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Nº 1534 - Ano 32
08.06.2006

Interativo e interdisciplinar

Festival de Inverno comemora 40 anos com novidades em sua estrutura organizativa

Manoella Oliveira e Regis Gonçalves

nformação de redes interativas entre as diversas áreas do conhecimento para articular as atividades das oficinas ofertadas é a grande novidade do Festival de Inverno da UFMG, que será realizado em Diamantina pela sétima vez consecutiva. Esta edição, a 38a do evento, que acontece de 16 a 29 de julho, marca os 40 anos de existência do mais tradicional festival universitário do país.

A estruturação em rede alcançará todas as oficinas – as de iniciação, para novatos, e de atualização, para artistas profissionais – por meio de cinco núcleos temáticos: arte-aprofundamento, arte-ciência, arte-conceito, arte-poética e arte-tecnologia. Tudo sob a batuta do Conselho Curatorial Interdisciplinar.

“O Festival está entranhado na história da UFMG e traduz sua vocação por trazer à cena o que a Universidade produz de melhor em sua área de pesquisa e que ainda não foi absorvido pelo mercado”, lembrou a vice-reitora Heloisa Starling, durante o lançamento da programação do Festival, realizado no Conservatório UFMG no dia 1º de junho.

Durante o lançamento, o coordenador-geral, Fabrício Fernandino, apresentou o projeto de estruturação do Festival, que inclui, entre 11 e 15 de julho, atividades preparatórias voltadas para produtores culturais e representantes das cidades do Alto, Médio e Baixo Jequitinhonha. Esta atividade, moldada de acordo com as políticas culturais do Ministério da Cultura, é constituída de ciclos de palestras gratuitas e oferece 25 vagas. “A idéia é proporcionar atividades para os diamantinenses ligados à produção cultural, em parceria com o Ministério”, disse o coordenador.

Pipiripau
Outra novidade é a identidade visual desta edição do Festival, desenvolvida pelo Centro de Comunicação da UFMG, que homenageia os cem anos do Presépio do Pipiripau, um dos patrimônios culturais mais importantes de Belo Horizonte, criado em 1906 por Raimundo Machado Azeredo (1894-1988), atualmente instalado no Museu de História Natural e Jardim Botânico da UFMG como parte integrante do acervo da Universidade.

O novo formato do Festival de Inverno significa, na prática, que além das oficinas específicas de cada uma das áreas de atividade do Festival – artes audiovisuais, artes cênicas, artes plásticas, artes literárias, artes musicais e artes transdisciplinares (criada nesta edição) – serão ofertadas oficinas híbridas e gerados eventos artísticos de caráter multidisciplinar a partir da inter-relação das oficinas.

Realizado em parceria com a Prefeitura de Diamantina, o 38º Festival de Inverno da UFMG oferecerá 60 oficinas, sendo nove de iniciação, sete híbridas e 44 de atualização. Além de oficinas e cursos, que constituem o núcleo essencial de suas atividades, será cumprida também uma agenda de eventos culturais – entre espetáculos teatrais, shows e exposições – ainda em fase de elaboração.

A coordenação geral está a cargo do escultor Fabrício Fernandino, professor da Escola de Belas-Artes da UFMG, à frente do evento desde a edição de 2000. O cargo de subcoordenador geral é ocupado por Enani Maletta, diretor, maestro, ator, cantor e professor do curso de Teatro da UFMG. As áreas temáticas têm como coordenadores os professores Francisco Marinho (artes audiovisuais), Fernando Mencarelli (artes cênicas), Eugênio Pacelli da Silva Horta (artes plásticas), Georg Otte (artes literárias); Mauro Rodrigues (artes musicais); e Fabrício Fernandino (artes transdisciplinares).