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Nº 1322 - Ano 27 - 27.06.2001

 

UFMG negocia prédios com a Prefeitura

prefeito Célio de Castro está prestes a enviar à Câmara dos Vereadores de Belo Horizonte projeto de lei que permite à Prefeitura contrair financiamento junto ao Banco de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para comprar os imóveis que a UFMG possui na região Centro-Sul da capital. A autorização dos vereadores é necessária para o desfecho da transação, que envolve valores da ordem de R$ 45 milhões.

A negociação começou no ano passado e prevê a compra, pela Prefeitura, do complexo da Escola de Engenharia (com exceção do Centro Cultural); do prédio do antigo Coleginho, no bairro Santo Antônio; da Faculdade de Farmácia; de dois andares do Edifício Acaiaca; do antigo prédio da Faculdade de Odontologia e de dois lotes na rua Josafá Belo, no bairro Cidade Jardim. Os recursos serão aplicados no projeto Campus 2000, mais especificamente na construção das novas sedes da Faculdade de Ciências Econômicas e da Escola de Engenharia, na Pampulha.

Segundo o pró-reitor de Planejamento e Desenvolvimento, Ronaldo Pena, a venda dos prédios no centro e dos lotes no bairro Santo Agostinho (leia boxe) deverá render aproximadamente R$ 65 milhões aos cofres da Universidade. O custo do projeto Campus 2000 está estimado em R$ 71 milhões. A diferença, segundo o pró-reitor, deverá ser coberta com recursos do Fundo de Desenvolvimento Institucional, recentemente criado pela Fundep.

Vantagens

Para Ronaldo Pena, a venda dos imóveis é um bom negócio para a Universidade, que captará recursos para tocar suas obras no campus, e para a Prefeitura de Belo Horizonte, que poderá aglutinar suas atividades administrativas na área central da cidade e economizar ao reduzir o pagamento de aluguéis.

Um estudo realizado em 1998 pela Escola de Engenharia da UFMG revelou que a Prefeitura de Belo Horizonte gastava cerca de R$ 400 mil por mês com aluguéis. O mesmo levantamento mostrou que a PBH precisava de 90 mil metros quadrados de área para abrigar suas atividades. Juntos, os prédios da Universidade somam 71 mil metros quadrados. "Com mais algumas ampliações e adequações físicas, a PBH terá condições de solucionar suas carên-cias de espaço", garante Pena.

Outra vantagem para o município, segundo o pró-reitor, está relacionada às condições de pagamento. A PBH poderá contar com o financiamento do BNDES ­ correção pela Taxa de Juros a Longo Prazo (TJLP) e dez anos para pagar o empréstimo. "Além disso, a dívida da Prefeitura será formada ao longo de três anos, à medida que a Universidade precisar dos recursos para executar as obras", afirma Pena. O pagamento do empréstimo só começará a ser efetuado quando a Prefeitura receber os imóveis.

 

Terreno no Santo Agostinho será vendido

A UFMG recebe, até 12 de julho, propostas financeiras para a venda de um terreno de seis mil metros quadrados no bairro Santo Agostinho, na região Centro-Sul de Belo Horizonte. O imóvel está avaliado em R$ 9 milhões (R$ 1,5 mil o metro quadrado).

"Talvez seja a última grande área no perímetro da avenida do Contorno propícia à construção de edifícios", afirma o pró-reitor de Planejamento e Desenvolvimento, Ronaldo Pena. Além de adquirir um terreno de grande extensão localizado num dos bairros mais nobres da capital mineira, o comprador poderá contar com financiamento do Banco Na-cional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). "Ele terá dez anos para quitar o empréstimo, com base em juros calculados pela TJLP e mais 2,5% ao ano. São condições muito vantajosas", garante Ronaldo Pena. Os interessados devem apresentar suas propostas em envelope fechado até 14 horas do dia 12.

Obras

Os recursos advindos da negociação serão usados nas reformas e ampliações dos prédios da Faculdade de Educação e do departamento de Química, no campus Pampulha.

Em dezembro de 2000, a UFMG vendeu outro conjunto de lotes no bairro Santo Agostinho ­ também com área aproximada de seis mil metros quadrados ­ por R$ 9,5 milhões. O dinheiro, cuja liberação pelo BNDES é aguardada para os próximos dias, será aplicado na construção do novo prédio da Faculdade de Farmácia no campus Pampulha. A previsão é de que as obras comecem no início de outubro.

Após negociar o terreno de seis mil metros quadrados, a UFMG deverá iniciar o processo de venda de outros lotes menores no bairro Santo Agostinho. São sete terrenos, com áreas que variam de 336 a 840 metros quadrados. Juntos, eles estão avaliados em cerca de R$ 5,6 milhões, dinheiro que a Universidade também pretende usar em futuras obras no campus Pampulha: um anexo ao Instituto de Geociências e o prédio que abrigará os departamentos de Fisioterapia e Terapia Ocupacional da Escola de Educação Física.