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5º Fórum Brasileiro de Museus Universitários debate ‘experiências internacionais

segunda-feira, 15 de outubro de 2018, às 14:29
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Jill Hartz da Association of Academic Museums and Galleries (AAMG) – Foto: Bruna Diana

Experiências internacionais de redes de museus universitários. Esse foi o título de uma das mesas desta quarta-feira, do  5º Fórum Permanente de Museus Universitários, da qual participaram Jill Hartz, presidente emérita da Associação Nacional de Museus e Galerias Acadêmicas (AAMG),  Sébastien Soubiran, presidente da European Academic Heritage Network (Universeum),  e Marcus Granato, secretário do Comitê Internacional do ICOM para os Museus e Coleções Universitárias. A mediação foi feita pelo do professor Yurij Castelfranchi, titular da Diretoria de Divulgação Científica da UFMG.

Hartz compartilhou experiências vivenciadas como diretora executiva do Museu de Arte  na Universidade de Oregon, também foi diretora do Museu de Arte da Universidade da Virgínia em Charlottesville e no Museu de Arte na Universidade de Cornell. Segundo ela, a difusão permanente do conhecimento passa pelos museus e não há outra forma mais dinâmica. “As universidades têm que entender que isto é estratégico na relação universidade-sociedade”.

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Sébastien Soubiran – Foto: Bruna Diana

Em seguida foi a vez de Sébastien Soubiran presidente da European Academic Heritage Network (Universeum, uma rede européia criada em 2000 que se  preocupa com a herança acadêmica em seu sentido amplo, tangível e intangível). Soubiran demonstrou preocupação com o momento político enfrentando pelo País  e possíveis riscos ao que se refere à preservação e valorização dos museus universitários.  “Estou preocupado e me solidarizo com o que está acontecendo neste momento no País e até por isso creio que os museus, bem como as questões de valorização do patrimônio serão imprescindíveis neste momento tão importante”, exprimiu.

Sebástien destacou três características dos museus universitários na Europa, quais sejam: 1) foram os primeiros a  iniciar com as coleções de coletâneas; 2) diversidade dessas coletâneas e 3)  mesmo tendo um bom levantamento ainda é difícil quantificá-los pois a Europa possui um  número expressivo de museus universitários (só na Alemanha são mais de 300 e na França, mais de 100 e a Sérvia com pouco mais de 7 milhões de habitantes, possui 24 museus universitários).

Soubiran criticou o imaginário do Ministério da Cultura francês provocando: “O que é um museu para o Ministério da Cultura francês? Por que não estamos no quadro?  Porque alguns museus estão e outros não?”. Ele também afirmou que “ainda é difícil para as universidades abraçarem seu papel de incluir a preservação do patrimônio como parte de sua missão”, apontou.

O 5º Fórum Brasileiro de Museus Universitários, acontece na UFMG até 11 de outubro de 2018. Organizado pela  Rede de Museus e Espaços de Ciências e Cultura da UFMG, constituída por espaços autônomos, que somam esforços e otimizam recursos para dotar seus integrantes de maior organicidade no planejamento e execução de projetos. A estruturação em rede também favorece a qualificação das ações e a ampliação do atendimento ao público, composto pela comunidade universitária, estudantes da educação básica e pela população em geral.

Confira a cobertura fotográfica do evento

Redação: Zirlene Lemos