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Nº 1417 - Ano 29 - 20.11.2003


UFMG lança banco de dados sobre
sua produção científica

Levantamento da Pró-Reitoria de Pesquisa revela progresso em todos os indicadores

Ana Rita Araújo

 

UFMG é a segunda maior instituição federal de ensino superior do país em número de artigos científicos citados pelo Institute of Scientific Information (ISI), um dos principais indexadores internacionais da produção acadêmica. Os cerca de 4.500 artigos da UFMG indexados pelo ISI entre 1995 e 2002 representam 54% de toda a produção acadêmica mineira no período.

Dados como estes, que atestam a qualidade da pesquisa desenvolvida na UFMG, estão consolidados em um banco de informações que a Pró-Reitoria de Pesquisa acaba de lançar em sua página eletrônica (www.ufmg.br/prpq/indicadores). O levantamento traz informações sobre número e produtividade de grupos de pesquisas, inserção da Universidade no contexto de Ciência e Tecnologia do país e resultados relevantes obtidos nos últimos anos, como o registro de patentes nacionais e internacionais. O banco de dados, que substitui os antigos catálogos em papel, permite a atualização constante dos indicadores.

"Além da abrangência e relevância, a pesquisa na UFMG apresenta notável progresso em todos os seus indicadores", diz o pró-reitor de Pesquisa da Universidade, José Aurélio Bergmann. Ele afirma que a UFMG tem conseguido, com políticas adequadas, vencer as dificuldades experimentadas nos últimos anos: "Elas resultam das perdas de recursos humanos qualificados, provocadas pelas aposentadorias, e da irregularidade e insuficiência de recursos de fomento à pesquisa".

Indicadores

A UFMG possui 516 grupos de pesquisa consolidados, que congregam 2.362 professores em oito áreas do conhecimento. Destes, 433 (28%) possuem Bolsa de Produtividade em Pesquisa do CNPq, índice que também evidencia a qualidade do trabalho aqui desenvolvido. Segundo Bergmann, enquanto o número de bolsas do CNPq cresceu 10%, a UFMG obteve um acréscimo de 24% no número de professores-doutores que obtiveram bolsas de Nível I daquela agência de fomento. "Isto demonstra o peso da produção na UFMG, pois a distribuição das bolsas tem o mérito como critério", assegura.

O banco de dados da PRPQ traz tabela com distribuição, por unidade acadêmica da UFMG, dos docentes que trabalham com bolsas de produtividade no CNPq. Destacam-se a Escola de Veterinária, com 47% dos contemplados, seguida pelo Instituto de Ciências Biológicas (44%), Faculdade de Ciências Econômicas (40%), e Instituto de Ciências Exatas (37%). Outra tabela distribui os bolsistas por área de conhecimento - Ciências Agrárias; Biológicas; Exatas e da Terra; Humanas; Engenharias; Lingüística, Letras e Artes; Ciências da Saúde; e Ciências Sociais e Aplicadas.

O resultado da alta produtividade docente também pode ser confirmado pelos dados da produção bibliográfica. "A produção científica por docente com dedicação exclusiva apresentou forte evolução, passando de 2,73 publicações/docente, em 1995, para 3,72 em 2001", informa Bergmann. Nesse período, foram publicados cerca de 39 mil trabalhos.

Patentes

A partir de 1995, a UFMG passou a adotar políticas de indução de patentes, estimulando seus pesquisadores a identificar, entre os resultados de seu trabalho, produtos e processos patenteáveis. A Universidade instituiu normas e diretrizes e criou a Diretoria de Transferência e Inovação Tecnológica, escritório de apoio técnico, logístico, jurídico e financeiro ao processo de registro de patentes.

"Como resultado dessas ações, a Universidade depositou, nos últimos anos, 104 pedidos de patentes nacionais e 20 internacionais", informa o pró-reitor. De 2001 até hoje, nove cartas-patentes foram obtidas, sete internacionais - duas na Austrália e cinco nos Estados Unidos.