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Nº 1512 - Ano 32
08.12.2005

Fump comemora 75 anos e homenageia ex-presidentes e servidores

Desenvolvido por professora do departamento de Fisioterapia, sapato acomoda melhor pés deformados por ulcerações

Regis Gonçalves

capitular esponsável pela assistência aos estudantes da UFMG, a Fundação Universitária Mendes Pimentel (Fump) comemorou, em sessão solene, no dia 29 de novembro, no auditório da Reitoria, seus 75 anos de criação. Fundada em 1930, ainda nos primórdios da antiga UMG (Universidade de Minas Gerais), a entidade leva o nome de seu primeiro reitor. "Celebramos uma longa história da qual todos somos atores", disse a reitora Ana Lúcia Gazzola, que presidiu a sessão, em sua fala de abertura.

Foca Lisboa

Ana Lúcia Gazzola: Fump é instrumento de inclusão

Ela enfatizou a necessidade de a UFMG exercer uma política realista de assistência estudantil, "com os pés no chão", destacando a Fump como seu principal instrumento. Ana Lúcia ressaltou as dificuldades enfrentadas para a obtenção de dotações orçamentárias com essa finalidade, e anunciou a rejeição, pelo Congresso Nacional, da "Emenda UNE", que poderia assegurar o cumprimento de programas nessa área.

Ao traçar um quadro das carências do ensino superior brasileiro, Ana Lúcia lembrou que o Brasil ostenta uma das menores taxas de oferta de educação de terceiro grau à população de 18 a 24 anos. Apenas 9% dos jovens desta faixa etária estão matriculados em universidades. A vizinha Argentina tem 40% de seus jovens em cursos superiores e o Canadá, 90%. "Em Minas Gerais, terra de políticos e intelectuais de renome, onde se concentra o maior número de instituições públicas de ensino superior do país, com 12 universidades federais e duas estaduais, esse índice fica ainda abaixo da média nacional, ou seja, 6,91%".

Diante desse contexto desfavorável à inclusão, Ana Lúcia destacou o papel da Fundação. "A Fump é o melhor instrumento que temos para a realização de uma política social capaz de proporcionar a tantos jovens de talento a possibilidade de estudar. É obrigação de cada um de nós contribuir para que a nossa universidade seja cada vez menos o espaço do privilégio", concluiu.

Em sua saudação, a presidente da Fump, professora Maria José Cabral Grillo, anfitriã da festividade, destacou o papel da Fundação de garantir aos estudantes "o acesso aos benefícios sociais, como resgate dos direitos básicos da cidadania". Ao analisar o contexto em que a Fump foi criada e o atual, Maria José Cabral destacou que a Fundação supre na UFMG a ausência do Estado na implementação de políticas assistenciais, cujo investimento "em seus melhores anos", mal alcança 1% do PIB.

Homenagens

A cerimômia também foi marcada por homenagens. Receberam placas alusivas os ex-presidentes da Fundação Ozny Pereira, Alfredo Alves de Oliveira Melo, Paulo Roberto Carneiro, José Ailton da Silva, Marcos Roberto Moreira Ribeiro, Allan Claudius Queiroz Barbosa, Maria de Lourdes Silva e Alfredo Gontijo de Oliveira. Também foram prestadas homenagens póstumas aos ex-reitores Francisco Mendes Pimentel e José Baeta Viana e aos ex-presidentes da Fump, Emanuel Brandão Fontes e Luiz Pompeu de Campos, por sua contribuição à assistência estudantil na UFMG. Duas servidoras também foram condecoradas: Regina Helena Furtado Lacerda e Maria de Jesus Oliveira Souza.

Constituição da Fump

Na edição 1.509, de 17 de novembro, o BOLETIM informou que a Fundação Universitária Mendes Pimentel (Fump) foi constituída como entidade pública e filantrópica em 1930. Na verdade, esse processo, fruto do trabalho coordenado pelo professor Ozny Pereira, homenageado na cerimônia do dia 29, transcorreu nos primeiros anos da década de 1970, culminando com o registro do estatuto da Fump em cartório no dia 13 de junho de 1973.

 

Divulgados nomes dos agraciados do Prêmio Fundep 2005

capitularjúri do Prêmio Fundep 2005, reunido no último dia 25, no gabinete da reitora Ana Lúcia Gazzola, indicou os cinco professores da UFMG agraciados este ano.

Foram escolhidos os professores Alfredo José Afonso Barbosa (Área de Saúde), Márcio Gomes Soares (Área de Ciências Exatas e da Terra), Robson Augusto Souza dos Santos (Área de Ciências da Vida), Luis Antônio Aguirre (Área de Tecnologias) e Ivan Domingues (Área de Humanidades e Artes).

"A premiação é uma maneira de a Fundep reconhecer o valor da carreira científica e de liderança dos professores mais destacados da UFMG", afirma o presidente da Fundação, professor José Nagib Cotrim Árabe. Instituído em 1986 para agraciar pesquisadores e professores da UFMG, em exercício, que tenham realizado obras de valor para o avanço e o desenvolvimento de quaisquer dos ramos das Ciências, das Letras e das Artes, o Prêmio Fundep é concedido a cada três anos.

Os nomes são indicados pelas congregações dos cursos e pelos premiados dos anos anteriores, e avaliados por comissões técnicas da Fundação, que escolhem os cinco agraciados. O prêmio consiste na entrega de diploma e de quantia em moeda nacional, fixada no ano da premiação pelo Conselho Curador da Fundep. Nesta edição, cada agraciado receberá R$ 15 mil. A cerimônia de premiação só ocorrerá em 2006, porque três dos agraciados estão no exterior, e não foi possível fechar uma agenda para este ano.