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Nº 1617 - Ano 34
07.07.2008

Uma cidade que respira Festival

Pousadas e bares de Diamantina entram no clima do evento

Luiz Dumont Jr.

 

Durante os 15 dias do Festival de Inverno, Diamantina respira arte e cultura, mas nos bastidores do evento, muitos diamantinenses se movimentam para dar a ele o clima e o charme que atraem tantas pessoas. Eles trabalham nos hotéis, pousadas, bares e eventos culturais, ou recebem amigos ou alugam suas casas para abrigar os “oficineiros”.

Segundo Evaldo Amador dos Santos, sócio do Café A Baiúca, um dos bares mais tradicionais da cidade, o mês de julho é o segundo melhor em faturamento do ano, perdendo apenas para os dias de carnaval. Mas garante que o período é o melhor para trabalhar. “Recebemos um público mais selecionado, ligado à cultura e arte, que gosta de conhecer a história da cidade, de conversar e aprecia um astral diferente do que acontece em outras épocas”, comenta.

O empresário conta que existe uma grande expectativa para a chegada do festival, e que por esse motivo realiza reuniões prévias com a equipe do bar para organizar o atendimento durante o evento. “Nós nos preparamos para receber bem os participantes do Festival, nossos garçons dão dicas sobre a agenda cultural da cidade, sobre sua história, o que tem de bom para ser feito no período. Também explicamos como funciona o evento para outros turistas que nos visitam em julho, especialmente os estrangeiros”, exemplifica o comerciante.

Na rede hoteleira de Diamantina, a expectativa não é diferente. Para Cleunice Machado, gerente de três pousadas na cidade, entre elas a Ouro de Minas, é uma honra receber os participantes do Festival. Mais conhecida como Kêka, a gerente trabalha com o evento há vários anos, e nos últimos três atende a clientela da UFMG, recebendo os coordenadores, professores das oficinas e demais profissionais.

Kêka também destaca o público diferenciado que visita Diamantina durante o Festival, comparando-o ao que desembarca na cidade durante a Vesperata, tradicional evento musical diamantinense, em que os músicos tocam das sacadas e janelas dos casarões coloniais da cidade. “Tanto no Festival quanto na Vesperata recebemos um público mais maduro, que chega para aproveitar a tranqüilidade e o clima agradável da cidade”, comenta. “Durante o carnaval o trabalho é muito corrido, a cidade fica completamente lotada e o pessoal não pára”, completa a gerente.

Chá das 5

Para Kêka, o friozinho de julho contribui para criar um clima mais aconchegante para os hóspedes. “Todas as tardes nós servimos um lanche, o Chá das 5, com quitutes da região, além de caldos e uma cachacinha para os apreciadores”, explica. A intenção, segundo ela, é oferecer “um cardápio de inverno, com coisas da culinária local, tudo feito dentro da cozinha da pousada”.

Se a Pousada Ouro de Minas tem experiência de sobra na acolhida à trupe do Festival de Inverno da UFMG, a Capistrana está debutando. Inaugurada no ínicio do ano para o carnaval, a Pousada vive a expectativa de servir bem os visitantes. “É o nosso primeiro Festival, mas sabemos da importância do evento para a cidade. São 15 dias de movimento intenso e o astral é muito bom. Nossa prioridade é manter na pousada o clima do Festival”, comenta o proprietário, Evandro Reis Coelho.


 

Alternativa

Apesar das várias opções de pousadas em Diamantina, nem todos os visitantes têm dinheiro suficiente para se hospedar nelas. Composto em sua maioria por estudantes, o público das oficinas costuma recorrer a opções mais compatíveis com o orçamento apertado. Para isso, a Universidade manterá um alojamento na Escola Estadual Mata Machado, no centro de Diamantina. Segundo Rossilene Azevedo Rossi Diana, coordenadora administrativa do Festival, as vagas do alojamento são prioritariamente abertas a alunos bolsistas da Fump, matriculados em oficinas, ao valor diário de R$ 5.

Mais informações: www.ufmg.br/festival. No mesmo endereço podem ser feitas reservas para o alojamento oficial do Festival de Inverno da UFMG. O site também traz uma lista dos hotéis e pousadas no município.