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Nº 1659 - Ano 35
29.6.2009
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| Criação: Jussara Ubirajara |
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A UFMG entregou, no último dia 22, a diretores de escolas municipais de Belo Horizonte um kit com DVDs e CDs contendo edições do programa Pílulas de Ciência. A solenidade aconteceu no auditório do Instituto de Educação, durante as atividades do Fórum de Diretores Municipais. Estiveram presentes o reitor Ronaldo Pena, a secretária municipal de Educação, Macaé Evaristo, a diretora do Cedecom, Nereide Lacerda Beirão, e a coordenadora do Núcleo de Divulgação Científica da Universidade, Helena Amorim.
Produzidas pela rádio UFMG Educativa e pela TV UFMG, as Pílulas de Ciência são programas de áudio e vídeo de curta duração que abordam questões do cotidiano, valendo-se de linguagem próxima aos estudantes do ensino fundamental e médio. São 44 vídeos e 204 programas radiofônicos. O kit inclui ainda manual de orientação para o professor e cartaz que deve ser utilizado para informar aos docentes que determinada escola possui tal material didático.
Helena Amorim apresentou o projeto Pílulas de Ciência: Motivando a Aprendizagem Escolar, financiado pela Fapemig. Segundo ela, a iniciativa está em sintonia com o principal objetivo da universidade pública, a socialização do conhecimento. Helena informou ainda que o uso do material foi testado com grupos de estudantes das escola da rede municipal Paulo Mendes Campos, Santa Terezinha e Aurélio Pires. “Deixamos claro que o objetivo é motivar o aluno, despertando o interesse e aguçando sua curiosidade. O material não cumpre o papel do professor, e sim o complementa”, disse.
O reitor Ronaldo Pena afirmou que, apesar dos muitos problemas, o Brasil vive um período de avanços, em que o conhecimento produzido na universidade exerce papel fundamental. “Governos passados criaram uma falsa dicotomia entre ensino básico e ensino superior, defendendo que era preciso priorizar o desenvolvimento do primeiro. A educação deve ser pensada em seu conjunto. E todo o ensino pode ser melhorado se a educação for considerada como investimento e não como gasto”, ele disse.
O reitor destacou a contribuição que as universidades podem oferecer para qualificar o ensino básico. O Ministério da Educação tem plano de proporcionar formação de licenciatura para 300 mil professores do ensino básico, em todo o Brasil. “Isso vale tanto para os professores que não têm nenhuma licenciatura como para aqueles que lecionam em área diferente de sua formação”, explicou Ronaldo Pena.
Foi lançado, no último dia 23, o projeto Cenários do Encontro – Símbolo do meu Bairro, do mestrado em Ambiente Construído e Patrimônio Sustentável da Escola de Arquitetura da UFMG. A iniciativa envolve três bairros de Belo Horizonte: Cabana, Santa Tereza e Lagoinha. Elas vão escolher, entre símbolos arquitetônicos pré-selecionados por meio de trabalho de pesquisa, o que melhor representa sua região. A proposta é estimular o cidadão a lançar seu olhar sobre os símbolos da cidade e contribuir com o fomento das atividades culturais e turísticas, com a valorização de personagens e manifestações culturais.
As comunidades receberão premiação simbólica, e órgãos públicos farão trabalho de restauração e preservação dos símbolos selecionados. Durante o lançamento, na Escola de Arquitetura (rua Paraíba, 697, Savassi), foram expostas fotografias que resultaram de oficina realizada com alunos do Grupo Escolar Silviano Brandão, na Lagoinha, Escola Estadual Pedro Américo, em Santa Tereza, e moradores do bairro Cabana, organizados pelo Salão Paroquial da Igreja São Geraldo. As melhores fotos, escolhidas pelos próprios alunos, serão transformadas em pop cards e distribuídas gratuitamente na cidade.
Cenários do Encontro – Símbolo do meu Bairro é realizado por grupo multidisciplinar da Escola de Arquitetura da UFMG, coordenado pelo professor Leonardo Castriota. Um dos desdobramentos do trabalho foi a criação do blog Lagoinha – cenários do encontro (http://lagoinhasimbol.blogspot.com), que divulga aspectos da iniciativa.