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Nº 1568 - Ano 33
12.3.2007

Arte no meio da semana

Quarta Doze e Trinta e Uma tarde no campus
retomam atividades em 2007


Fernanda Cristo

H

á 27 anos, o cardápio do almoço de quarta-feira no campus Pampulha é temperado com muita arte. Shows musicais, espetáculos de dança e teatro e exibições de filmes compõem a programação de um dos mais tradicionais eventos culturais da UFMG: o Quarta Doze e Trinta. Em 2007, o programa reestreou – depois das férias acadêmicas – com uma apresentação de cine-teatro do Trio Descadeirado, no dia 7 de março.

O programa foi criado em 1980 pela Assufemg e Reitoria com o nome de Quarta Doze e Meia. Mais tarde, viria a adotar o nome que o consagrou – Quarta Doze e Trinta. Mas as mudanças durante esse tempo não foram apenas de nomenclatura. Em 2002, o evento passou a ser organizado pela Diretoria de Ação Cultural (DAC), que reformulou o projeto para abranger um número maior de manifestações artísticas, como teatro, dança, música e contação de estórias.

No ano seguinte, a DAC, ao estudar a freqüência aos espetáculos, constatou que os alunos dos cursos noturnos não tinham acesso à programação. Depois de algumas experiências para contemplar esse público, o Quarta Doze e Trinta ganhou um “filhote”: o programa Uma tarde no campus, realizado às quintas-feiras, a partir de 17h30. “A concepção dos dois projetos é bastante semelhante, ambos têm a mesma intenção; a grande diferença é o público-alvo, devido aos horários distintos”, explica o programador cultural da DAC, Sérgio Diniz.

Atrações
Diniz afirma que artistas pouco conhecidos de Minas Gerais e da própria comunidade universitária são preferencialmente convidados pelo programa para se apresentarem na Universidade. No entanto, atrações de renome também têm sua vez. No ano passado, a programação foi encerrada com show do violonista gaúcho Yamandu Costa. Antes, Paulinho Moska já havia subido ao palco do Quarta Doze e Trinta.

O ano de 2007 promete. Isso porque a Nossacoop, patrocinadora do Quarta Doze e Trinta, completa dez anos, o que, segundo Sérgio Diniz, deverá assegurar algumas atrações de peso na programação.

Divulgação
Velha Guarda - Divulgação


Campus do Samba

O samba reina absoluto nesta semana na programação do Quarta Doze e Trinta e do Uma tarde no campus. Nesta quarta, dia 14, às 12h30, a atração fica por conta da Velha Guarda de Belo Horizonte (foto), formada por sambistas da capital mineira que se reencontraram depois de vários anos. Eles desenvolvem o projeto Faculdade do Samba, que engloba a realização de shows, produção de documentários, gravação de CDs e constuição de acervos sobre a história do samba na cidade.

Desde que se formou, a Velha Guarda fez shows experimentais no encerramento do Festival Comida di Buteco, no Festival de Arte Negra e no Fórum Social Brasileiro. Este ano, os mestres do samba mineiro gravarão seu primeiro CD.

Já na quinta-feira, às 17h30, o samba se reveste da sofisticação da bossa nova no show Sambossa, do músico mineiro Juba Mendes. Na apresentação que fará dentro do Uma tarde no campus, Juba interpreta clássicos e mostra canções do CD que lançará no segundo semestre. No palco, ele será acompanhado pela banda formada por Alexandre Mourão (contrabaixo elétrico), Dinho Mourão (bateria) e Bernardo Rodrigues (piano).

Os dois shows serão no auditório da Reitoria, com entrada franca. Ambos os projetos são promovidos pela Diretoria de Ação Cultural e Coordenadoria de Assuntos Comunitários, com patrocínio da Nossacoop – A Nossa Cooperativa de Crédito.