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Nº 1442 - Ano 30 - 10.6.2004

UFMG cria centro de estudos sobre
educação superior

Fiorenza Carnielli

lanejar a atuação da Universidade em médio e longo prazos para atender às demandas da sociedade e vislumbrar questões emergentes. Essa é a missão do Centro de Estudos de Políticas Públicas e Educação Superior (Cespe) da UFMG, criado em dezembro de 2003 pela Portaria 3.859 e vinculado à Pró-Reitoria de Planejamento.

O Centro reúne pesquisadores de diferentes áreas do conhecimento para o desenvolvimento de estudos e pesquisas nas áreas de educação superior e de políticas públicas. Há estudiosos de diferentes unidades da UFMG, como as faculdades de Filosofia e Ciências Humanas, de Ciências Econômicas, de Educação e o Instituto de Ciências Exatas.

“É comum, nas universidades, que as pró-reitorias de Planejamento se ocupem prioritariamente da gestão dos recursos financeiros e não tenham a atividade rotineira de planejar”, afirma Mauro Braga, chefe de gabinete e diretor provisório do Centro, ao justificar a vinculação institucional do Cespe ã Pró-Reitoria de Planejamento.

Na avaliação da professora Ângela Dalben, diretora da FaE e integrante do Conselho Diretor do órgão, a Universidade precisa pensar o seu futuro e o da sociedade em que está inserida. “O momento é propício ao levantamento de temas emergentes. E para isso a participação da comunidade acadêmica é essencial”, acrescenta a professora.

Inclusão

A primeira tarefa do Centro será elaborar estudos que tracem estratégias para inclusão social nos processos de seleção das instituições de ensino público. Um seminário sobre o tema está sendo organizado para o segundo semestre deste ano. O Cespe também pretende preparar um censo dos estudantes, a partir dos dados fornecidos pelos aprovados no Vestibular, que vai gerar um banco de dados dos alunos de graduação da UFMG.

Outra iniciativa será o levantamento do perfil de atuação profissional dos ex-alunos. “Queremos dotar o planejamento da UFMG de informações que possibilitem pensar o futuro da Universidade”, afirma Mauro Braga.
Para o Diretor do Cespe, o século 20 foi marcado pela verticalização do ensino, que resultou no crescente aprofundamento das especialidades. “Essa tendência começou a mudar e a Universidade agora precisa criar mecanismos que incentivem a associação de ­áreas diferentes do conhecimento” ­afirma o chefe de gabinete.

De acordo com a Portaria 3.859, assinada pela reitora Ana Lúcia Gazzola e que cria o Cespe, o órgão funcionará experimentalmente por dois anos, ficando sua implantação definitiva sujeita à avaliação dos resultados alcançados ao longo do período.

Os professores interessados em se associarem ao Cespe deverão encaminhar mensagem ao correio eletrônico olinda@ufmg.br

Abertas inscrições para representação
em Colegiado Especial

Estão abertas, aos cursos de graduação, através de edital, as indicações de representantes ao Colegiado Especial de Educação Básica e Profissional da UFMG. “A presença destes cursos no Colegiado é fundamental, sobretudo neste momento em que será necessário construir um novo modo de ação do ensino nesses dois níveis, integrando-os com a graduação”, diz a pró-reitora Cristina Augustin.

O atendimento ao edital é, segundo a pró-reitora, uma ação política que não se esgota na decisão do professor de se apresentar. Os colegiados e os departamentos de curso devem se articular para indicar nomes, uma vez que a proposta tem caráter institucional.

Criado no início do ano por resolução do Conselho Universitário e instalado em 21 de maio, no Colégio Técnico (Coltec), campus Pampulha, o Colegiado é vinculado à Câmara de Graduação. O novo órgão é a instância que organizará a educação básica e profissional na Universidade, não mais como área isolada, mas como ambiente de novas proposições, articulações pedagógicas e avanço do conhecimento.

Compete ao Colegiado, entre outras funções, elaborar os currículos dos cursos da Escola Fundamental do Centro Pedagógico, do Colégio Técnico, do Teatro Universitário, do Programa de Formação de Auxiliares de Enfermagem (Profae) e do curso técnico em Agronomia, que funciona no campus Montes Claros, além dos projetos de educação de jovens e adultos.

O órgão também terá a incumbência de propor procedimentos de matrícula, reopção, transferência, dispensa e inclusão de atividades acadêmicas curriculares, bem como elaborar e atualizar proposta de inserção das atividades dos cursos no controle acadêmico centralizado, de responsabilidade do Departamento de Registro e Controle Acadêmico (DRCA).

A professora Maria Cristina Ferreira, do departamento de Matemática do Instituto de Ciências Exatas, é a primeira coordenadora do Colegiado. Indicada pela pró-reitora Cristina Augustin, ela cumprirá mandato de dois anos.

O edital estará disponível na página da Prograd (www.ufmg.br/prograd).

Legenda: Braga: Cespe planejará a Universidade
Foto: Foto Lisboa