Busca no site da UFMG

Nº 1695 - Ano 36
17.5.2010

Sob nova direção

Espaço físico e crescimento acadêmico estão entre as prioridades dos novos diretores do ICB, FaE e Fale

Três unidades da UFMG – Instituto de Ciências Biológicas e as faculdades de Educação e de Letras – têm novas diretorias. No ICB, os professores Tomaz Aroldo da Mota Santos e Janetti Nogueira Francischi, diretor e vice, tomam posse nesta segunda-feira, dia 17, às 17h, no auditório 3 da Unidade.

Foca Lisboa ICB: espaço aquém das necessidades

Reitor da UFMG na gestão 1994-1998, Tomaz Aroldo adota como prioridade a questão do espaço físico da Unidade, desgastado e aquém das necessidades dos cursos. Ele adianta que pretende convocar a comunidade para discutir as demandas de infraestrutura dos cursos e conta com a construção do Centro de Atividades Didáticas (CAD) em Ciências Naturais para ganhar espaço no antigo prédio.

“Este é um espaço público, e as novas ocupações devem levar em conta a ideia de compartilhamento”, afirma o novo diretor, que se vê agora na função de “mediador na busca de soluções em conjunto com a administração central da Universidade”.

Tomaz Mota Santos revela interesse em explorar as possibilidades do ICB na área da divulgação científica. Segundo ele, o conhecimento biológico afeta a cultura, e a comunicação desse conhecimento não é automática. “Precisamos de mecanismos capazes de fazer com que o conhecimento científico seja incorporado à vida das pessoas. Pretendemos aumentar a divulgação pelas diversas mídias dos grandes conceitos da biologia, como evolução, genética e ecologia”, exemplifica Tomaz, que exercerá a função de diretor da Unidade pela segunda vez.

Embora ressalte que não cabe à Diretoria definir unilateralmente a linha pedagógica do ICB, ele acha importante discutir o papel de professores e alunos como educadores. “Nós não apenas instruímos sobre as matérias específicas, mas influímos na formação de crianças e jovens, e precisamos refletir sobre uma educação que estimule a colaboração, no lugar do individualismo”, conclui Tomaz.

Reuni

Foca Lisboa
Fale: mais cem vagas na graduação

A preocupação com o espaço físico também marcará a gestão dos professores Luiz Francisco Dias e Sandra Maria Gualberto Braga Bianchet, novos diretor e vice da Faculdade de Letras. “Nosso grande desafio será enfrentar a expansão de vagas proporcionada pelo Programa de Apoio ao Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni)”, disse Luiz Francisco Dias. A Fale tem atualmente cerca de 1.600 alunos de graduação e 400 de pós-graduação. Com o Reuni, foram abertas mais 100 vagas na graduação, que deverão ser totalmente preenchidas ao longo dos próximos três anos. Para atender ao crescimento, está prevista ampliação do espaço físico do prédio da Faculdade, com a construção de um CAD, cujas obras já começaram, e contratação de novos professores e funcionários.

“Para lidar com o aumento de vagas, além da expansão do espaço físico temos que prezar pela qualidade, analisar como esses alunos estão chegando, quem são eles, qual seu estado de conhecimento, para que possamos reforçar eventualmente alguns aspectos do curso”, comenta o novo diretor. Luiz Francisco acrescenta que pretende ampliar o nível de informatização da Faculdade, “com modernização dos meios acadêmicos e administrativos, para que o ensino, a pesquisa e a extensão possam ser beneficiados”.

Formação docente

Felip Zig
FaE: quatro cursos e 17 licenciaturas

Já a Faculdade de Educação passou a ser dirigida pela professora Samira Zaidan, tendo Antônio Júlio de Menezes Neto como vice-diretor. “Pretendemos reafirmar e ampliar o desenvolvimento da FaE e focar nossas ações no reforço à formação docente”, afirma Zaidan. De acordo com a nova diretora, o plano de trabalho para os próximos quatro anos foi elaborado a partir de diagnóstico da Unidade discutido por estudantes, professores e funcionários durante o período de campanha. “Articulamos um conjunto de ideias e propostas que vão orientar o posicionamento e as ações da diretoria”, explica ela, que destaca o crescimento da FaE nos últimos anos, nos cursos de graduação e pós-graduação, além das atividades de extensão e da participação da Unidade na gestão e nos debates sobre educação dentro e fora da Universidade.

A FaE oferece integralmente quatro cursos, além de formação complementar em 17 licenciaturas da UFMG. Os cursos regulares são Pedagogia, na modalidade presencial; Pedagogia a distância, este sem regularidade, atendendo a edital da Universidade Aberta (UAB/MEC); Formação de Educadores Indígenas; e Licenciatura do Campo – que prepara professores para escolas rurais.

Nas outras licenciaturas, a Unidade oferta disciplinas pedagógicas e estágio em português, línguas estrangeiras, matemática, história, geografia, ciências, filosofia, sociologia, psicologia, artes cênicas, arte, música e teatro. “A FaE também prepara o profissional que atuará como pedagogo na escola ou em outro espaço formativo, como hospitais e movimentos sociais, e para a educação de jovens e adultos”, afirma Samira Zaidan.