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Nº 1593 - Ano 34
3.12.2007
Maíra Vieira |
Bruno Vieira dos Santos
O Centro Esportivo Universitário (CEU) da UFMG oferece à população uma modalidade esportiva em piscinas de maior profundidade, que contribui para a reabilitação física e para o bem-estar psicológico de seus praticantes. Trata-se da Deep Water Exercises, exercícios realizados em piscinas profundas, com a utilização de um colete que permite a flutuação do corpo e mantém a cabeça fora da água. Para a prática da atividade, portanto, não é necessário saber nadar.
Diferentemente da Hidroginástica comum, a Deep Water deixa o corpo totalmente mergulhado, exceto a cabeça do aluno. No CEU, o projeto foi implantado em 2002, por iniciativa da professora Climene Picardi, profissional formada pela Escola de Educação Física da UFMG e com especialização em exercícios de água funda nos Estados Unidos. Atualmente a prática é coordenada por Tatiana Fonseca, instrutora no Centro Esportivo.
Traduzido literalmente do inglês como “exercício de água profunda”, a Deep Water teve origem exatamente nos Estados Unidos, a partir da necessidade da criação de uma atividade para a reabilitação de atletas corredores. Tatiana Fonseca explica que a atividade veio atender à demanda por um esporte que não trouxesse impacto às articulações, evitando o desgaste físico dos competidores.
A Deep Water permite tratamento de lesões sem choque, ao mesmo tempo em que mantém o condicionamento físico dos atletas. “Os esportistas corriam na piscina com coletes flutuadores presos ao corpo. Mesmo depois de recuperados, o exercício continuava sendo aplicado aos competidores como complemento à corrida. Como a força da gravidade dentro da água é reduzida, o peso diminui e, conseqüentemente, os impactos sobre as articulações se tornam menores”, relata a instrutora.
Existe uma lista de diferenças básicas entre a Deep Water e a Hidroginástica praticada na maioria das academias. A principal, sem dúvida, é a intensidade. Na Deep Water, o ritmo de exercícios é mais forte que na Hidro, o que não impede que cada aluno tenha seus limites respeitados. Outra diferença é que na ginástica aquática os braços ficam fora d´água por ser praticada em piscinas rasas. Já nas “águas profundas” todo o corpo permanece mergulhado, inclusive os membros superiores. “Assim, aproveitamos melhor a resistência oferecida pela água para os exercícios”, completa Tatiana.
Os principais benefícios são o aumento da força muscular, a melhoria do condicionamento físico geral, da capacidade aeróbica e da flexibilidade, aliados à redução do estresse emocional e ao emagrecimento do aluno. “O sono ganha em qualidade, o humor melhora e a disposição para o trabalho aumenta”, relata Ângela Liberal, funcionária da biblioteca da Fafich e praticante do esporte.
A Deep Water é um ótimo tratamento fisioterápico, principalmente para pessoas com artrites, problemas de coluna vertebral, de articulação, hérnia de disco, entre outros. Mulheres grávidas também podem praticá-la.