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Nº 1429 - Ano 30 - 11.3.2004

 

Pró-Reitor defende "economia inteligente"


conomizar energia elétrica em instituições de grande porte implica muito mais que desligar lâmpadas e aparelhos de ar-condicionado. Para adotar medidas de economia inteligente, com maior impacto nos custos, é necessário que se faça uma análise do perfil de cada unidade de consumo, trabalho para profissionais especializados em racionalização. Com base nessa análise, eles oferecem propostas para otimizar o consumo de energia por horário, aproveitando tarifas mais baratas.

O pró-reitor de Administração, Luiz Felipe Vieira Calvo, informa que a contratação de engenheiros eletricistas para a realização dessa tarefa já foi proposta pela Pró-Reitoria de Administração. Para ele, "é preciso inteligência na coleta das informações, no seu tratamento e também na elaboração de políticas. É um trabalho de médio prazo, que não foi feito até hoje por falta de pessoal e de verbas", lamenta.

Mas o Pró-Reitor informa que, para enfrentar a atual restrição orçamentária, foram adotadas medidas emergenciais - diminuição de 50% na iluminação interna dos prédios e desligamento de todos os aparelhos de ar-condicionado de conforto -,o que resultou numa economia de 20%.

Luiz Felipe Calvo acaba de propor que a Reitoria atribua a um departamento acadêmico a tarefa de avaliar o perfil de consumo da Universidade. "Na Universidade Federal de Pernambuco e na USP, por motivos análogos - falta de pessoal técnico e administrativo - as reitorias destacaram docentes para executar um programa de racionalização do consumo de energia elétrica e de água", compara.

E-mail estimula participação

A comunidade universitária está sendo convocada a participar do esforço de superação da crise orçamentária, com sugestões para economizar despesas. A partir de agora, professores, estudantes e servidores podem enviar, pelo endereço eletrônico economize@ufmg.br, sugestões práticas para economia em diversos setores de atividade da UFMG. As sugestões serão recolhidas e analisadas pela Pró-Reitoria de Planejamento, que as encaminhará aos setores competentes, para implementação.

As pessoas podem, por exemplo, denunciar desperdícios, como vazamentos de água ou corredores e salas que fiquem com lâmpadas acesas desnecessariamente. "O relato de fatos como estes e outras sugestões podem ajudar as unidades acadêmicas e administrativas a fazerem ajustes necessários", defende o pró-reitor de Administração, Luiz Felipe Vieira Calvo.

Economia esperada em 2004


Telefonia: R$ 109 mil, devido a novas regras, que limitam, em cada setor da Administração Central (Reitoria, Unidade Administrativa II e Unidade Administrativa III, órgãos suplementares, auxiliares e complementares), o número de linhas autorizadas a fazer ligações interurbanas e para celulares

Economia esperada em 2004

Energia elétrica: R$ 1,5 milhão, com o desligamento de lâmpadas e de condicionadores de ar de conforto na Administração Central e nas unidades acadêmicas

Redução de pessoal terceirizado: R$ 777 mil na Administração Central e R$ 390 mil na área de desenvolvimento de sistemas de gestão da informação

Combustível: R$ 130 mil, com a redução das cotas de consumo para cada unidade administrativa ou acadêmica

Reprografia, correio e material de consumo, na Administração Central: R$ 113 mil

Editora UFMG: R$ 100 mil

Gastos com pessoal

Atualmente, a UFMG gasta com pessoal terceirizado R$ 18 milhões por ano - o que equivale a cerca de 50% dos recursos de custeio - assim distribuídos:

Portaria e segurança: R$ 8,6 milhões

Limpeza: R$ 3,4 milhões

Pessoal para manutenção predial e de áreas verdes: R$ 5,5 milhões

Outras funções: R$ 4 milhões

 

Bolsas acadêmicas

Antes de fazer ajustes em outras áreas, a Universidade reduziu o número e a duração anual das bolsas acadêmicas que distribui aos alunos dos cursos de graduação.

Em 2003, foram distribuídas 946 bolsas acadêmicas de graduação e extensão, todas com duração de dez meses, num total de R$ 2,3 milhões. Este ano, a UFMG gastará R$ 1,6 milhão com bolsas. A economia de 29% foi conseguida com a redução na quantidade (de 946 para 812 bolsas) e na duração (736 bolsas passarão a vigorar por oito meses). O valor mensal de R$ 241,50 para cada bolsista foi mantido.