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Nº 1569 - Ano 33
19.3.2007

Alunos da Engenharia já têm aulas no novo prédio do campus Pampulha

Foca Lisboa
Prédios da Engenharia - UFMG
Alunos já freqüentam aulas no Bloco 1 do novo prédio

Bloco 1 do complexo abriga atividades de cursos de
graduação e pós-graduação

Tatiana Santos

C

erca de 2.500 estudantes de engenharia da UFMG começaram o semestre de casa nova. O atual endereço dos cursos de Mecânica, Produção, Elétrica e Controle e Automação é o Bloco I do complexo de prédios da Escola de Engenharia, no campus Pampulha. A nova morada, no entanto, é provisória. Isso porque as antigas instalações dos cursos, no Pavilhão Central de Aulas (PCA), serão adaptadas para receber, exclusivamente, salas de ensino da graduação. “Daqui a um ano, todas as aulas retornam para o PCA, que será integrado ao complexo de prédios”, informa o professor Fernando Amorim de Paula, diretor da Escola de Engenharia.

Enquanto o PCA é reformado, o Bloco II do complexo de prédios entra em fase de acabamento interno até o fim deste ano. “O projeto prevê, ainda, a construção de cinco centros de experimentação e dez laboratórios de grande porte para atender os cursos que continuam na rua Espírito Santo: Engenharia Civil, Metalúrgica, Química e de Minas”, diz o professor Amorim.
A construção do complexo de prédios da Escola de Engenharia é parte do projeto Campus 2000, que prevê a transferência de unidades acadêmicas da UFMG, no centro de Belo Horizonte, para o campus Pampulha. Para a conclusão da obra, a Unidade busca firmar parcerias com a iniciativa privada, que tem contribuído com a doação de recursos financeiros, materiais e serviços.

Uma das primeiras empresas a contribuir foi a Belgo, do grupo Arcelor Mittal, que doou aço estrutural e vergalhões. Outras empresas, como a Gerdau Açominas e a Minas Gusa Siderurgia, forneceram apoio financeiro. No momento, a Unidade negocia com a Vallourec & Mannesmann Tubes e a Usiminas a doação de parte das estruturas tubulares e metálicas.

Benefícios

“Não há espaço no centro da cidade para a expansão da Instituição. Com a transferência, será possível oferecer aos alunos instalações modernas, novos laboratórios e espaços de ensino e pesquisa”, argumenta Fernando Amorim. Outro benefício lembrado pelo diretor é a integração do curso com as demais áreas de conhecimento da Universidade, ampliando as possibilidades de formação interdisciplinar.

Na casa nova, os alunos encontrarão 41,3 mil metros quadrados de área construída dedicadas à produção de conhecimento. O terreno está localizado entre o Instituto de Geociências (IGC) e o Colégio Técnico (Coltec), junto ao Galpão do Departamento de Engenharia Mecânica, que funciona no campus desde a década de 80.

Segundo Maria Cristina Brant Furlan, arquiteta do Projeto Campus 2000, a obra foi planejada para minimizar o impacto do tráfego de veículos dentro da Universidade.

O acesso principal ao prédio e ao estacionamento será feito pela avenida Perimetral Sul, próximo ao Colégio Militar, o que também facilitará a entrada e saída de materiais e equipamentos dos centros de experimentação. Os blocos I e II, que abrigarão o corpo administrativo da Escola, salas de pós-graduação, pequenos laboratórios de pesquisa, biblioteca e o Centro de Cálculo Eletrônico, têm entrada pela rua Reitor Pires e Albuquerque (nas imediações do PCA e ICEx).

Os cursos da Escola de Engenharia formam, anualmente, cerca de 770 engenheiros, número que certamente será ampliado nas novas instalações. “Estamos discutindo com o Conselho Universitário da UFMG a criação de duas novas modalidades, a de Engenharia Ambiental e a Aeroespacial. Assim, passaremos a formar 890 novos profissionais”, adianta Fernando Amorim.

A previsão é de que as obras da nova sede sejam concluídas em 2009, quando serão encerradas todas as atividades no centro de Belo Horizonte.

Trajetória

Fundada em maio de 1911, a Escola de Engenharia foi incorporada à UFMG em 1927, ano de criação da Universidade. Ao longo de sua trajetória, a escola tem incentivado pesquisas científicas, tecnológicas, trabalhos de extensão universitária e projetos comprometidos com a responsabilidade social e o uso racional dos recursos naturais.

Cerca de 3.500 estudantes estão matriculados nos oito cursos de graduação oferecidos – Engenharia Civil, Controle e Automação, Elétrica, Mecânica, Metalúrgica, de Minas, Produção e Química. A Unidade abriga, ainda, oito cursos de pós-graduação, somando mais de seis mil alunos.