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Nº 1463 - Ano 31 - 18.11.2004

As visões do Vale


papel e a relevância das iniciativas desenvolvidas pela Universidade no Vale do Jequitinhonha serão debatidos, na sala de sessões da Reitoria, a partir das 14 horas do dia 26 de novembro. Promovido pelo Programa Pólo de Integração da UFMG no Vale do Jequitinhonha , o seminário Visões do Vale reunirá estudantes, funcionários e professores ligados às cinco frentes de atuação do projeto: Saúde, Cultura, Educação, Meio Ambiente e Geração de Ocupação e Renda. O evento contará, ainda, com a presença de pesquisadores e autoridades nacionais especializados no estudo de potencialidades e problemas da região.

"Este é o nosso momento de reflexão. O seminário permitirá a discussão sobre o sentido do trabalho da UFMG no Vale. Debateremos a visão de cada projeto ou grupo em relação ao Jequitinhonha", ressalta Maria das Dores Nogueira, a Marisinha, pró-reitora adjunta de Extensão da UFMG e coordenadora do Pólo de Integração. A primeira mesa-redonda do seminário, mediada por Marisinha, discutirá o tema central do seminário: as visões do Vale. O debate contará com as presenças de Argileu Martins da Silva, do Ministério de Desenvolvimento Agrário, do geólogo Fernando Oliveira, da Agência Nacional de Águas, e dos professores da UFMG, Roberto Nascimento e Luiz Guilherme Knauer.

UFMG prepara-se para criar
licenciaturas a distância

UFMG prepara-se para oferecer, a partir do segundo semestre letivo de 2005, cursos de graduação a distância, na modalidade Licenciatura, para cidades do interior de Minas Gerais. Em processo de tramitação, a proposta pretende levar, de início, os cursos de Ciências Biológicas e Química a dois pólos regionais: Teófilo Otoni, na região do Mucuri, e Araçuaí, no Vale do Jequitinhonha.

Ampliar o número de cursos oferecidos e os municípios beneficiados é meta a ser atingida em curto prazo. "Escolhemos Biologia e Química, as duas áreas que primeiro se interessaram, e esperamos ampliar o programa para outros cursos", diz a reitora Ana Lúcia Gazzola. Ela lembra que o Brasil tem carência de 250 mil professores em ensino de Ciências _ áreas de Física, Química, Matemática e Biologia.

Duas comissões estão elaborando os projetos pedagógicos dos cursos e o modelo de Educação a Distância (EAD) a ser implantado. Segundo a reitora, esse modelo precisa ser construído com critério. "Não se trata de filmar aula presencial e transformá-la em aula a distância. Além disso, temos que avançar com a mesma qualidade e rigor que marcam nossas atividades acadêmicas", defende a reitora.

Segundo a professora Maria do Carmo Vila, uma das coordenadoras do projeto, "trabalhar com EAD exige muito planejamento" e o modelo a ser adotado levará em conta os recursos humanos e materiais disponíveis na UFMG e em cada região onde os cursos serão implantados.

Paralelamente ao trabalho das comissões, outras medidas estão em andamento, como a criação de um Centro de Apoio à Educação a Distância, no campus Pampulha, e uma negociação com a Secretaria de Ciência e Tecnologia do Estado de Minas Gerais, para utilização da estrutura dos Centros Vocacionais Tecnológicos nas cidades-pólo. "Nesses locais, cedidos pelo governo do Estado, a UFMG vai agregar um Centro de Apoio com laboratórios de Química e Biologia, biblioteca, secretaria administrativa, salas de atendimento aos alunos e sala para tutoria", explica Maria do Carmo Vila.

Seleção

A pró-reitora de Graduação, Cristina Augustin, comenta que a escolha dessas cidades para iniciar a oferta dos cursos não foi aleatória. "São áreas do estado ainda não integradas a pólos de desenvolvimento e onde não há instituições públicas de ensino superior", afirma. Cristina Augustin ressalta a relevância social do projeto, que funcionará como instrumento para ampliar o acesso ao ensino superior e fixar os profissionais na região.

Apenas moradores dos municípios das áreas de abrangência das cidades-pólo poderão concorrer às 50 vagas de cada curso. "Nem todos os detalhes estão definidos, até porque o projeto ainda será submetido à apreciação da Câmara de Graduação e do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Cepe)", diz Cristina Augustin.

Ela também explica que a graduação a distância não será contabilizada como curso novo, mas como uma nova modalidade _ licenciatura _ de cursos presenciais existentes, e funcionará vinculada aos colegiados de cada área. Também de acordo com a pró-reitora, o projeto de Educação a Distância da Universidade terá como ponto forte um rigoroso processo de avaliação.