento e preparo de novos medicamentos para tratamento de doenças crônicas, emergentes e negligenciadas, além de linhas de pesquisa que já vêm sendo desenvolvidas há longo tempo na instituição e que já contam com a participação de colaboradores internacionais.
A disponibilidade de todos os tipos de dados sobre tudo e todos aumenta os problemas de segurança, privacidade e aspectos legais e sociais do uso destas informações em conjunto com tecnologias de Inteligência Artificial. Tais tecnologias têm gerado reflexões sobre os conflitos envolvendo direitos fundamentais, políticas governamentais e poder corporativo em escala transnacional em um cenário ultra conectado, onde a coleta, a geração e o processamento de informação é amplamente acessível para indivíduos e estado.
Na UFMG, desenvolve-se pesquisa de destaque sobre implicações sociais ligadas a Big Data e inteligência artificial nas áreas de Comunicação Social e Direito. O projeto pretende desenvolver e discutir, por exemplo, os regimes de poder e memória nas plataformas digitais contemporâneas; o direito, o trabalho e as tecnologias; as interfaces entre privacidade e as transferência de dados na ordem global; e a inovação da tecnologia de informação em processos decisórios.
A multiplicidade de vozes que dão forma à tradição, à cultura e à arte nos colocam necessariamente diante de um fenômeno plural. Tradição é o que o passado nos entrega e que passamos adiante. Trata-se de um processo de construção contínua, cuja questão central encontra-se na ressignificação de sentidos. A cultura, nas múltiplas acepções do termo, nos diz como, coletivamente, as sociedades humanas conhecem o mundo e nele se expressam, sendo o ramo das artes um dos exemplos mais diretos dessa expressão.
Dentro dessa particular combinação de saberes, o tema toma forma como um esforço de pesquisa verdadeiramente interdisciplinar e internacional, no qual se discutem questões muito variadas que se estendem desde as reflexões sobre arte, educação e políticas da imagem, até debates sobre formas alternativas de produção ou crises sociopolíticas e ambientais.
Violências podem surgir em formas e contextos variados, podendo ser direcionada contra diferentes sujeitos. Conflitos se referem a uma variedade de situações, tais como uma divergência de ideias ou de interesses, uma disputa legal ou um confronto armado. A regulação, visto como estabelecimento de normas, pode ser aplicada à conduta de qualquer pessoa física ou jurídica.
Este projeto, por meio de uma perspectiva multidisciplinar, procura discutir a produção do espaço, as desigualdades, as dinâmicas sociais, a violência econômica, a sociabilidade em suas múltiplas dimensões, a convivência multicultural nas cidades e a tolerância política.
O estado e a sociedade se encontram em constante interação na formulação de políticas públicas que, por sua vez, podem ser compreendidas como um conjunto de processos (formulação, tomada de decisão e implementação) de projetos ligados à saúde, educação, segurança, preocupações sociais, defesa, assuntos externos, ambiente, energia, trabalho, etc.
Neste projeto serão abordados estudos que avaliam regimes políticos de fundamental importância para explicar ou prever comportamentos sociais. Serão investigadas questões contemporâneas, tais como: democracia, políticas públicas, desenvolvimento, direitos humanos e legitimidade política, culturas, entre outras. Serão também abordadas questões mais específicas, como a perspectiva comparada de regimes políticos na América Latina, nos EUA e na Europa.
A experiência de grupos sociais vulneráveis tem sido marcada por crescentes processos de violência, exclusão e invisibilidade. A identidade e memória são dimensões centrais para compreender tanto os processos de violação de direitos quanto os de reconhecimento e inclusão desses grupos. Tais preocupações têm exigido a realização de análises que levem em conta os múltiplos fenômenos da linguagem, tais como os gêneros textuais/discursivos e os discursos materializados em textos que se manifestam em diferentes instâncias sociais. Dessa forma, o projeto adota uma perspectiva interdisciplinar e pretende compreender como acontece a produção de invisibilidades e desqualificações de grupos vulneráveis.
Cidades e territórios são plataformas para o cultivo de saúde pública e bem-estar, para disseminação de princípios de igualdade de gênero e de proteção aos direitos fundamentais, para a promoção de valores sociais e de tradições políticas. Cientes de tal importância, agências internacionais têm se empenhado em promover, ano após ano, uma série de cidades, territórios e sítios específicos como espaços para vigilância e preservação, em razão de sua posição representativa do patrimônio histórico, cultural e arquitetônico da humanidade. Esses espaços devem ser pensados, portanto, como bases para a projeção do direito humano a um meio ambiente sustentável, passível de ser conhecido e desfrutado pelas gerações atuais e futuras.
Adotando uma perspectiva multidisciplinar, o projeto tem como objetivo abordar as seguintes temáticas: tempo, espaço e direito; urbanização, território, natureza e desenvolvimento; políticas de esporte e lazer; acessibilidade e apropriações dos espaços públicos e privados no Brasil e na Europa; cultura, ecologia e política no Brasil e no mundo; territorialidades e humanidades.
A globalização da educação traz consigo a comercialização da educação como um desafio urgente e importante a ser enfrentado. A pluralidade dos sistemas educacionais pode ser ameaçada na medida em que a educação não é vista como direito humano, mas, em lugar disso, tratada como produto a ser incluído no portfólio de empresas e países estrangeiros.
A UFMG desenvolve pesquisas no campo da educação como direito humano nas áreas de comunicação social, educação, estudos linguísticos, estudos do lazer, geografia, história e música. Adotando uma perspectiva interdisciplinar, o projeto visa discutir temáticas ligadas à educação para a sustentabilidade, institucionalização da infância, análise de práticas dialógicas, alfabetização, letramento e cultura escrita; dentre outras.
