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Nº 1312 - Ano 27 - 04.04.2001

 

Projeto da Engenharia Elétrica

reduz consumo de energia em 20%

desperdício de energia elétrica, aliado à falta de chuvas, pode provocar, em breve, um racionamento em Minas Gerais e em outros estados do Brasil. Mas, antes de este alarme ser dado pelo governo, um projeto desenvolvido pelo professor Manuel Losada y Gonzalez, do departamento de Energia Elétrica da Escola de Engenharia, conseguiu uma redução de 20% no consumo de energia no Pavilhão Central de Aulas (PCA), antigo prédio do ICEx. O trabalho foi desenvolvido em conjunto com os alunos da disciplina Conservação de Energia, no semestre passado.

Para chegar a este resultado, os alunos do professor Losada fizeram diagnósticos sobre o consumo de luz nos quatro prédios que compõem a Escola de Engenharia: os dois do complexo da Unidade na região central da capital; o Centro de Pós-Graduação em Engenharia Elétrica; e o Pavilhão Central de Aulas (PCA), os dois últimos no Campus Pampulha.

O PCA foi o primeiro laboratório do projeto. O levantamento mostrou que salas de aula, gabinetes, corredores e secretarias poderiam sofrer modificações no sistema de iluminação sem prejuízo para os ambientes de estudo e trabalho.

A diretoria da Unidade aproveitou o início das férias de fim de ano para iniciar a reforma, que será concluída este mês.

Três alterações foram feitas: redução de 50% das lâmpadas fluorescentes nos corredores do segundo andar; instalação de mais um interruptor por gabinete de professor (cerca de 50 no total) e reconfiguração de outros já existentes. As duas últimas modificações permitem, por exemplo, que sejam acesas apenas determinadas fileiras de lâmpadas. Até então, todas as luminárias eram acionadas.

O desperdício de energia no PCA era grande antes das mudanças. "Num gabinete para dois professores, havia apenas um interruptor para todas as quatro calhas de luminárias. Agora, tais ambientes possuem dois interruptores, o que permite deixar dois conjuntos de lâmpadas apagadas quando apenas um professor estiver ocupando a sala", exemplifica Losada. Ele informa que também serão trocadas lâmpadas de 40 watts por outras de 20 watts nas salas de aula e nos laboratórios, medida que reduzirá o aquecimento e melhorará as condições ambientais do prédio. "Com a redução da conta, passaremos a ter condições de investir em lâmpadas mais eficientes e econômicas num futuro próximo", conclui o professor.

 

 

Música sediará encontro nacional de pós-graduação

Letícia Orlandi

Escola de Música da UFMG sediará, de 23 a 27 de abril, o XIII Encontro da Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Música (Anppom), com o tema Música no Século XXI: Tendências, perspectivas e paradigmas.

Segundo o professor Lucas José Bretas dos Santos, coordenador do Colegiado de Pós-Graduação da Escola de Música e do encontro da Anppom, essa edição aprofundará a discussão das interfaces de várias áreas de conhecimento, como a musicoterapia, que associa a música à medicina e à psicologia, e a semiótica, que traz novas formas de leitura e linguagem. "As linhas de pesquisa não podem ser compartimentos estanques. As subdivisões eram necessárias no início, quando a área estava se estruturando. A tendência agora é de convergência", afirma o coordenador.

O encontro contará com representantes de países da América Latina, dos Estados Unidos, Canadá, Grã-Bretanha e Bélgica. Mais de 150 comunicações de pesquisa chegaram à coordenação do encontro, sendo que 77 foram aprovadas. "É um número surpreendente, que revela a expansão da pesquisa e da pós-graduação em Música no país", afirma Bretas.

Para o professor, os encontros anuais possibilitam a troca de informações entre os programas de pós-graduação. No Brasil, há três cursos de doutorado e nove de mestrado, que qualificam o corpo docente das universidades e complementam a formação de músicos profissionais. "Além de saber ´fazer´ música, é importante que se saiba falar sobre música. Trata-se do casamento entre arte e ciência, pois une uma metodologia de apresentação de trabalhos às habilidades musicais dos alunos", explica Bretas.

De acordo com Lucas Bretas, a proposta de sediar o evento reflete a disposição da UFMG de se firmar como pólo gerador de produção artística e científica. Seu programa de mestrado em Performance Musical, fundado em 1999, foi recomendado pela Fundação Capes em setembro de 2000.

A primeira turma, com cinco alunos, concluirá os trabalhos este semestre. Alguns artigos foram aprovados para a publicação nos anais do encontro. "O curso é recente, mas quer marcar presença e figurar entre os melhores", conclui Bretas.

Evento: XIII Encontro da Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Música

Inscrições: Fundep (www.fundep.ufmg.br) Palestras e recitais serão abertos ao público.