Pós-graduação cresce quase 60% no biênio 99/2000

Pró-reitor Ronaldo Barbosa credita evolução a novo programa de fomento da Capes

número de dissertações e teses defendidas na UFMG no biênio 1999/2000 aumentará 59,6% em relação ao biênio anterior. Este índice representa um crescimento bem superior aos 29,5% projetados pela Pró-Reitoria de Pós-Graduação. Em números absolutos, serão formados 1591 mestres e 384 doutores até março de 2001, prazo de encerramento do biênio.
De acordo com o pró-reitor Ronaldo Barbosa, o crescimento pode ser atribuído ao Programa de Fomento à Pós-Graduação (Prof), forma de financiamento implantada pela Fundação Coordenação Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), no início de 1999. "É um modelo que condiciona o repasse da verba ao estabelecimento, por parte dos programas de pós-graduação, de metas de titulação (número de mestres e doutores que serão formados até o final do biênio)", explica.

Outra novidade do novo modelo, segundo Barbosa, é a flexibilização do uso dos recursos. "Antes, o dinheiro destinado ao custeio só poderia ser utilizado para este fim, e o mesmo ocorria com a verba dos bolsistas. Pelo novo contrato, os recursos podem ser remanejados caso haja necessidade, o que agiliza o andamento da pesquisa", esclarece o pró-reitor. Para ele, o Programa de Fomento está mudando a cultura de gerenciamento dos recursos da pós-graduação. Barbosa destaca que a liberação de mais recursos para a pós-graduação não será baseada mais apenas nos critérios de tempo médio de titulação e conceito do curso. "Agora, também será verificado se as metas estabelecidas pelos cursos estão sendo cumpridas", diz.

A Capes também criou uma chancela específica para alocar os recursos de capital destinados à compra de material permanente, como computadores. Esta verba é originária de um remanejamento do dinheiro destinado aos bolsistas, mas que era devolvido à Capes após a formação dos mestres e doutores.

Este ano, os recursos orçamentários destinados pela agência à pós-graduação da UFMG alcançaram R$ 8,7 milhões - sendo R$ 6,27 milhões para bolsas, R$ 1,93 milhão (custeio) e R$ 523 mil (capital).

 

UFMG forma gestores intermediários

ormar gestores intemediários da UFMG. Esse é o desafio do Curso de Chefias Intermediárias, iniciado no dia 30 de outubro. A atividade é um desdobramento do Programa de Formação dos Gestores Universitários, implantado em 1999, e que pretende profissionalizar a administração universitária. Organizado pela Pró-Reitoria de Recursos Humanos, o programa está centrado em atividades de qualificação nas áreas técnica, gerencial, administrativa, informática, comportamento, idiomas e segurança no trabalho para os servidores técnicos e administrativos da universidade.

O curso de gestores universitários reúne 28 participantes, selecionados entre os servidores indicados pelos diretores das unidades acadêmicas da UFMG e en tre os funcionários do Departamento de Pessoal. A seleção, que incluiu provas de interpretação de texto, de raciocínio lógico e abstrato, contribuiu para o processo de identificação de potenciais e perfis para a gestão universitária. "Embora tenham uma dimensão operacional, as disciplinas enfocam também a formação teórica", afirma o pró-reitor adjunto de Recursos Humanos, Allan Claudius Queiroz Barbosa.

Excelência

Segundo Allan Barbosa, a combinação de atividades conceituais e a elaboração de trabalho prático garantem a manutenção da excelência acadêmica e permite uma aplicação dos conhecimentos ao cotidiano dos servidores, como estratégias de liderança e distribuição mais racional de recursos.

As matérias estão organizadas em três núcleos. O geral, com disciplinas de Gestão Organizacional e Gestão Pública; o intemediário, com Gestão de Pessoas e Análise e Melhoria de Processo; e o operacional, com Contabilidade e Finanças Públicas, Sistemas de Informação e Administração de Materiais. Ao todo, são 420 horas divididas em três dias por semana, até julho do ano que vem. Ao final do curso, os alunos recebem uma bolsa para desenvolver trabalho de campo, com suporte metodológico e orientação de um professor-tutor. O objetivo é elaborar um relatório técnico sobre as unidades de origem de cada servidor, estimulando-os a apontar medidas que aperfeiçoem a administração instituciona





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Nº 1298 - Ano 27 - 8.11.2000