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Nº 1679 - Ano 36
7.12.2009

Da tipografia à impressão digital

Imprensa Universitária aposta na diversificação para atrair novas demandas de serviços gráficos

Ana Rita Araújo

O que há em comum entre o cartão de coleta de sangue de recém-nascidos para o teste do pezinho e as folhas individuais de respostas usadas pelos candidatos ao Vestibular da UFMG? Produzido de forma quase artesanal, em uma antiga máquina tipográfica, o cartão possui uma marca em baixo relevo onde é depositada a gota de sangue enviada ao laboratório. Já as folhas de respostas dependem de sofisticada programação de informática que permite impressão digital de dados individuais em cada uma das milhares de páginas.

Os dois materiais têm em comum o fato de serem produzidos na Imprensa Universitária da UFMG. “Poucas gráficas possuem capacidade para uma diversidade tão grande de serviços, que vão desde a tipografia, passando pelo off-set, a impressão digital e em braile, até serviços de gráfica rápida”, afirma o gerente de produção, Alexandro Gomes da Cruz.

Criada pelo Conselho Universitário em 1955 para atender a UFMG, a Imprensa passa hoje por processo de ampliação de seu parque gráfico, com aquisição de máquinas que aumentam sua capacidade de competição no mercado. Segundo a diretora da Imprensa, Maria de Lourdes Moreira Braga, a intenção é atrair outros segmentos do público interno. “Rodamos as provas do Vestibular UFMG e de outros concursos organizados pela Fundep, o BOLETIM, cartazes, livros da Editora UFMG e de outras faculdades, entre outros produtos, mas temos condições de absorver mais demandas da comunidade acadêmica”, avalia.

Queimando etapa

Entre os equipamentos recém-adquiridos está a máquina CtP (Computer to Plate), que envia dados diretamente do arquivo para a chapa de impressão, eliminando a necessidade de uso de fotolito. “Com isso, ganhamos tempo e aumentamos a qualidade”, explica Alexandro Cruz. Já a nova máquina de cola quente será usada na montagem de livros. “Atualmente, esse serviço é terceirizado, o que eleva muito o custo final”, informa a diretora. Outra aquisição recente é uma máquina digital colorida para pequenas tiragens, os chamados serviços de gráfica rápida. Os três equipamentos custaram R$ 450 mil.

Em 2010, está prevista a compra de uma máquina off-set quatro cores, orçada em R$ 1,3 milhão. Para os próximos anos, o planejamento inclui a aquisição de duas máquinas alceadeiras – para montagem de livros e cadernos de provas – que somam R$ 900 mil. Os investimentos são feitos com recursos gerados pela própria Imprensa.

Outra linha de ação voltada para incremento da qualidade dos serviços é o investimento em matérias-primas certificadas. Além do cuidado na seleção de tintas e produtos químicos, a Imprensa Universitária exige que os fornecedores de papel apresentem testes laboratoriais que comprovem a qualidade de cada remessa.

Atividades começaram no Barro Preto

Criada em 9 de maio de 1955, a Imprensa Universitária da UFMG iniciou seu processo de produção no dia 9 de setembro do ano seguinte, no bairro Barro Preto. Em 1962, as instalações foram transferidas para o campus Pampulha, onde ocuparam galpão próximo à Escola de Belas-Artes. Na década de 1970, foi implantado sistema de impressão off-set, que passou por ampliação ao longo dos anos seguintes. Em 1993 a Imprensa Universitária ganhou sede própria, no campus Pampulha. O parque gráfico foi concebido e montado de modo a facilitar a operacionalização das diversas etapas de produção.

UFMG premia melhores teses de doutorado

Igor Lage

A Pró-Reitoria de Pós-Graduação realiza, nesta quarta-feira, dia 9, a entrega do Prêmio UFMG de Teses 2009. A premiação contempla as melhores teses de doutorado defendidas na Universidade em 2008. A cerimônia acontece às 19 horas, no Auditório da Reitoria.

Segundo a pró-reitora de Pós-Graduação, Elizabeth Ribeiro, cada colegiado seleciona uma tese de doutorado para concorrer. O trabalho é encaminhado para a Câmara de Pós-Graduação, que atesta sua qualidade. As teses aprovadas recebem o Prêmio UFMG de Teses e concorrem ao Grande Prêmio UFMG de Teses. As premiações foram instituídas em 2005.

Os trabalhos são, então, avaliados por uma comissão julgadora em cada uma das seguintes áreas do conhecimento: Ciências Agrárias, Ciências Biológicas e Ciências da Saúde; Ciências Exatas e da Terra e Engenharias; e Ciências Humanas, Ciências Sociais Aplicadas, Letras, Linguística e Artes. As comissões formadas são compostas por um docente da Universidade, dois professores de outras instituições, o pró-reitor de Pesquisa e a pró-reitora de Pós-Graduação.

Os doutores vencedores e seus respectivos orientadores recebem, cada um, R$ 5 mil a serem utilizados como investimento em pesquisa ou para participação em congressos internacionais. “Este ano, teremos também um prêmio-surpresa para as melhores teses”, afirma Elizabeth Ribeiro.