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Nº 1743 - Ano 37
8.8.2011
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Ana Rita Araújo
Em maio de 2010, quando anunciou a adesão ao Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), a UFMG adiantou que pretendia contribuir para o avanço da prova que substituiria a primeira etapa do seu Vestibular. Atualmente, integra grupo de instituições públicas que respondem a edital do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) para a produção de itens que compõem as provas. “A ideia é participar de forma institucionalizada”, explica a pró-reitora de Graduação, Antônia Vitória Aranha, acrescentando que a Universidade está se qualificando para melhor intervir no processo.
Em relação à produção de itens, Antônia Vitória destaca o grande acúmulo de conhecimento das equipes que há anos elaboram questões para o Vestibular da Instituição. “Vamos usar essa expertise já consolidada entre nós”, comenta. A estatística do gabinete da Pró-reitoria de Graduação Carolina Silva Pena, que assessora a Comissão Permanente do Vestibular (Copeve), tem participado de cursos e eventos com o objetivo de aprofundar conhecimentos sobre a Teoria de Resposta ao Item (TRI), lógica que sustenta a elaboração das provas do Enem. Todas as informações são repassadas para a equipe envolvida no processo. “Queremos que o Enem se fortaleça e, para isso, partimos do pressuposto de que a parceria das instituições federais é fundamental”, afirma a pró-reitora. Segundo ela, para que essa participação ocorra é necessária uma compreensão cada vez maior da lógica a partir da qual são construídas as provas, daí o investimento próprio da UFMG, que tem buscado se qualificar nesse aspecto.
Sobre a possibilidade de as instituições públicas que aderiram ao Enem interferirem na segurança e na logística de aplicação das provas, Antônia Vitória informa que este foi o desejo expresso pelo Colégio de Pró-reitores de Graduação (Cograd) à Associação dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes). “Gostaríamos de ser parceiros em todo o processo do Exame, porque temos competência estabelecida para isso”, comenta a professora.
Até maio de 2012, a UFMG promoverá discussões sobre o vestibular como um todo. Os debates devem ocorrer no âmbito do processo de reavaliação do sistema de bônus para alunos oriundos de escolas públicas, pois tal política foi definida com a condição de que vigoraria por quatro anos a partir do Vestibular de 2009, e depois seria reavaliada pelo Conselho Universitário. “Se vamos discutir essa política, tem que ser à luz do vestibular em geral. Por isso, voltaremos a discutir o Enem. Acredito que até maio de 2012 muitas reflexões serão feitas”, resume a professora.
Serão abertas no dia 12 de agosto as inscrições para o Vestibular UFMG 2012. De acordo com o edital, disponível na página da Copeve (www.ufmg.br/copeve), o prazo termina em 9 de setembro, e as inscrições, ao custo de R$ 95, devem ser efetuadas exclusivamente pela internet.
Para esta edição do concurso, será considerada apenas a pontuação obtida no Enem deste ano, cujas provas acontecem nos dias 22 e 23 de outubro, de acordo com o MEC. A segunda etapa do Vestibular será realizada de 3 a 10 de janeiro de 2012.
Só pode concorrer ao Vestibular o candidato que se inscreveu no Enem. A pró-reitora de Graduação informa que uma das diferenças do processo seletivo de 2012 é a contabilização da nota obtida na redação do Enem na pontuação da segunda etapa e não mais na primeira.
Nesta edição, os 16 pontos da prova de redação serão computados na segunda etapa e somados aos 80 das provas específicas. Segundo a pró-reitora, essa mudança ocorreu porque o Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Cepe) concluiu que “o perfil discursivo da prova de redação a torna mais adequada para ser considerada junto com as avaliações da segunda etapa, que também são discursivas”.
Outro fator que contribuiu para essa alteração foi a necessidade de agilizar a realização das provas de segunda etapa. “Do ponto de vista do Enem, a correção da redação é a que demanda mais tempo e, por isso, é a que mais influi na demora da entrega do resultado. Desse modo, incluir a nota da redação do Enem na segunda etapa antecipa nosso processo de seleção”, destaca Antônia Vitória.
A partir desta edição do Vestibular, a UFMG abrirá 30 vagas para o curso de Educação Física bacharelado noturno. “Era o último curso que faltava para completar a expansão do Reuni”, diz a pró-reitora. O total de vagas do Vestibular UFMG 2012 será de 6.670. Outra novidade é a alteração no nome do curso de Ciências de Alimentos, que passa a ser chamado de Engenharia de Alimentos.