Busca no site da UFMG
Nš 1499 - Ano 31
08.09.2005



Foto: Eber Faioli

Convênio reúne ações para o gerenciamento de resíduos em BH

Flávia Camisasca

omo aproveitar melhor os resíduos gerados pela construção civil em Belo Horizonte? A resposta pode estar nas ações previstas pelo convênio firmado pela UFMG, Superintendência de Limpeza Urbana (SLU), Empresa de Processamento de Dados do Município de Belo Horizonte (Prodabel) e a Vina Construções, no último dia 30 de agosto. O pró-reitor de Extensão, Edison Corrêa, assinou o convênio pela UFMG.

O acordo estabelece diretrizes para o Programa de gestão de resíduos sólidos de construção civil em BH, que, dividido em várias frentes, procura corrigir problemas ambientais urbanos causados pelo pequeno aproveitamento de resíduos da construção civil. A iniciativa prevê a diminuição do impacto ambiental causado pela deposição clandestina de entulhos.

A parceria entre as instituições começou há um ano, mas só agora foi formalizada. A iniciativa envolve, de forma articulada, departamentos da Escola de Engenharia, do Instituto de Geociências e da Escola de Veterinária.
A SLU recolhe, diariamente, mais de duas mil toneladas de entulhos. “A academia é fundamental para a pesquisa de opções de reutilização dos materiais reciclados”, afirma Sinara Chena, superintendente da SLU. Segundo ela, as universidades contribuem para o avanço da diminuição de impactos ambientais, ao criar instrumentos de reutilização dos materiais, impedindo o aterramento.

Carroceiros

Uma das principais ações é o projeto com carroceiros, desenvolvido pela SLU em parceria com a Escola de Veterinária, que há sete anos realiza o cadastramento, a sorologia e a vacinação dos animais que transportam os entulhos. Outra ação empreendida pela unidade é o melhoramento genético dos animais, para garantir-lhes longevidade.

A Escola de Engenharia também está envolvida no Projeto, por meio de estudos de aproveitamento de resíduos cerâmicos utilizados na construção civil. A reciclagem dos entulhos permite a produção de blocos e de materiais para a pavimentação e impermeabilização de aterros sanitários. A Escola de Engenharia também avalia esses produtos e estuda o potencial de reciclagem de outros materiais.

Outro departamento da UFMG envolvido no projeto é o de Cartografia, que realiza atividades de geoprocessamento. Seus pesquisadores recolhem dados que, depois de cruzados, ajudam a definir as melhores áreas para distribuição das Unidades de Recebimento de Pequenos Volumes de Entulho. Esse mapeamento otimiza os trajetos feitos pelos carroceiros.

UFMG vai transferir tecnologias da informação para USP e Unicamp

UFMG, a Unicamp e a USP assi- narão, em breve, um termo de cooperação na área de tecnologia da informação. Foi o que ficou decidido durante encontro realizado no Laboratório de Computação Científica (LCC), no dia 31 de agosto, e que reuniu o diretor, Osvaldo Carvalho, e quatro especialistas de informática da USP (Roberto Luiz Menezes Macias, Leandro Fregnani, Silvio Fernandes de Paula e Sérgio Roberto Poltronieri) e um da Unicamp (Luiz Buzato). Eles vieram à UFMG conhecer as bases de concepção do Grude, ambiente de tecnologia de informação que está perto de completar 20 mil usuários.

O acordo oficializará as diretrizes do processo de transferência de tecnologia entre as três instituições e de padronização do uso dos chamados diretórios corporativos, bases que concentram informações sobre pessoas e seus vínculos com uma organização. “A padronização favorece a troca de tecnologias da informação entre os diretórios a um custo baixo”, explica Osvaldo Carvalho. Esta semana, técnicos do LCC foram à USP fazer as primeiras instalações para a formação de um diretório corporativo naquela instituição.

O diretório corporativo é a espinha dorsal do Grude, plataforma de sustentação de seus sistemas de informação, como o Quem Sabe – catálogo de especialistas e especialidades da UFMG, o Opus (sistema de controle da produção acadêmica) e o Sistema Acadêmico da Pós-Graduação, em fase final de elaboração.