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UFMG cria centro de estudos sobre
educação superior
Fiorenza Carnielli
lanejar
a atuação da Universidade em médio e longo prazos para
atender às demandas da sociedade e vislumbrar questões emergentes.
Essa é a missão do Centro de Estudos de Políticas Públicas
e Educação Superior (Cespe) da UFMG, criado em dezembro de
2003 pela Portaria 3.859 e vinculado à Pró-Reitoria de Planejamento.
O Centro reúne pesquisadores de diferentes áreas do conhecimento
para o desenvolvimento de estudos e pesquisas nas áreas de educação
superior e de políticas públicas. Há estudiosos de
diferentes unidades da UFMG, como as faculdades de Filosofia e Ciências
Humanas, de Ciências Econômicas, de Educação e
o Instituto de Ciências Exatas.
“É comum, nas universidades, que as pró-reitorias de
Planejamento se ocupem prioritariamente da gestão dos recursos financeiros
e não tenham a atividade rotineira de planejar”, afirma Mauro
Braga, chefe de gabinete e diretor provisório do Centro, ao justificar
a vinculação institucional do Cespe ã Pró-Reitoria
de Planejamento.
Na avaliação da professora Ângela Dalben, diretora da
FaE e integrante do Conselho Diretor do órgão, a Universidade
precisa pensar o seu futuro e o da sociedade em que está inserida.
“O momento é propício ao levantamento de temas emergentes.
E para isso a participação da comunidade acadêmica é
essencial”, acrescenta a professora.
Inclusão
A primeira tarefa do Centro será elaborar estudos que tracem estratégias
para inclusão social nos processos de seleção das instituições
de ensino público. Um seminário sobre o tema está sendo
organizado para o segundo semestre deste ano. O Cespe também pretende
preparar um censo dos estudantes, a partir dos dados fornecidos pelos aprovados
no Vestibular, que vai gerar um banco de dados dos alunos de graduação
da UFMG.
Outra iniciativa será o levantamento do perfil de atuação
profissional dos ex-alunos. “Queremos dotar o planejamento da UFMG
de informações que possibilitem pensar o futuro da Universidade”,
afirma Mauro Braga.
Para o Diretor do Cespe, o século 20 foi marcado pela verticalização
do ensino, que resultou no crescente aprofundamento das especialidades.
“Essa tendência começou a mudar e a Universidade agora
precisa criar mecanismos que incentivem a associação de áreas
diferentes do conhecimento” afirma o chefe de gabinete.
De acordo com a Portaria 3.859, assinada pela reitora Ana Lúcia Gazzola
e que cria o Cespe, o órgão funcionará experimentalmente
por dois anos, ficando sua implantação definitiva sujeita
à avaliação dos resultados alcançados ao longo
do período.
Os professores interessados em se associarem ao Cespe deverão encaminhar
mensagem ao correio eletrônico olinda@ufmg.br
Abertas inscrições para representação
em Colegiado Especial
Estão abertas, aos cursos de graduação,
através de edital, as indicações de representantes
ao Colegiado Especial de Educação Básica e Profissional
da UFMG. “A presença destes cursos no Colegiado é fundamental,
sobretudo neste momento em que será necessário construir um
novo modo de ação do ensino nesses dois níveis, integrando-os
com a graduação”, diz a pró-reitora Cristina
Augustin.
O atendimento ao edital é, segundo a pró-reitora, uma ação
política que não se esgota na decisão do professor
de se apresentar. Os colegiados e os departamentos de curso devem se articular
para indicar nomes, uma vez que a proposta tem caráter institucional.
Criado no início do ano por resolução do Conselho Universitário
e instalado em 21 de maio, no Colégio Técnico (Coltec), campus
Pampulha, o Colegiado é vinculado à Câmara de Graduação.
O novo órgão é a instância que organizará
a educação básica e profissional na Universidade, não
mais como área isolada, mas como ambiente de novas proposições,
articulações pedagógicas e avanço do conhecimento.
Compete ao Colegiado, entre outras funções, elaborar os currículos
dos cursos da Escola Fundamental do Centro Pedagógico, do Colégio
Técnico, do Teatro Universitário, do Programa de Formação
de Auxiliares de Enfermagem (Profae) e do curso técnico em Agronomia,
que funciona no campus Montes Claros, além dos projetos de educação
de jovens e adultos.
O órgão também terá a incumbência de propor
procedimentos de matrícula, reopção, transferência,
dispensa e inclusão de atividades acadêmicas curriculares,
bem como elaborar e atualizar proposta de inserção das atividades
dos cursos no controle acadêmico centralizado, de responsabilidade
do Departamento de Registro e Controle Acadêmico (DRCA).
A professora Maria Cristina Ferreira, do departamento de Matemática
do Instituto de Ciências Exatas, é a primeira coordenadora
do Colegiado. Indicada pela pró-reitora Cristina Augustin, ela cumprirá
mandato de dois anos.
O edital estará disponível na página da Prograd (www.ufmg.br/prograd).
Legenda: Braga: Cespe planejará
a Universidade
Foto: Foto Lisboa