Os abalos que assolam a vida política e social no Brasil, “seguidos e cada vez mais preocupantes”, que levam “à sensação de que a corrupção se tornou sistêmica e profundamente enraizada na sociedade brasileira, gerando instabilidade e desesperança com relação ao futuro do país”, motivaram os reitores da UFMG, Jaime Arturo Ramírez, e da PUC Minas, Dom Joaquim Giovani Mol, a divulgar na noite desta quinta-feira, 18, carta aberta na qual defendem “rigorosa e rápida apuração” das denúncias de corrupção que vieram à tona ontem, “independentemente de nomes e cargos nelas citados”.
Na carta, os reitores ainda afirmam que “os Poderes constituídos, em sua missão de resguardar a democracia e a defesa intransigente do Estado de direito, garantam o pleno funcionamento das instituições democráticas, a liberdade dos movimentos sociais e de todas as instâncias de representação social”.
O documento também assegura que a “crença na democracia tem essencial significado: o de que, pela ética, correção e sentimento republicano, a sociedade buscará permanentemente a garantia do direito à justiça, liberdade e paz para todos. Se, por um lado, a dissonância e divergências de posicionamentos e perspectivas políticas são naturais na vida democrática, por outro, o respeito às leis e à defesa do estado de direito e a busca do bem comum e da justiça social devem colocar-se como princípios inarredáveis da vida pública”.
A íntegra da carta aberta pode ser conferida aqui.