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Nº 1374 - Ano 29 - 14.11.2002

Os números que fazem o maior
Vestibular das Gerais

Todos os anos, o concurso mobiliza milhares de pessoas na UFMG e na comunidade externa

ara 2003, o Vestibular da UFMG, cuja primeira etapa acontece nos dias 7 e 8 de dezembro, recebeu nada menos que 78.729 inscrições. Quando se fala no concurso, o maior processo de seleção universitária de Minas Gerais, não há como deixar de lado os números superlativos que o caracterizam. Trata-se dos índices que fazem do Vestibular não só um dos eventos que mais mobilizam a população mineira durante o ano, mas também capazes de reunir, em sua elaboração e execução, grande parte da comunidade universitária. Na edição 2002, por exemplo, mais de um terço dos cerca de 28 mil professores, alunos e funcionários da Universidade trabalharam em funções como aplicação e correção de provas, processamento de dados e serviços gerais.

Os números realmente impressionam. Para se ter uma idéia, o total de servidores envolvidos no Vestibular 2002 equivale a 60% do quadro de técnico-administrativos da Universidade. Em relação ao corpo docente, o índice chega a 33,5%, e, no que se refere aos alunos, 28,3%. No total, 12.940 pessoas envolveram-se nos trabalhos do último concurso, incluindo a participação de 3.600 pessoas da comunidade externa, como policiais federais e profissionais que trabalham nas cidades do interior. "A maioria das pessoas acredita que o Vestibular é um evento que dura apenas alguns dias. Para que tudo dê certo, no entanto, é preciso trabalhar os doze meses do ano", ressalta o professor Antonio Emílio Angueth de Araújo, coordenador do concurso.

Complementação salarial

O trabalho para realização do Vestibular exige atenção especial durante todo o ano. Além da aplicação do exame na primeira e segunda etapas, que, no concurso 2002, contou com 11.912 das 12.940 pessoas envolvidas, são também árduas as tarefas de elaboração de provas, análise de dados, segurança e serviços de apoio. No total, cerca de 160 chefes de setor (professores e funcionários), nomeados segundo a experiência individual de dedicação ao Vestibular, encarregam-se de organizar e treinar as equipes de aplicadores.

Para esta edição, a Comissão Permanente do Vestibular (Copeve) modificou regras do trabalho no concurso, com o objetivo de aumentar o número de servidores nele envolvidos. No Vestibular 2002, 10% dos cargos de chefia eram ocupados por técnico-administrativos. Agora, o índice subiu para 20%. Dentre as medidas da Comissão, está a decisão de que cada pessoa deve assumir no máximo duas funções no mesmo concurso. Além disso, os aposentados da Universidade não poderão trabalhar, exceto aqueles que não têm como ser substituídos por exercerem funções imprescindíveis.

Todas as pessoas envolvidas no Vestibular são pagas com recursos próprios, provenientes das taxas de inscrição, e também do tesouro nacional, cujo montante refere-se a uma rubrica do orçamento governamental destinada ao pagamento de pessoal em cursos e concursos. Anualmente, além de custear a realização do Vestibular, o dinheiro arrecadado com as inscrições é direcionado à assistência aos estudantes. Os recursos não utilizados são repassados à Fundação Universitária Mendes Pimentel (Fump), responsável pela assistência aos alunos da UFMG. O programa de Moradia Universitária, por exemplo, é inteiramente custeado com os recursos do Vestibular.

O orçamento previsto para o Vestibular 2003, cujos gastos destinam-se a despesas com pessoal e infra-estrutura, gira em torno de R$ 5,8 milhões. A aprovação do orçamento é feita por uma comissão curadora, presidida pela pró-reitora de graduação, Cristina Augustin, e composta pelo coordenador do Vestibular, Antônio Emílio, e dois representantes do Conselho Universitário e três da Reitora.

 

Copeve gerencia o concurso

Gerenciar a elaboração e a execução do concurso é tarefa da Comissão Permanente do Vestibular (Copeve), que se subdivide entre funções de caráter acadêmico e operacional. Composta por apenas 12 funcionários fixos, além do coordenador Antonio Emílio Angueth de Araújo, a Copeve se responsabiliza por toda a coordenação dos trabalhos, incluindo a elaboração de provas.

Oitenta e quatro professores trabalham na elaboração das provas de Matemática, Língua Portuguesa, Biologia, Francês, Inglês, Espanhol, Química, Física, Geografia, História, Filosofia, Artes Cênicas e Belas-Artes.

 

O Vestibular em números

*O orçamento do Vestibular 2003 chega a 5,8 milhões
*160 chefes de setor coordenam e treinam as equipes.
*Em 2003, cerca de 80 carros e 30 vãs estarão à disposição do Vestibular nas cidades onde ocorrem as provas.
*As provas são elaboradas por 14 grupos de 6 professores.
* Nesta edição do concurso, dentre outros materiais, serão utilizados 317 celulares, 12.718 canetas azuis e pretas, 318.228 lenços umedecidos, 17.378 rolos de papel higiênico e 216.480 copos para café e água.
*12.940 pessoas trabalharam no Vestibular 2002, das quais 904 professores, 2.702 servidores, 5.667 alunos e 3.667 da comunidade externa.