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Nº 1532 - Ano 32
25.05.2006

Puxando a fila

Escola de Engenharia inaugura o Centro de Experimentação,
primeira obra definitiva de seu complexo no campus Pampulha

Ana Rita Araújo

ma obra relativamente pequena diante dos 55 mil metros quadrados do Projeto Campus 2000, o novo Centro de Experimentação do departamento de Engenharia Mecânica, inaugurado no dia 19 de maio, foi recebido com entusiasmo pela comunidade acadêmica. Mais de uma centena de professores – muitos dos quais aposentados – foram ver de perto o início da concretização de um sonho de quase meio século: a transferência – no ano em que comemora 95 anos – da Escola de Engenharia para o campus Pampulha.

Presente à solenidade, o professor aposentado José Rubens Gonçalves de Souza não escondia a emoção. Seu avô, José Gonçalves de Souza, foi um dos fundadores e o primeiro diretor da Escola de Engenharia. “Tudo isso foi feito passo a passo”, afirmou, ao mostrar fotografias das instalações do Instituto de Mecânica, onde hoje funciona o Colégio Técnico.
Foca Lisboa

Localizado no antigo galpão da Mecânica, o espaço de cinco mil metros quadrados do Centro de Experimentação é estratégico para o andamento das obras de construção da nova sede da Escola. Junto com as instalações do Centro de Cálculo e da Biblioteca – que devem ser concluídas até o final do ano –, o Centro de Experimentação vai facilitar o remanejamento de gabinetes de professores e de salas, para permitir a continuidade das obras sem interromper aulas e atividades de pesquisa.

“Como cerca de 40% das atividades da Escola de Engenharia já funcionam no campus Pampulha, a ordem da construção exige planejamento para não comprometer as atividades”, explica o diretor da Escola de Engenharia, professor Ricardo Koury, ao informar que entre as próximas etapas a serem concluídas, até o final deste ano, está o Bloco 1 do prédio principal. Também está prevista reforma do Pavilhão Central de Aulas (PCA).

Primeira obra definitiva da Engenharia dentro do projeto Campus 2000, a reforma do galpão envolveu a criação e a ampliação de laboratórios, a instalação de ar-condicionado e de sistema de exaustão e a reforma da cobertura do prédio, de modo a melhorar o conforto técnico. De acordo com o engenheiro responsável pela obra, Nélson Rodrigues da Costa, foram gastos cerca de R$4 milhões.

Projeto institucional
Ao lado do reitor Ronaldo Pena e do professor Ricardo Koury, descerraram a placa de inauguração o reitor Francisco César de Sá Barreto (gestão 1998-2002), em cujo mandato foi elaborado o projeto Campus 2000; e a reitora Ana Lúcia Gazzola (2002-2006), responsável pela negociação dos recursos que possibilitaram a execução das obras. “Estou muito feliz por estar aqui, em um momento que marca a vinda da Engenharia para o campus Pampulha. São etapas que vamos cumprindo para realizar este grande projeto institucional”, disse Ana Lúcia Gazzola.

Sá Barreto destacou que o Campus 2000 teve o mérito de mudar a lógica de construções na Universidade. “No lugar da fila indiana, ou seja, um prédio de cada vez, este projeto implantou a concepção de construção simultânea”, disse. Ao lembrar que a iniciativa envolve três mandatos, Sá Barreto afirmou que a UFMG dá mostras de gestão competente e responsável dos recursos públicos.


Recursos garantidos

Ao inaugurar as instalações do Centro de Experimentação da Engenharia Mecânica, no campus Pampulha, o reitor Ronaldo Pena anunciou que o Ministério da Educação (MEC) repassará à UFMG os R$ 20 milhões que faltam para a conclusão das obras do Campus 2000, projeto que prevê a transferência, para o campus Pampulha, de unidades acadêmicas que funcionam no centro da cidade.

Dos R$ 70 milhões necessários à construção de todos os prédios, os primeiros R$ 50 milhões foram captados com a venda à União de imóveis pertencentes à UFMG. O restante poderá chegar por meio de transferência por portaria ou em forma de convênio. “Não sabemos, ainda, de que forma isso ocorrerá, mas o MEC vai liberar esses recursos ao longo dos próximos meses”, disse Ronaldo Pena.

Segundo ele, os R$ 20 milhões serão usados na conclusão dos prédios da Escola de Engenharia e da Faculdade de Ciências Econômicas. A primeira parcela, no valor de R$ 5 milhões, deve chegar à Universidade ainda em 2006.


Obras concluídas: Faculdade de Farmácia, Faculdade de Educação, Departamento de Fisioterapia e Terapia Ocupacional da Escola de Educação Física, Instituto de Geociências e Departamento de Química do ICEx.

Obras em andamento: Faculdade de Ciências Econômicas e Escola de Engenharia.