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Nº 1486 - Ano 31 - 2.6.2005

Universidade recebe equipamentos apreendidos pela Receita Federal

ais de três mil bens apreendidos pela Receita Federal, entre componentes cirúrgicos, equipamentos de informática, DVD players, Data show, aparelhos de som, máquinas copiadoras e impressoras, foram doados recentemente à UFMG. Os bens, avaliados em R$ 200 mil, contemplaram 14 unidades acadêmicas e 11 setores administrativos.

Depois que recebeu o material, a Pró-Reitoria de Planejamento realizou consultas às unidades acadêmicas e administrativas, para que a distribuição ocorresse de acordo com as demandas de cada área. A Rádio UFMG Educativa, por exemplo, recebeu receptor de sinal de áudio, aparelhos de som para rádio-escuta, equipamentos de informática e DVD Player. "Já estamos utilizando tudo o que recebemos", diz o coordenador da emissora, o radialista Elias Santos.


Receptor de sinal de áudio entregue à UFMG Educativa
Foto: Eber Faioli

Segundo o pró-reitor de Planejamento, Ronaldo Pena, a distribuição dos equipamentos buscou atender, de forma transparente, a todos os setores interessados, "apesar de a demanda ter sido muito maior do que a oferta". O diretor da Escola de Veterinária, Roberto Baracat, ressaltou a importância da negociação entre UFMG e Receita Federal, que possibilitou reequipar, ainda que parcialmente, alguns dos laboratórios da Unidade. "Gostaria de lembrar, inclusive, que esse acerto institucional se deve muito à perspicácia da professora Ângela Maria Quintão Lana, a quem coube a primeira iniciativa nesse sentido", diz Baracat.

A Superintendente da Receita Federal, Leda Domingos, afirma que destinar bens à UFMG "é motivo de muita satisfação, que nos orgulha e nos motiva a cada vez mais cumprir nossa missão com seriedade". Ex-aluna de Letras da Universidade, ela explica que, pelas normas da Receita, determinados bens - veículos, câmaras digitais e peças de computadores - só podem ser repassados para instituições públicas.

Para entidades sem fins lucrativos, que têm declaração de utilidade pública, a Receita Federal repassa bens de duas naturezas: os de aplicação própria ao fim da entidade e aqueles que podem ser convertidos em recursos financeiros. Mercadorias como cigarro, bebidas e armas, quando apreendidas, são destruídas.

"Recebemos de tudo, desde anzol a brinquedos, de artigos de bazar a peças de informática", explica Leda Domingos. No caso dos equipamentos de informática, ela esclarece que a Receita não possui computadores inteiros, por isso distribui componentes separados.

Os critérios para o recebimento de mercadorias apreendidas e a lista dos bens distribuídos e entidades beneficiadas estão na página eletrônica da Receita Federal (www.receita.fazenda.gov.br, a partir dos links: instituição/mercadorias apreendidas ).


UFMG prepara software para analisar perfil
de seus alunos

Universidade está desenvolvendo um software que permitirá analisar e divulgar o perfil socioeconômico de seus alunos. Em fase de teste, o programa tem como fonte primária as informações coletadas junto aos candidatos aprovados no Vestibular e que, posteriormente, confirmam seu registro acadêmico na UFMG.

"Em breve também serão agregadas informações referentes aos estudantes que ingressaram por transferência ou obtenção de novo título. Além disso, o sistema está sendo construído de forma a permitir, no futuro, a incorporação de dados relativos aos alunos de pós-graduação", informa o professor Mauro Mendes Braga, coordenador do Centro de Estudos sobre Educação Superior e Políticas Públicas (Cespe), da UFMG.

Concebido pelo Cespe e desenvolvido em colaboração com o Centro de Computação (Cecom) e com o Departamento de Registro e Controle Acadêmico (DRCA), o projeto pretende formar uma base de dados que permita não só a integração com outros sistemas acadêmicos, como também o cruzamento de informações para gerar consultas específicas demandadas pelas diversas instâncias da Universidade.

A base de dados incluirá informações contidas no questionário socioeconômico preenchido pelos candidatos que se inscrevem no Vestibular, como os dados de sua trajetória escolar, renda familiar, profissão dos pais, classe social e autodeclaração de raça. Mauro Braga garante que não haverá identificação nominal dos estudantes. "As informações serão agrupadas por ano de ingresso, curso, turno de estudo, área do conhecimento e sexo, por exemplo".

Interfaces

Segundo Carlos Alfeu, diretor do Cecom, a base de dados está sendo preparada para viabilizar a extração e exportação de dados para uso em outros softwares, além de análise estatística de diversas visões dos dados armazenados, e posterior criação de interface para acesso público pela Web. "Estamos trabalhando com os dados coletados a partir de 2003. As informações serão atualizadas a cada ano, com a entrada e saída de alunos", afirma Alfeu.

O professor Mauro Mendes Braga informa, ainda, que a intenção é permitir, no futuro, o acesso de pesquisadores - da UFMG e de outras instituições - à própria base de dados e não apenas às informações que ficarão disponíveis na Web, contribuindo assim para a realização de estudos que exijam informações dessa natureza.