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Nº 1726 - Ano 37
14.02.2011
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Atualizar a matriz curricular, oferecer maior diversidade de opções quanto à formação complementar, promover maior integração do aluno na UFMG e prepará-lo melhor para o mercado de trabalho são alguns dos objetivos que orientam as alterações previstas no currículo do curso de Veterinária. A proposta foi finalizada em 2009, tendo sido aprovada no âmbito da Unidade, faltando agora a aprovação das instâncias superiores da UFMG na área de graduação. A expectativa é de que a nova grade entre em vigor em 2012.
No novo currículo deverão ser incluídas disciplinas que tentam responder questões contemporâneas ligadas à prática veterinária, como a atenção às espécies silvestres e o bem-estar animal. “Esta última é uma área de extrema importância devido ao crescimento da conscientização sobre as formas mais adequadas de criar o animal nos sistemas de produção”, explica o coordenador do colegiado de graduação, professor Marcelo Resende.
Outra novidade será a introdução do estágio supervisionado obrigatório. “Nosso curso é um dos únicos de medicina veterinária do Brasil que ainda não têm o estágio obrigatório na matriz curricular. Ele será feito no décimo período e, para isso, as disciplinas do décimo serão acomodadas no nono e oitavo períodos” informa o coordenador. O estágio deve começar em 2013.
Ainda de acordo com o coordenador do colegiado, outra mudança se refere ao percurso que o aluno poderá seguir durante o curso. Ele terá duas alternativas: na primeira, deverá cursar todas as obrigatórias, além de pelo menos sete créditos em optativas e mais três de formação livre – disciplinas sem ligação direta com a veterinária.
Na segunda alternativa, o aluno pode optar por agregar ao seu currículo a formação complementar aberta. Ele deverá escolher disciplinas de outras unidades, entre 12 e 15 créditos, que tenham alguma função na formação do veterinário. Caso, por exemplo, de um aluno que queira trabalhar com clínica e resolva investir um pouco mais na área de odontologia.
Pela proposta curricular, as aulas práticas integradas de campo (APICs) passarão a ser oferecidas apenas em dois semestres. Em substituição parcial às APICs, haverá a disciplina Atividade Integradora da Formação, oferecida também em dois semestres – o quinto e o nono. O objetivo da mudança, segundo Marcelo Resende, é “integrar disciplinas e os conhecimentos adquiridos até aquele momento pelos alunos”.
Outro objetivo é aumentar a inserção dos estudantes de Veterinária nas fazendas experimentais de Igarapé e Pedro Leopoldo. “Além de aprender como as atividades são desenvolvidas nos setores de produção das fazendas, eles também poderão visitar as propriedades próximas”, diz o professor. A primeira experiência nesse sentido vai acontecer já no primeiro semestre de 2011 com os estudantes do sétimo período.
*Jornalista da Escola de Veterinária