Universidade abre concurso público para servidores

Seleção prevê 142 vagas, distribuídas em 21 cargos de níveis médio e superior

Ricardo Bandeira

A UFMG publicará, nos próximos dias, edital de concurso público para o preenchimento de 142 vagas de servidores técnicos-administrativos, distribuídas em 21 cargos. Setenta e duas vagas serão para quatro cargos da classe D (nível médio de ensino) e 70 para 17 cargos da classe E (nível superior). A maioria dos aprovados irá trabalhar nas unidades da UFMG em Belo Horizonte. As exceções são cinco vagas para Montes Claros e uma para Diamantina.

As datas de inscrição e seleção e os programas das provas serão divulgados apenas com a publicação do edital. Mas já se sabe que a inscrição custará R$ 31 para os candidatos de nível médio e R$ 37 para os de formação superior.

Os salários iniciais dos cargos são de R$ 1.252,22 para a classe D e R$ 1.483,03 para a classe E. Esses valores, no entanto, devem aumentar ainda este ano. O acordo firmado no ano passado entre o Governo Federal e a Federação de Sindicatos dos Trabalhadores das Universidades Brasileiras (Fasubra), após mais de 90 dias de greve da categoria, prevê, em 2008, reajuste de 8,89% e 17,79%, respectivamente, para os vencimentos das classes D e E. Isto significa que os salários irão para R$ 1.364,53 e R$ 1.747,83. Se o acordo for cumprido na íntegra, os valores iniciais chegarão, em 2010, a R$ 1.621,16 (classe D) e R$ 2.659,89 (classe E).

As 142 vagas, todas de reposição, não solucionarão o problema da falta de servidores técnicos-administrativos na Universidade, mas reduzirão a atual defasagem. De acordo com o diretor do Departamento de Desenvolvimento de Recursos Humanos (DRH), Sílvio Roberto Tavares, o déficit é de 990 vagas, relativas, sobretudo, a servidores que se aposentaram, foram exonerados ou morreram, e não tiveram seus postos ocupados.

“O novo concurso é importante porque a UFMG ficou muito tempo com o quadro defasado. Foram quase seis anos sem reposição alguma. As novas vagas ajudarão a minimizar as dificuldades relativas ao quadro de pessoal”, afirma a pró-reitora de Recursos Humanos da UFMG, Elizabeth Spangler. O diretor do DRH destaca o fato de que um concurso traz para a Universidade novos servidores efetivos. “Eles têm a possibilidade de uma carreira mais ampla. As chances do servidor efetivo seguir na Universidade são maiores do que as do funcionário contratado, que pode ter um vínculo temporário com a instituição. O concurso é, também, uma oportunidade de trabalho que se abre para a sociedade”, diz Tavares.

Entre 2002 e 2006, a UFMG promoveu alguns concursos públicos. Na maioria deles, as vagas foram destinadas ao Hospital das Clínicas. Desta vez, diversos setores da Universidade são contemplados.

Reuni

A implantação, a partir deste ano, do Reuni – programa de expansão e reestruturação das universidades federais –, também reforçará o quadro de pessoal da UFMG. Até 2011, 500 novos servidores efetivos deverão ser contratados para suprir a demanda com a criação e ampliação de cursos de graduação. As primeiras vagas autorizadas no âmbito do programa serão preenchidas por candidatos do concurso a ser lançado nos próximos dias, já que ele terá validade de um ano, prorrogável por igual período.