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Nº 1549 - Ano 32
25.09.2006

IEAT lança Programa Professor Residente

Instituto de Estudos Avançados Transdisciplinares (IEAT) lança, nesta segunda-feira, 25, em caráter experimental, o Programa Professor Residente da UFMG, que selecionará docentes para o desenvolvimento de projetos de pesquisa avançada e transdisciplinar. “Com esta iniciativa, o IEAT se consolida como instituto de pesquisa”, afirma o professor Carlos Antônio Leite Brandão, diretor-presidente do Instituto, ao lembrar que desde a sua criação, há mais de cinco anos, o IEAT promove eventos, conferências e abriga grupos de pesquisadores. Esta, no entanto, é sua primeira experiência como indutor de pesquisa.
Foca Lisboa

Carlos: IEAT consolida-se como instituto de pesquisa

As inscrições para as cinco vagas oferecidas na chamada se estendem até 24 de novembro, e os pesquisadores selecionados terão de seis meses a um ano para se dedicar exclusivamente ao projeto aprovado pelo Comitê Diretor do IEAT. “Durante esse período, eles ficam liberados de qualquer encargo didático nos seus departamentos de origem, que receberão professores substitutos, a critério da Comissão Permanente de Pessoal Docente da UFMG”, diz Brandão.

Podem se candidatar professores da UFMG que tenham experiência, produtividade e excelência reconhecidas. Não há linhas de pesquisa pré-estabelecidas. “Cada candidato pode propor o assunto que desejar, desde que tenha característica avançada e transdisciplinar”, informa o professor, ao explicar que os selecionados deverão desenvolver seus projetos na nova sede do IEAT, na Unidade Administrativa 3, no campus Pampulha.

Segundo Carlos Antônio Leite Brandão, será oferecido espaço confortável, com estação de trabalho e equipamento, para que o professor faça sua pesquisa “sem grandes comprometimentos externos e possa, ao mesmo tempo, dar vida ao espaço, interagir com o Instituto e com os outros colegas selecionados”. O IEAT também vai oferecer apoio para a publicação de trabalhos resultantes de cada pesquisa. Entre as obrigações do pesquisador que participar do programa está a realização de duas conferências por ano.

O Instituto também lança, esta semana, três outras chamadas. Duas para as cátedras mantidas em parceria com a Fundação Ford e com a Fundação de Desenvolvimento da Pesquisa (Fundep); a outra estabelece um novo programa em regime de fluxo contínuo, isto é, sem data definida para inscrição, que oferece aos grupos de pesquisa da UFMG a possibilidade de se credenciarem no IEAT.

Fórmulários e regras para participar das seleções estão disponíveis na página eletrônica do IEAT (www.ufmg.br/ieat).


UFMG inaugura centro de Microscopia

Espaço viabilizará pesquisa de ponta em áreas
como materiais, nanociências e biomédicas

Ana Rita Araújo

UFMG inaugura, nesta sexta-feira, 29, no campus Pampulha, o Centro de Microscopia, espaço que abrigará equipamentos de ponta para análise ultra-estrutural e nanométrica, em pesquisas da própria Universidade e de outras instituições brasileiras e estrangeiras.

Segundo a pró-reitora adjunta de Pós-Graduação da UFMG, professora Elizabeth Ribeiro da Silva, o Centro, pioneiro no país, foi concebido para se tornar referência nacional e internacional em microscopia, viabilizando pesquisas de ponta em áreas como ciência de materiais, nanofabricação, diagnóstico e biomédica. “Os pesquisadores da Universidade não precisarão mais sair do país para desenvolver seus trabalhos de microscopia”, ressalta a professora.

Os recursos para a construção do prédio e para aquisição de equipamentos, atualmente em torno de R$ 7 milhões, vieram do Ministério de Ciência e Tecnologia, da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), da Fapemig e do Banco do Brasil. O Centro já recebeu os três primeiros microscópios – dois eletrônicos de transmissão e um eletrônico de varredura –, e seis equipamentos de preparação de amostras. O quarto microscópio – de feixe iônico – está em processo de compra.

“O impacto da criação do Centro se fará sentir de imediato sobre a graduação e pós-graduação em praticamente todas as linhas de pesquisa da Universidade, sem contar a formação de recursos humanos de alto nível e a abertura de parcerias com o setor privado”, prevê a professora Karla Balzuweit, do departamento de Física do ICEx.

Planejamento especial
Com a conclusão da obra, o Centro entra na fase de instalação e testes dos equipamentos e capacitação de pessoal. Técnicos da Holanda e dos Estados Unidos devem vir à UFMG no primeiro semestre de 2007 para treinar pesquisadores que já dominam a utilização dos microscópios. “Além do treinamento para a operação dos equipamentos, haverá outros específicos para diferentes técnicas, como tomografia e difração de elétrons retro-espalhados (EBSD)”, explica Karla Balzuweit.

Localizado na parte extrema do quarteirão 10 do campus Pampulha, próximo ao Centro de Pesquisas Hidráulicas da Escola de Engenharia, o prédio foi projetado para abrigar seis novos microscópios de grande porte e para receber os sete eletrônicos que funcionam em diferentes unidades acadêmicas da UFMG. “O Centro possui espaço e infra-estrutura disponível, mas a transferência vai depender de decisão dos grupos de pesquisa”, afirma a professora.

A construção do prédio exigiu planejamento especial em todos os aspectos. Sua localização, por exemplo, só foi decidida após cuidadosa medição dos níveis de vibração mecânica e de campo eletromagnético. O ambiente especial para os novos microscópios exigiu fundações diferenciadas, com a utilização de 150 toneladas de concreto e areia em cada uma das seis salas.

O Centro é composto por dois blocos de um pavimento, num total de 1.090 metros quadrados. O primeiro bloco foi planejado para acomodar 13 laboratórios de microscopia, e o segundo é destinado a áreas para preparo de amostras, laboratórios de informática para a análise e interpretação de imagens e dados, gabinetes de pesquisadores e de técnicos, e apoio administrativo.